domingo, 29 de janeiro de 2017


Pedagogia da Herança


 

                            Para não fazer perguntas particulares, façamos essa geral: como que é que no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) é passado o info-controle ou comunicação? Como nas 6,5 mil profissões? Como as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo) passam a continuidade? Como a pontescada científica (Física/Química, biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) instrui a posteridade?

                            Como são passadas adiante as fitas de herança (FH)? Tenho frisado insistentemente isso. Como é que os MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA ou pedagogias são programadas em máquinas (inclusive as humanas)? Onde se situam os roteadores (no caso escolas), quem cede e a quem é cedido, em que condição? Qual é a Psicologia (figuras ou psicanálise, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologia, espaçotempos ou geo-histórias) dessa cessão? Qual é a alma pedagógica? É claro que desde sempre foi dedicada atenção a essa transferência e a suas taxas ou velocidades, mas não de forma TÃO COMPLETA quanto esta que pede o modelo. Vindos de diferentes lugares alunos, professores próximos, diretores, serventes, professores remotos (livros, objetos, filmes, áudios, etc.) se reúnem para propiciar a transmissão entre emissores e receptores. Tudo isso já foi sintanalisado em cada detalhe?

                            Quantos são os modos nos quatro mundos de fazer essa transposição? Quantos e quais foram (pedagogia comparada) os modos passados de fazer tal migração de consciência a consciência? Como é que as heranças dos mortos do passado passam aos vivos do futuro? Na totalidade essa pergunta mal foi arranhada.

                            Vitória, domingo, 02 de fevereiro de 2003.

Os Transientes e o ADRN Inativo

 

                            O modelo fala dos TRANSIENTES, o que transita, no Houaiss eletrônico “que não permanece; passageiro; transitório” – aquilo que passa de patamar a patamar, digamos na pontescada científica (da Física/química à Biologia/p.2 à Psicologia/p.3 à Informática/p.4, à Cosmologia/p.5 e à Dialógica/p.6).

                            Por exemplo, o ADRN tem porções com genes inativos, os íntrons, que são no conjunto uma espécie de biblioteca de livros que passaram de moda e quase nunca são retirados das prateleiras. Como existem fitas de herança, FH, em todos os níveis da pontescada, com segurança existem tais ÍNTRONS, as porções desativadas das FH.

                            A cultura ou nação ou povelite tem palavras, imagens, pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas), autores, conceitos, objetos desativados. No ADRN inativo estão pessoas e ambientes que não servem mais, seja porque os ambientes antigos não se acoplam às pessoas novas, seja porque os ambientes novos não pedem mais as pessoas velhas. Tanto ambientes quanto pessoas características vão morrendo. Do mesmo modo a Cultura geral não tem mais lugar para certos tipos de comportamentos, que então estocados e ficam à espera. Se a evolução trouxer em sua volta espiral, enquanto hélice geo-histórica, o mesmo ambiente, ou algum parecido, os gestos, os modos de ser são recuperados, reabilitados, reintroduzidos.

                            Vitória, domingo, 26 de janeiro de 2003.

O Tesão das Vacas

 

                            Elas ficam ali paradinhas, enquanto o vaqueiro fica espremendo seus vários peitos. Nas mulheres os seios são fonte de prazer, que a Mãe Natureza lhes deu como recompensa da amamentação dos filhos e das filhas. Os vaqueiros ficam tesando as vacas – tremendo prêmio quando se tem muitos bicos a serem puxados.

                            Embora seja curioso, eu não chamaria atenção para isso num artigo inteiro, que toma tempo, e sim para isto: onde há, em todo o MAPA PSICOLÓGICO recompensas sendo dadas sem que sequer atentemos para a passagem de info-controle (razão é IC e sentimento também é)? Quem está recebendo não faz propaganda, porque há chance de perder o benefício, dado que as fontes de prazer bloqueiam quando sabem. Por conseguinte, as fontes são enganadas em tantos e tantos patamares e ocasiões diferentes.

                            Quantas vacas psicológicas, humanas ou racionais existem por aí que na “caluda”, como diz o povo de Linhares, beneficiam-se sem fazer propaganda? Quanta capacidade de ficar quieto o ser humano desenvolveu para o aproveitamento das oportunidades individualistas de felicidade? De PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) a AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) quantos desenvolveram essa capacidade de silenciar diante das ocasiões? É de rir, é ou não é?

                            Vitória, sábado, 25 de janeiro de 2003.

O Povo Não Sabe Votar?

 

                            Uns 30 anos passados Pelé, Edson Arantes do Nascimento, disse que o povo não sabia votar, e mil vezes se arrependeu disso, até porque suas ensaiadas entradas na política ficaram comprometidas.

                            Ainda agora em 2002 foi eleito Luís Inácio Lula da Silva presidente da República, tendo como prefeita de São Paulo capital Marta Suplicy, ex-esposa do senador Eduardo Matarazzo Suplicy, que nunca conseguiu se eleger a cargo executivo. A União é o primeiro poder, o estado de São Paulo o segundo (com 35 % das rendas), a cidade de São Paulo, comandante da Grande São Paulo, o terceiro, depois os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro disputando o quarto, a cidade do Rio de Janeiro sendo o sexto e por aí segue - seria interessante obter a ordem correta.

                            Dois dos principais poderes estando em mãos do PT, o primeiro e o terceiro, o povo enfiou uma cunha, elegendo Alckmin o segundo, o Aécio Neves (neto de Tancredo Neves, o presidente falecido em 1985) ficando com Minas Gerais e a Rosinha Garotinho com o Rio de Janeiro. Portanto, temos PT, Alckmin, PT, (Minas e Rio) e os demais. Bem colocadíssimo, parece até desenho de Deus, por assim dizer. A presidência foi entregue ao PT mas a maioria das governadorias é de oposição, criando um extraordinário equilíbrio do poder.

                            Ora, os acadêmicos nunca avaliaram o sistema eleitoral como EXTREMA PRECISÃO da distribuição do poder a nível nacional, estadual e municipal/urbano. Seria preciso investigar o que o povo está efetivamente querendo dizer ao votar. Quem é eleito, quando, porquê? Qual a composição resultante de forças e poderes? Ninguém investigou. Tenho para mim que é como o equilíbrio dos nascimentos homens/mulheres, sempre 50/50. Acredito que é uma espécie de campo psíquico.

                            Vitória, domingo, 26 de janeiro de 2003.

O Poder Curativo das Doenças

 

                            A soma zero (SZ) é de extraordinário poder multiplicativo enquanto conceito. Por exemplo, TODAS as somas devem ser zero na pontescada científica (SZ Físico/Química, SZ biológica/p.2, SZ Psicológica/p.3, SZ Informacional/p.4, SZ Cosmológica/p.5, SZ Dialógica/p.6) e no Conhecimento (SZ Mágica/Artística, SZ Teológica/Religiosa, SZ Filosófica/Ideológica, SZ Científica/Técnica e SZ Matemática, que vemos nos sinais de igualdade). A SZ na F/Q diz respeito a todos os números conservativos da Física e da Química, por exemplo, a conservação da energia, a conservação bariônica, a conservação da paridade (menos um infinitésimo, que faz o mundo se autoconstruir). É a velha soma de ação e reação de Newton.

                            Se há um positivo há um negativo.

                            Cada ação política leva a uma reação política, o resultado devendo ser idealmente de soma zero. Entretanto, o leve decaimento produz os ciclos, porque a coisa toda não é verdadeiramente homogênea.

                            Se a soma é zero, as doenças tanto são ruins quanto são boas. No que poderiam ser boas? Eu não tinha o costume de pensar desse jeito antes do modelo. São boas no sentido de fazer a humanidade prosperar, buscar mais conhecimentos, entender a Biologia/p.2 e a Psicologia/p.3 de PESSOAS (adoecimento de indivíduos, de famílias, de grupos, de empresas) e de AMBIENTES (de municípios/cidades, de estados, de nações, de mundos). As doenças tornam as pessoas mais próximas, também. Imagine imortais que nunca adoecessem, gente que não apenas não morresse, mas que também não jamais ficasse doente – pense só na distância entre uns e outros! Sem nunca precisar de ninguém cada um estaria muito longe dos outros, todos e cada um.

                            Desse modo as doenças também têm sua utilidade. Elas são úteis não porque tenhamos de desenvolver a farmacopéia, com toda sua imensa e até intratável e abusiva multiplicação de produtos, mas por nos forçar a pensar, a “queimar as pestanas”, meditando sobre a bioquímica e a psico-química.

                            Vitória, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003.

O Matador

 

                            A câmera vem do espaço, chega à Terra, uma cidade qualquer, um estádio, gritaria, alegria, um homem comemora com a família, tudo é felicidade, gols, o estádio vibra. Retorno (flash back) ao passado, o homem é vendedor, fica muitos dias fora. Realmente vende, produz resultados para a empresa, mas é um assassino contratado envolto em várias peripécias, tendo uma longa folha de “serviços”. A vida aventurosa dele é contada. No fim a câmara volta a ele, completamente integrado na comunidade, sem qualquer remorso, perfeitamente bem com tudo, com dinheiro no bolso, mulher bonita, filhos saudáveis e belos, os dentes brilham. A câmara vai embora e desce um pedaço, indicando que vai pegar outro qualquer, daí o filme piloto dá lugar à série.

                            Impunidade, perfeita cobertura, é um cidadão comuníssimo, totalmente vulgar e sem identificação, que bebe e faz churrasco com os amigos, vai à igreja aos domingos, produz junto com o coletivo e apesar disso é um matador que senta ao seu lado. Quantas transgressões estão acontecendo sob nossas barbas?

                            Outro filme pode ser sobre discussão num sinal. Ou é outro (a) matador (a) ou um empresário terrível, muito poderoso, que guarda rancor, se apresentando de bermuda num carro relativamente simples e velho. E assim podem ser mostradas várias situações para prevenir as pessoas e diminuir os conflitos sociais, indicando como as coisas mais corriqueiras podem ser na verdade complicadas.

                            Isso pode se basear em relatos, os chamados ”fatos reais”, como diz a imprensa na pressuposição de que existam fatos irreais (existem mesmo, os governos estão sempre os produzindo, pelo menos no ES). Podem ser consultadas as páginas policiais dos jornais e as assentadas das delegacias.

                            Vitória, domingo, 26 de janeiro de 2003.

Netos e Avós


 

                            Em geral os pais e as mães estão cavando a vida, preocupados em acumular (casa, carro, várias coisas, a alimentação do próximo dia), não tendo muito tempo para acompanhar os filhos, ao passo que avôs e avós estão aposentados (as), sobrando tempo. Venho falando há vinte anos na chance de aproveitar as experiências dos mais velhos em escolas. Seria bom para as crianças e para os idosos.

                            Podemos até criar uma mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio, Livro e Internet) dos Avôs e das Avós. Podemos ter em cada cidade praças cobertas confortáveis onde eles e elas, sob supervisão de gente das prefeituras, estejam trabalhando, gratuitamente os ricos e médios-altos, com remuneração os pobres e miseráveis sempre na razão inversa das posses, no sentido de instruir crianças e adolescentes, segundo um programa mínimo da ONU a ser espalhado no mundo inteiro, mormente no terceiro e quarto mundos.

                            Estudiosos se sentariam para elaborar um programáquina (programa-máquina) tutelar dessas atividades novas dos idosos, de modo a haver uniformidade, bem como para triar os que se oferecessem, pois sempre há os maus - há que acompanhar atentamente. Dos que fossem finalmente selecionadas tiraríamos aqueles que têm um mínimo de capacidade de transmissão, sob treinamento dentro das margens do Projeto.

                            Um Centro Mundial haveria de obter sucessivamente das experiências coletadas um molde de acompanhamento universal, com as adaptações locais. Os governos contribuiriam, talvez na base de um dólar por ser humano (seis bilhões de dólares/ano, divididos conforme os PIB’s – 25 % para os EUA, 25 % para a Europa, 15 % para o Japão, ou o que fosse), ou dois, ou três dólares por cabeça, o que fosse necessário e suficiente para tocar o programa, com conferências mundiais financiadas localmente, primeiro por continente, depois por país que pleiteasse.

                            Muito se pode fazer com boa vontade para ter paz na Terra.
                            Vitória, domingo, 2 de fevereiro de 2003.