segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Um Cérebro Admirável


 

                            Quanto mais penso no Modelo da Caverna, as mulheres coletoras e os homens caçadores, mais me convenço de que muitas invenções de 200 mil (quando surgiram em locais próximos no tempo e no espaço africanos a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y) até 10 mil anos atrás - quando a civilização começou com o domínio patriarcal – vieram das mulheres, as quais dominaram amplamente o horizonte humano, tendo criado quase todas as técnicas básicas em alimentação, em modelação do barro, arrumação das tocas nas cavernas, contagem (operações básicas), arranjos familiares, língua – na utilíssima Língua Feminina - e voz (são coisas distintas), na confecção de roupas, na preparação de bebidas, domesticação, irrigação inicial e plantio e tudo que estava na base, menos as técnicas de caça e de armamento. Os homens pegaram tudo isso pronto e começaram outro gênero de acumulação.

                            Quando vemos essas mulheres formando uma comunidade, com os homens saindo para caçar, tendo esse grupamento de mães dominantes e seus filhotes uma área relativamente ampla à volta para coleta, o que podemos pensar? Quantas coisas podem ser coletadas em volta de cavernas como pedras bonitas, como folhas, como galhos, frutos, objetos estranhos para arranjos? E, na falta disso tudo, pode ser confeccionado? O que essa confecção fez pelo cérebro das mulheres e o que o cérebro delas fez em termos de melhoramento da Natureza?

                            Se essa coleta CRITERIOSA prosseguiu por 200 mil anos, devemos prever que as mulheres tenham se tornado mestras extremadas na tecnarte DA COLETA e DA COLHEITA. Se contarmos que há uma migração de A a AA, depois AAA, a seguir AAAA, cada nível seguinte representando 1/40 ou 2,5 % do anterior, teremos 1/40, 1/1.600, 1/64.000, 1/2.560.000, neste nível haverá 2,5 mil mulheres superperfeitas em termos de coleta em seis bilhões de seres humanos. Tais pessoas, primeiro AAAA, segundo AAA, terceiro AA e quarto A, deveriam ser reservadas para os setores de compra e estocagem das empresas e dos governos, e não homens, pouco criteriosos, por defeito de fabricação desde as origens. Tal cérebro feminino, totalmente admirável sob essa ótica, é o mais propício para o controle das contas e várias outras aplicações, dependendo de o MC se mostrar verdadeiro e coerente.

                            Vitória, domingo, 05 de janeiro de 2003.

Três Gerações à Nossa Frente

 

                            Observo há muitos anos. Economicamente eu já havia percebido há três décadas que o Brasil se situa 80 anos atrás dos EUA. Agora me dei conta que em termos de gestuais e relações humanas também estamos três gerações (se contarmos como sendo de 25 anos, 75 anos; se medirmos por 30 anos, 90 anos) atrás dos EUA e Europa, sem falar do Oriente, em relação ao qual pode ser mais, especialmente China e Japão, onde a educação reina há séculos.

                            Quando olhamos como as pessoas se tratam vemos nitidamente isso em filmes, em livros, no TV. Por exemplo, há quantas décadas os filhos e filhas americanas começaram a sair de casa, indo para apartamentos seus? Agora que já estão voltando é que queremos implementar isso. Do mesmo modo a vida no campo, no Brasil apenas o Sul caminhando para ter na roça as facilidades com que os europeus contam desde o começo do século XX e os americanos há uns 60 ou 70 anos.

                            Se estamos atrasados é porque a nossa pedagogia, a prateoria da transferência de Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) está toda defasada. Ela é EXCÊNTRICA, se desloca ligeiramente do centro, produzindo dissonância cognitiva, de percepção. NÓS PERCEBEMOS DESFOCADAMENTE, como um zarolho. Não é central mesmo, é periférica, e é isso que significa ser de terceiro ou quarto mundo – estar desfocado, fora de foco, produzindo percepções canhestras, desajeitadas, inábeis, incompetentes para produzir a visualização precisa dos objetos e das relações melhores e mais eficientes. Estar subdesenvolvido é PADECER O NÃO-DESENVOLVIMENTO. É sofrer esse desfocamento. É não conseguir centrar.

                            Assim sendo, estamos desfocados 60 a 80 anos. Nós ainda miramos os valores e as posses de 60 a 80 anos atrás em toda a produçãorganização, em toda a socioeconomia. Se você parar para observar, é isso, é definitivamente isso. Veja os detalhes e compreenderá: o Brasil ainda está vivendo em 1940 ou 1920.

                            Vitória, domingo, 05 de janeiro de 2003.

Tesouros da Sibéria


 

                            A Federação Russa, parte da CEI, Comunidade dos Estados Independentes, tem uma área de 17.075.400 km2, que é 201 % a do Brasil (8.514.205 km2), com uma população em 2001 de 144,7 milhões de habitantes, 84 % a estimada do Brasil (172,3 milhões) no mesmo ano. Na FR há 0,12 km2 por habitante, enquanto no Brasil (com todo o vazio amazônico e do Pantanal) teríamos 0,05 km2 por indivíduo, como contrário da densidade populacional. Respectivamente esta seria de 8,5 na FR e de 20,2 no Brasil. Enfim, lá há muito mais espaço que aqui, mesmo o Brasil tendo uma das menores densidades do mundo – a da Rússia é ainda menor, mercê da presença das imensas terras desabitadas da Sibéria.

                            Sozinha a área da Sibéria (sem contar o chamado Extremo Oriente russo) seria o triplo da Europa, excluída a Rússia dita européia. Em termos de vida ela está entre a Antártica, completamente desprovida dela, e a Europa. Não é tão cobiçada quanto a Amazônia, porque está longe de ter tantas riquezas biológicas. Entrementes não vem sendo explorada, desde nunca, porque antes esteve sob as glaciações sucessivas e agora é muito fria. Não tenho dados alcançáveis, mas deve ter entre 10 e 12 milhões de quilômetros quadrados, considerado todo o leste russo.

                            É uma reserva extraordinária para o futuro do planeta, se a Rússia permitir. A entrada livre não deve e não será autorizada, mas um consórcio pode ensinar muito ao gênero humano, em termos de cooperação de porte, em termos da grandeza da tecnociência exigida, em termos de logística, em termos de proteção humana, em todos os sentidos. Tal como eu disse para a Amazônia, mas agora mais forte, cada ser humano poderia cooperar com 20 ou 30 dólares, 120 a 180 bilhões por ano, 1,2 a 1,8 trilhão em dez anos, SÓ PARA COMEÇAR, porque, diferentemente da Amazônia, não é caso de eco-proteção apenas, e sim de imediata exploração e construção, enfrentando os frios extremos com a nova T/C que será gerada. Nova Bandeira da Proteção (lares, armazenamentos, segurança, saúde e transportes) para tirar de lá, em nome do mundo (com o devido desenvolvimento da Rússia) tudo que for planetariamente exigido. Assim a Amazônia não precisaria ser tocada, até que tivéssemos lentamente mapeado os genomas todos num Ecomapa Amazônico.

                            Um Consórcio dos Recursos da Sibéria seria constituído pela ONU, com a participação percentual dos países ou grupos, os EUA e a Europa dos 15 garantindo cada um 25 %, e os demais países na mesma proporção, segundo suas capacidades, candidatando-se a representações conforme suas doações. A Rússia se encarregaria da gerência, com a presidência permanente, evidentemente, dizendo onde começar, quando avançar, quando parar, etc. A Rússia garantiria mercado para os minérios, recursos para investimento (que não seriam tirados de áreas prioritárias, como educação e saúde). Haveria pacificação interna, porque ninguém meteria o bedelho, ninguém iria gerenciar internamente, só participaria do Conselho Políticadministrativo da Sibéria como direito a fala, mas não a voto.

                            Vitória, sábado, 04 de janeiro de 2003.

Terra Jovem


 

                            Fazem a conta de a Terra ter, segundo os cientistas, 4,6 bilhões de anos de formada desde a Nébula Primordial, como bola de fogo que se condensou em solo quente. Essa Terra geológica não é a mesma Terra psicológica em que vivemos como criaturas da mesopirâmide (PESSOAS; indivíduos, famílias, grupos e empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo).

                            O ser humano tem apenas 200 mil anos, desde a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y, que surgiram na África “quase ao mesmo tempo” e em lugares “próximos”. Contando mais de perto, a expansão não passa de 50 mil anos, enquanto a criação da civilização geral começou há 10 mil, depois do fim da última glaciação, desde há 12 mil anos atrás.

                            Se segue que na verdade A TERRA É JOVEM, novíssima, porque na última glaciação os gelos vinham até Nova Iorque, ao Norte, e até São Paulo, ao Sul, quer dizer, desde os 40º N e 20ºS, deixando uma faixa de 60 graus, coisa de sete mil por 40 mil quilômetros, no máximo, uns 280 milhões de km2. Tomando como sendo 1/3 as terras emersas, teremos 90 milhões de km2, dos quais 9/10 talvez cobertos de florestas ou de desertos impenetráveis. Alguém se interessará em fazer o cálculo correto. A humanidade não constituía mais que manchas pequeníssimas, pontos infinitesimais sobre a vasta pele da Terra fria. Evidentemente toda a Terra acima de 40º N e 20º S era inabitada e inexplorada, solo realmente virgem até o afastamento das geleiras. Com o esquentamento novas espécies vegetais e animais se desenvolveram, ou se espalharam, de modo que realmente podemos dizer que o planeta Terra não é para a humanidade um mundo velho, é novíssimo, é coisa geologicamente inaugurada ou reinaugurada. Não é nenhum mundo caduco, encarquilhado, enrugado de velhice. É uma jovenzinha que acordou agorinha há pouco de um sono, de uma sesta, ou do pesadelo da noite de gelo.

                            O chamado “tempo profundo” nos engana, fazendo os seres humanos encurvarem sob o peso de uma falsa velhice. Aquilo lá é outra coisa, em que a humanidade não estava presente, e da qual não precisa se lembrar enquanto impedimento. A Terra despertou de seu sono gelado para vida nova e é isso que conta, verdadeiramente, a mais.

                            Vitória, sábado, 04 de janeiro de 2003.

Talentos Perdidos

 

                            Como dito neste Livro 19, artigo As Percepções de Gabriel, as pedrinhas que são os talentos dos seres humanos e a peneira das necessidades não se encontram exatamente enquanto oferta e demanda de serviços e objetos. A razão é a daqueles 2,5 % ou 1/40 = A, que constitui a extrema direita, a capacidade de melhor fazer que o modelo anuncia. Teríamos a seguir 1/ (40)2 = 1/1.600 = AA (2A), depois 1/(40)3 = 1/64.000 = AAA (3A), adiante 1/(40)4 = 1/2.560.000 = AAAA (4A).

                            Assim, inevitavelmente os talentos estarão perdidos, porque não há jeito de se encaixarem as pedrinhas e as peneiras. Alguns dos melhores médicos potenciais do mundo estarão servindo como garçons ou na lavoura ou como políticos, etc. Qual seria a chance de os 4A (2,5 mil em seis bilhões) estarem em suas posições? Penso que é o erro estatístico, 2,5 %, ou seja, apenas 60 estariam realmente na medicina, um para cada 100 milhões. O custo desses profissionais certamente será altíssimo também, porque são o ouro ou o diamante entre os metais e as pedras preciosas.

                            Certamente deveríamos, se isso for verdadeiro, concentrar bastante recursos humanos e materiais em des-cobrir esses talentos, fazendo-os encaixarem-se em suas posições de excelente rendimento. Na realidade é uma questão central do processo civilizatório, uma questão de vida ou de morte, literalmente, e isso para todas as 6,5 mil profissões. Urge os governempresas e a Academia concentrarem-se nisso.

                            Vitória, terça-feira, 07 de janeiro de 2003.

Seletividade

 

                            No Houaiss eletrônico, seletividade é “qualidade ou característica de seletivo”, que por sua vez é “relativo a seleção”, que é “ato ou efeito de selecionar”, que é “fazer seleção ou escolha de”. Escolha é “ato ou efeito de escolher”, que é “manifestar preferência por (alguém ou algo) ”.

                            Seletividade está, portanto, ligado a preferir.

                            Preferir pressupõe o sujeito, que escolhe. Se segue que “seletividade” está descrita viciosamente, se considerarmos os avanços da mecânica quântica em ponderar o sujeito.

                            Porque, veja, a seleção é dupla. Tanto as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) selecionam os ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundos), quanto estes àquelas. Não adianta nada dizer que “o aluno faz a escola” – nenhum superaluno vai render tanto na Faculdade Canhestra de Conceição do Mato Pequeno quanto renderia com os recursos da Caltech, a faculdade de tecnologia da Califórnia, com suas bibliotecas, centros de computação, bibliotecas, museus, extraordinários professores, conhecimento acumulado, etc. Não tem jeito.

                            Então, para melhor rendimento tanto precisamos do superaluno quanto da superescola, fazendo a dupla superalunescola. Conjugação dos vetores para produzir o melhor resultado. Dizer que obtive as melhores condições no estado do Espírito Santo, que elas eram tão boas quanto teriam sido as européias ou americanas ou japonesas é estupidez. Não foram. Eu apenas não desejei sair, finquei pé na resistência.

                            Os ambientes selecionam os ursos tanto quanto os ursos selecionam os ambientes. A cidade de Vitória, ES, não pede das pessoas que moram aqui o mesmo que a cidade de Barra de São Francisco, ES. As exigências são diferentes. Assim sendo, por exemplo, os negros não são exigidos por essa construção socioeconômica do mesmo modo que os brancos. Se os ambientes não são os mais propícios para os negros, eles não vão render tudo que poderiam, como uma planta não-adubada não produziria tantos frutos e de tão excelente qualidade quanto uma adubada. Então, na luta por futuro ou habilidade ou aptidão temos duas seleções, a SELEÇÃO AMBIENTAL e a SELEÇÃO PESSOAL, no caso psicológico ou humano ou racional. Faz todo sentido colocar as melhores pessoas nos melhores ambientes, se queremos extrair o melhor de umas e de outros, produzindo o melhor capital pessoambiental. Os alunos mais aplicados nas universidades de mais perfeito suporte. Pensar o contrário é idiotice. Um aluno aplicadíssimo, numa faculdade ruim, pode render, mas não tanto quanto o faria numa faculdade formidável.

                            Vitória, terça-feira, 07 de janeiro de 2003.

domingo, 22 de janeiro de 2017


Ed Ondo Jogando no Time da Patifaria

 

Há – agora trabalhando no canal Fox Sports – no Brasil jogador chamado Edmundo, que passei a chamar de Ed Imundo, porque tendo filho queria pagar miséria de pensão, ganhando tanto quanto ganham (erradamente) os futebolistas, fortunas mensais. Fiquei irritadíssimo, como com todos aqueles pais americanos que fogem de casa.

EDMUNDO

Resultado de imagem
Fluminense (estado do Rio de Janeiro), 1971.

E há os hediondos, que vou colocar na categoria Ed Ondo.

A FAMÍLIA DE ED ONDO (do dicionário eletrônico Houaiss)

Adjetivo
1. Que apresenta deformidade; que causa horror; repulsivo, horrível
Ex.: rosto h.
2.        Derivação: sentido figurado.
Que provoca reação de grande indignação moral; ignóbil, pavoroso, repulsivo
Ex.: traição h., crime h.
3. Que é sórdido, depravado, imundo
Ex.: dependente de todos os vícios, levava uma existência h.
4.       Derivação: sentido figurado. Estatística: pouco usado.
Que exala odor nauseabundo; fedorento, fétido

No Brasil há todos esses do Mensalão, do Petrolão, da Lava Jato, do Caixão (caixa grande, CEF), das doações de Temer, toda a patifaria que corre as décadas e os séculos com Jader Barbalhão, Toninho Malvadeza (Antônio Carlos Magalhães), Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma. Centenas e milhares, todos os podres que roubaram desbragadamente o Brasil e os brasileiros.

Pode ser feito livro, com pequenas biografias dos ladrões e seus atos, sem detalhes demais porque senão ficaria excessivamente volumoso. Nação, estados e DF, 5.570 cidades-municípios.

E há o mundo.

Os povos precisam pegar pé para se levantarem e mudar a face da Terra, para tentar zerar a operação e pegar os bandidões.

Vitória, domingo, 22 de janeiro de 2017.

GAVA.