terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Várias Vidas

 

                            Como no filme de Nicholas Cage ou no extraordinário Feitiço do Tempo, com Bill Murray e Andie MacDowell, dirigido por Harold Ramis, em que a vida da personagem de Bill se repete indefinidamente, sempre no mesmo dia. No de Cage um anjo redimensiona a vida da personagem para o que Cage poderia ter vivido, numa vida alternativa.

                            Estou pensando numa série de TV, a pessoa imaginando como seria a vida em tal situação e subitamente mudando para ela. Pela soma zero (SZ = 0) as flechas para cima são iguais em módulo às flechas para baixo, apenas mudam os comprimentos delas; e pelo produto um (PU = 1) muita intensidade significa breve tempo, enquanto longo tempo quer dizer vida insossa. Há aí, evidentemente, muita oportunidade.

                            Ele poderia encarnar milhões de vidas diferentes, até ir aprendendo uma lição de vida, como fundo gestáltico de sua experiência geral, enquanto do outro lado da tela, na Terra, as pessoas pensariam em encarnações e em suas situações de vida. Desde que isso não ensine conformismo, a superafirmação do conforme, da acomodação, pode significar a aceitação e aproveitamento das vidas, com tudo que elas têm de bom, a par do que têm de ruim.

                            Por mais que fizesse, como também no filme Endiabrado, com Brendan Fraser, em que a personagem vive sete vidas diferentes, toda vez imaginando soluções maravilhosas e tendo que pagar o negativo do positivo, por mais que tentasse sempre teria um lado desagradável.

                            A pessoa, antes de entrar, naturalmente planejaria tudinho para dar certo, certíssimo, e nalgum ponto o seu trem de vida descarrilaria, tudo sairia pelo contrário, com várias situações hilariantes, dramáticas, penosas, inspiradoras, etc. Ela veria personagens da “vida real” e se imaginaria nas vidas delas, realmente acordando naquelas situações, lembrando-se de tudo, tanto de sua vida anterior quando da atual, sem aqueles constrangimentos de não saber o que está se passando na vida atual. Memória plena, inclusive do que planejou, mas em certo momento havendo uma encruzilhada nítida, um desvio que ele desesperadamente tentaria evitar.

                            Às vezes até encarnando em vidas das pessoas que ele despreza ou não compreende, por exemplo, sendo um machista na de uma mulher, com todos os problemas diários.

                            Permitirá profundas meditações ao redor do mundo, porque a personagem poderia encarnar em todos os países, até em várias eras, vendo que no fundo todos têm uma vida de problemas e soluções, bem confusa, com repentes de alegria, fossa, melancolia, etc., tudo mesmo que a vida nos traz.

                            Vitória, terça-feira, 29 de outubro de 2002.

Telefone Azul

 

                            Sempre brinquei, dizendo que deveriam instalar vários telefones destinados exclusivamente às mulheres, e um só para os homens; ainda assim no das mulheres filas enormes se formariam, enquanto o dos homens de vez em quando estaria vazio e elas fatalmente pediriam para usar. É que as mulheres falam muito. A irmã da V, ex, chegou a falar de Sergipe três horas inteiras com a mãe. A AP, esposa de um amigo, pagou, quando o dólar estava 1,5/1,0, há uns quatro anos, mil e setecentos reais num só mês de telefone celular.

                            Depois pensei que poderia ser mesmo.      

                            Acho que os telefones azuis (azul = MULHER, na Rede Cognata) poderiam ser destinados a elas e os vermelhos (= HOMEM) a nós. Vários azuis e um vermelho.

                            Pensando no Modelo da Caverna, faz sentido, e até ajuda a avançar hipóteses delimitadoras. Se as mulheres ficavam dentro e nas redondezas da caverna, usavam muito a memória plana e espacial, ao passo que os homens, saindo à caça de coisas vivas e carniças (alguns antropólogos adotam essa hipótese, que eu rejeito, pois, o nosso olfato é apurado contra coisas podres), usavam uma memória de linha e ponto, por assim dizer.

                            Além disso, as mulheres deviam controlar as crianças, falar umas com as outras, nomear uma vastidão de objetos (coisas, acidentes geográficos, animais, plantas, fungos, plantios incipientes, contagem de estoques, repartição das coletas, etc.), de modo que a memória volumosa e uma língua bem apurada em substantivos deve ter surgido, a Língua das Mulheres, conforme eu já falei, por oposição/complementação à Língua dos Homens, muito mais econômica e comandatária, adjetivante de velocidade e força, eu acho, ressaltando as qualidades relativas a confronto. A LM deve ter adjetivos estáticos, que falam de beleza estacionária, o que não faz sentido algum numa caça que deve contar com velocidade e presteza.

                            Para controlar tantas crianças, umas às outras, os animais de criação, toda a enorme quantidade de trabalho da tribo, as mulheres precisavam mesmo de uma memória fenomenal e de uma língua bem detalhada. Elas foram preparadas pela evolução do nosso estilo de vida para falar muito, falar continuamente, falar sem parar.

                            Eis agora a razão antropológica evolutiva, eu penso, para realmente instalar telefones diferentes para uns e outras.

                            Vitória, domingo, 03 de novembro de 2002.

Sociedade Latina

 

                            Assumir-se latino não é fácil.

                            Isso quer dizer assumir Conhecimento (alto: Magia latina, Teologia latina, Filosofia latina, Ciência latina; baixo; Arte latina, Religião latina, ideologia latina, Técnica latina; e Matemática latina) de um modo próprio que, contudo, não seja restritivo dos demais. Que queira ser de si e para si sem impedir o ser dos outros ou o para os outros.             

                            Quer dizer reprogramar as 6,5 mil profissões para o modo latino.   E do mesmo modo as tecnartes como latinas (da visão latina: moda latina, dança latina, poesia latina, fotografia latina, desenho latino, pintura latina, etc.; do paladar latino: comida latina, pasta latina, bebida latina, tempero latino, etc.; do olfato latino: perfumaria latina, etc.; da audição latina: música latina, discurso latino, etc.; do tato latino: arquiengenharia latina, esculturação latina, paisagismo/jardinagem latina, decoração latina, cinema latino, teatro latino, urbanismo latino, tapeçaria latina, etc.), o que implica em voltar os institutos e as universidades para pesquisar & desenvolver teórica & praticamente a percepção total latina.

                            Do passado, pelo presente, para o futuro.

                            Isso, é lógico, pressupõe o estabelecimento de um Congresso Latino Universal, convidando todos os povos e nações latinos. Quem serão tais congressistas? Como elegê-los por critérios quantitativos e qualitativos (área, população, riqueza, falantes de línguas latinas, etc.)? Que poderes eles terão?  Quantos recursos terão disponíveis aos projetos? Quantos grupos serão criados para desenvolver as palavras do Dicionário Latino e para propagar as imagens da Enciclopédia Latina? Como construir um dicionárienciclopédico latino? Como reestruturar as grades curriculares dos países, para vê-los ao mesmo tempo independentes e comunitários?

                            Veja só, é preciso liderança universal, um propugnante dessa reunião latina universal, como já falei nas idéias e patentes, sobre um Grupo Mundial de divulgação da latinidade universal – que não está morta, pelo contrário, ainda nem nasceu. O que existiu e findou foi aquela latinidade romana. Uma nova está nascendo, e seja bem-vinda, para exprimir mais fielmente as nossas características, distintas dos anglo-saxões, dos eslavos, dos hindus, dos chineses, etc.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de outubro de 2002.

Sites de Cinco Níveis

 

                            Com a Internet aberta (fora a RNP, Rede Nacional de Pesquisas, brasileira, em que há alguma seleção, infelizmente inacessível para mim) veio uma confusão inacreditável de textos, alguma coisa boa e muita coisa ruim, sem qualquer pré-seleção, como deve ser em parte. Mas o Dicionário geral tem dois lados, dos pares polares opostos/complementares, por exemplo, ordem e não-ordem, de modo que a plena democracia que a Internet trouxe deve ser contraposta e a favorposta da ordenação rigorosa para quem não pode ficar tempo demais buscando.

                            Pelo lado da ordem, a questão é haver um organismo geral que aceite os textos para análise, classificando-os em cinco níveis, dentro dos cinco modos duplos de Conhecimento (alto: Magia, Teologia, Filosofia e Ciência; baixo: Arte, Religião, Ideologia e Técnica; e Matemática, também alta e baixa), portanto, 5 x 5 = 25 graus de liberdade de abordagem de quem chega. Há aquele conhecimento do leigo, da pessoa que quer dizer alguma coisa, que deseja ser lida ou escutada; há o de quem tem algo de relevante a dizer numa das 6,5 mil profissões; há o do pesquisador amador com algo de muito significativo a mostrar; há o do pesquisador profissional; e há finalmente o do sábio, que é reconhecido mundialmente como tal.

                            Obviamente os critérios de classificação não serão aceitos por todos e surgirão oposições, dissidências, o que é bom também. O que for julgado de primeira linha em um poderá ser até desconsiderado noutro. Proliferarão as classificações, o que é bom também, pois a diversidade é bem-vinda. Vários sítios de classificação surgirão, uns melhores, outros piores, a sobrevivência e seleção do mais apto ou mais hábil proporcionará a consolidação.

                            Marcados com cores ou com letras ou com estrelas, ou como for, a classificação deve ser feita por órgãos governamentais ou não-governamentais, empresariais ou não, ganhando-se ou não dinheiro com isso; de fato ela pode poupar uma quantidade enorme de tempo, até melhorando a apresentação dos textos, corrigindo o português, chamando a atenção por palavras, colocando hiperlaços com outros textos, etc., todo um cruzamento formidável de informações.

                            Vitória, terça-feira, 29 de outubro de 2002.

Moralizando o Mundo

 

Vou falar do que sei, há gente que sabe muito mais que eu, que complete então na mídia (Revista, Jornal, Rádio, Internet, TV, Cinema, Livro-Editoria), de preferência em livro, onde fica tudo preto no branco, tinta indelével no papel duradouro.

COBRANDO PROVIDÊNCIAS

COBRANÇAS.
BILHÕES DE DÓLARES.
Cobrança das obras paradas aos políticos e governantes que as instituíram e não levaram a fim utilitário.
 
Fim da Bolsa Empresário (agora mesmo Temer quer dar 105 bilhões às teles e 900 a 1.000 bilhões de renúncias fiscais às devedoras), inclusive benefícios fiscais “legais” (para mim não é legal). Paulo Hartung Gomes, governador do ES, deu 3,5 bilhões aos empresários em renúncias.
 
Fim da corrupção (encarceramento dos corruptos depois de provado).
 
Fim das mordomias nos esportes.
 
Fim do repasse do dinheiro popular às ONGs, elas não são governo, não foram eleitas, que arranjem recursos de outro modo (o povo aceitará as boas e recusará as más).
 
Fim dos jogos (também os da CEF e o jogo do bicho por abandono popular), inclusive os cassinos.
 
Término de todas essas bolsas, principalmente dadas aos presos (Eles devem trabalhar para se sustentar, como todos e cada um. Tendo cometido crimes, devem ser alimentados? O povo que não cometeu delitos não o é).
 
Vigilância quanto a obras pagas com dinheiro de primeira e entregue com produtos e serviços de terceira.
 
Mil outras trapalhadas (o livro vai ficar longo, será muito bom ler as minúcias).
 

O país deve trabalhar e receber decentemente por sua carga de esforços, morando condignamente, recebendo serviços de água e esgoto (com tratamentos devidos), tendo serviços hospitalares adequados, transporte muito bom, boas condições de trabalho.

As elites devem suar por cada centavo amealhado.

Vitória, terça-feira, 3 de janeiro de 2017.

GAVA.

Tomada a que se Ligam as Mulheres

 

Como já disse repetidamente no MCES, Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens, as mulheres ficavam com 80 a 90 % (elas mesmas, 50 %; garotos, 25 %; velhos, aqueles em processo de cura, deficientes masculinos, anões) de todos, enquanto os homens iam com 20 a 10 %, relação de 9/1 a 4/1, responsabilidade muito maior delas, coragem assombrosa deles de enfrentar as feras.

A disputa na caverna-terreirão era acirradíssima, já detalhei tudo isso – elas brigavam pública e privadamente, em suas mentes: era disputa muito tensa e constante.

O grande vetor de acumulação era o lado masculino, que pegava e entregava tudo, ao passo que elas guardavam ciumentamente (vai ser interessante quando mostrarem cenas das mulheres vigiando seus bebês e suas panelas). Eram os homens que, saindo, traziam a caça, a grande proteína, e as novidades não encontráveis no terreirão de coleta, apresentavam os objetos de longe, aonde elas não podiam ir porque colocariam em risco os preciosíssimos garotinhos.

Então, essa era a tomada, tanto a de eletricidade quanto a do verbo tomar, apossar-se, pegar, tirar: não havia outra fonte, a relação de serventia era de 9/1 a 4/1, uma multidão a sustentar diariamente ano após ano, até a morte em algum parto (as estéreis morriam de fúria por não pode participar do festival de mortes).

O excesso vinha dos homens. O terreirão só proporcionava o trivial, nenhuma novidade, tudo muito sabido dia após dia. Daí a ansiedade com que esperavam os homens, e isso sem poder demonstrar.

É psicologia toda diferente a das cavernas, os psicólogos não atinaram, não deram com a coisa, passaram ao largo (mais uma vez).

Elas precisavam tomar, quer dizer, convencer os homens que eles deveriam entregar (isso através do sexo, da garantia de que os filhos eram deles – “é a cara do pai” -, de adulação, de convencimento, de todo tipo de lambidela e sujeição aparente).

Vitória, terça-feira, 3 de janeiro de 2017.

GAVA.

Zimbama

 

Ia pedalando pela ponte de Camburi, Vitória, quando dois rapazes conversavam e falaram Zimbama em vez de IBAMA. Já disse que minha mãe falava EMBROMA (pois embroma mesmo), em vez de IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

EMBROMAR

Dicionário InFormal
Enrolar, enganar. Ficar prometendo alguma coisa e não cumprir.
-Qual é meu irmão? Você vai só embromar ou vai comprar a mercadoria?

Sinônimos de Embromar: enrolar brincar distrair-se divertir-se embromar entreter-se escarnecer folgar foliar galhofar gracejar jogar trebelhar vadiar zombar caçoar chalacear chocarrear derriçar mofar motejar troçar calotear enganar abusar atraiçoar baldrocar bigodear burlar cegar cinzar desonrar despistar desvairar disfarçar embaçar embair embelecar empulhar encravar engabelar engazopar engodar exorbitar falsear fingir fintar fraudar ilaquear iliçar iludir intrujar lograr ludibriar mentir mistificar refalsear seduzir tapear trair trastejar tratantear aproveitar engarapar entreter flautear frustrar negacear taboquear marombar aguentar-se equilibrar-se improvisar sofismar achincalhar chacotear chasquear chufar debicar debochar malhar mangar ridicularizar rir engambelar trotear apepinar palhetear embaucar mamar embustear caronear defraudar rodilhar embrulhar zingrar apodar ridiculizar deludir gambelar enrodilhar trautear pantominar engambelar desvariar satirizar carambolar tungar velhacar gozar galhofear pantomimar zombetear pilheriar sotaquear toirear capear gingar facetear pantear cafangar pagodear trotar cachetar vasconcear emburricar palhetar embuçalar embaciar desfrutar velhaquear bexigar ençampar impingir barrar tourear escarnir desfruir enrascar chalaçar mexer intrujir.


O IBAMA

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Conivência.
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Os humanos silvestres são atacados.
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O IBAMA em inação.
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O marido de Marina é contraventor e ela foi ministra do Meio Ambiente.

O povo zomba mesmo, tripudia, escarnece, humilha, se recusa a aprender a palavra certa, fala de qualquer jeito porque sabe que é porcaria, sacanagem das elites. O povo não respeita de jeito nenhum, esperando pelo melhor tempo, em que efetivamente possa confiar e se consagrar ao governo real.

Fala Zimbama ou Embroma, qualquer nome para qualquer coisa.

Vitória, terça-feira, 3 de janeiro de 2017.

GAVA.