quarta-feira, 28 de setembro de 2016


Virturismo

 

Com aquela máquina que tinha GPS posicionando as fotografias em coordenadas LAL (longitude, altitude, longitude) no tempo, mais o ângulo em que a foto fora tirada [isso nos dava o espaçotempo ou geo-história da foto], houve uma revolução em termos de olhar o mundo. Claro, apareceram os programas de falsificação, mas quando se tratava do Google Earth podíamos ter relativa confiança, pois era tudo espontâneo e não-pago.

Ademais, o GE proporcionou alguns avanços, porque quando a foto era colocada sobre os mapas (dentro do programa Panoramio), o GE automaticamente posicionava-as em torno da construção, “exatamente” (muito próximo) na posição em que foram tiradas.

O NOVO PANORAMA DO GE

Descrição: http://www.lifehacker.com/assets/resources/2006/12/google%20earth%20panoramio.jpg
Descrição: http://cdn2.digitaltrends.com/wp-content/uploads/news/stories/2007/6/945/Google_to_Acquire_Panoramio-1.jpg

Acresce que o GE proporcionava agora caminhos pelas estradas (você marcava o início e o fim, ele calculava as distâncias por terra – além de proporcionar viagens de bicicleta, de modo, mostrando os semáforos -, por água, pelo ar; calculava também áreas e volumes, mas isso é outra história), fornecendo verdadeiras viagens virtuais, mostrando as entradas das cidades, as fazendas, os pontos de abastecimento.

Eram novos mapas.

Não eram planos como os de antigamente.

Inclusive você poderia usar os óculos e ver em falso-3D!

Puta merda! Transcorreram só 50 anos entre minha infância, em que os mapas eram raros, até aquele ponto!

Agora podíamos viajar virtualmente por “todo o mundo” sem sair de casa, sem correr riscos, sem gastar dinheiro, sem empregar tempo, sem sentir frio ou calor, sem precisar dormir ou nos alimentarmos; e quando quiséssemos, a qualquer hora do dia ou da noite, onde fosse.

Evidentemente não era a mesma coisa que ao vivo, mas era muito bom. Chegar a Milão e ver os prédios, uau! Ou ver a cachoeira de Matilde. Ir aos museus entrando pela porta e inclusive vendo a planta baixa e as vistas explodidas deles, isso não tem preço.

Evidentemente que quando começam, progride logo. Quando fiz 86 já tinham se passado quase 30 do lançamento e as surpresas eram ainda maiores. Se tivessem me contado aos oito anos, quando vi meu primeiro mapa, que chegaria esse tempo, eu não acreditaria. Hoje, vendo, não acredito, parece sonho.

Esta semana mesmo passeei pelos lençóis maranhenses, olhei as poças, naveguei pelos rios, foi algo de deslumbrante. Vi muito mais detalhes do que poderia ver se tivesse ido pessoalmente.

Serra, sexta-feira, 10 de agosto de 2012.

Tubocafé

 

                        Existindo há tantos séculos, ocupando tanta gente na sócioeconomia do mundo (agropecuária-extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos), o café deveria receber mais inteligência e mais patentes.

GENTE OCUPADA NO MUNDO (é preciso avaliar corretamente)

Descrição: http://exame1.abrilm.com.br/assets/pictures/25734/size_590_plantacao-cafe-sao-paulo.jpg?1300123109
Descrição: http://www.portaldoagronegocio.com.br/arquivos/n_2206_1919154841.jpg
Descrição: http://images01.olx.com.br/ui/16/09/98/1321443645_280800198_4-Torrador-de-Cafe-Agronegocio-Industria.jpg
Descrição: http://images.quebarato.com.br/T440x/maquina+cafe+espresso+saeco+royal+professional+santana+de+parnaiba+sp+brasil__3F0DBF_1.jpg

Então, esse rapaz pensou na cafeteira.

1.             O passador de café poderia ser um tubo vertical para ocupar pouco espaço na parede (isso descartaria a cafeteira e ter de virar a água no pó);

2.             O pó usado poderia cair dentro da lixeira pequena pregada logo abaixo;

3.            A água poderia circular VÁRIAS VEZES pelo mesmo pó, economizando muito (uma ou duas colheres bastariam para um litro);

4.            Ele seria diretamente fixado numa tomada, tendo o plugue como parte da estrutura de sustentação;

5.            A descida do café se daria diretamente num copo de plástico posto em coluna lateral;

6.            Uma coluna superior teria o refil de pó, um tubo donde cairia a quantidade mínima, uma ou duas colheres para o caso de uma garrafa ou litro coado;

7.            Você poderia digitar 1 para uma xícara, um litro ou o que fosse;

8.            Como a coluna de retenção do café coado era um vaso dewar, ficava sempre quente sem precisar requentar;

9.            Como sofisticação se poderiam colocar especiarias laterais.

Enfim, seria um cilindro fixado em qualquer tomada, com água tirada de filtro lateral (ou já incorporando filtro próprio).

Puxa vida! Tava ali, tava na vista, tava evidente, faltava bater na cara da gente, se fosse uma cobra teria nos mordido. Quem disse que pensar é fácil? SE fosse fácil muito mais já teria sido pensado!

E, principalmente (como disse Milton), como não fui eu que fiz?

Bom, se não fui eu que fiz, se não fui que pensei, fui a pessoa a quem ele se dirigiu para pedir financiamento. Quase pulei para fora de mim. Por dentro eu exultava, por fora fiquei quieto, sim, sim, financio, claro, vou liberar um dinheiro, peguei 30 %, mal acreditei na sorte, espero que Deus não cobre muito por isso, puta que o pariu, quase endoidei.

A ele não disse nada, nem um A, o máximo de isenção.

Quando ficou tudo cravado bebi três dias seguidos, fiquei de ressaca, ninguém conseguia entender, me dei bem pra caramba.

Caiu no meu colo.

Bateu em mim: tubofetada.
Serra, quarta-feira, 08 de agosto de 2012.

Treinando as Crianças

 

Quando minha filha e meu filho estavam na “faixa de impressão” (até os sete anos), instruí-os sobre o futuro, dando-lhe três passagens no trem da vida visando facilitar o trânsito deles.

ESTAS REGRAS DE VIDA

REGRA
SIGNIFICADO
EU DIZIA
ELES RESPONDIAM
Nós somos carne e unha.
Somos inseparáveis (podemos confiar mutuamente uns nos outros).
Nós somos fumaça?
Não, somos fogo na roupa.
Não somos o efeito, somos a causa (não somos de esperar, fazemos).
Não há de ser nada.
Não nos dobraremos à realidade; tudo é ultrapassável.

Assim como os iluminados e Jesus foram aos primórdios infantis das civilizações plantar suas mensagens salvadoras, mirei a juventude das crianças para lhes dar passagem no trem da existência.

O TREM DA VIDA

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8B7EoFAyYo9bdnH_DFAGbvt0nIg65R8VBuaxYPl07z-mGc5xEw6Oy9VTl2kDvBcnIAcVYpXiRMduTwP82b5z7Zu6hWlgREnjn7sskI-i-7WC631fnQlTxGdNW0crjVxKhUPtd_ENgpG3G/s1600/trem-da-vida.jpg
Evitando os excessos:
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A vista pode ser bonita, mas o perigo é grande.

No volume V do livro de Joseph Delaney, As Aventuras do Caça-Feitiço, o Erro, 2ª edição, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2012, p.341, ele diz: “A família faz você ser quem é. Eles lhe dão a carne e os ossos, depois moldam sua alma de acordo com suas crenças”.

É nessa faixa.

Espero que com essas regrinhas básicas o trem da vida deles só corra por paisagens bonitas, felizes, saudáveis.

Serra, sexta-feira, 03 de agosto de 2012.

Trio Parada Dura

 

Há mais de dez anos (chegaram em 01/01/1999) disse a minha filha e a meu filho que quando mais adiante a sócioeconomia do mundo e do Brasil entrassem em colapso, começando pela China em 2019, três profissões seriam preservadas.

PRESERV/AÇÃO DO ESTADO MÍNIMO (ato permanente de preservar, visando garantir o Estado)

PROFISSÃO
FOTO
TAREFA
Fiscal
Descrição: http://www.clubedorh.com.br/wp-content/uploads/2011/04/size_590_Consultor_fiscal.jpg
Venha a nós, ao vosso reino, nada.
Para tirar dinheiro das pessoas.
Juiz
Martelinho na cabeça.
Para mandar prender.
Policial
Capitalismo de choque.
Para bater.

Disse a muitas pessoas desde 1997.

RECURSOS ESTATAIS

PROFISSÃO
SUSTENTAÇÃO DO ESTADO
Fiscal
Monetária
Juiz
Legal
Policial
Violenta

Pois se trata de garantir a burguesia capitalista, de manter o Estado e a apropriação, a continuidade da linha-de-trabalho, a sustentação das elites.

Quando tudo está em colapso, a sobrevivência se resume à violência mais apta, o que exclui até os mínimos confortos libertários concedidos à custa de muita luta aos povos, aqueles possíveis nas fases de expansão desenfreada.

Mais para frente, claro, pleitearam exatamente essas como “profissões do Estado”: por quê educação não seria? Por quê não o atendimento médico? Por quê não isso e aquilo? Porque educação, saúde, agricultura e muita coisa mais não é fundamental para as elites, apenas 1 % na fração A e no máximo total de 10 % para englobar A + B.

Simplesmente por isso.

Por acaso sou fiscal.

O Trio Parada Dura desfila garboso no carnaval do mundo.

Serra, segunda-feira, 13 de agosto de 2012.

Trabalhando com a Cabeça

 

Depois do Nicolelis e da progressão exponencial dos CORE (núcleos antigos, que são como newrônios de hoje), a conjugação da informática com a cibernética nos proporcionou os primeiros artefatos, acho que lá por 2032 (2029? Então, sigamos a informação da Interrede). Ainda incipientes, mesmo assim foram de grande utilidade. Eram colocados na cabeça, envolvendo-a como um capacete, à modo das antigas motocicletas.

Era como o Chapéu do Pensador, uma brincadeira dos inventores do Professor Pardal, da Disney, conforme vi no biblioseu virtual, muito engraçado.

O PROFESSOR PARDAL DE O CHAPÉU DE PENSADOR (não é à toda que chamamos a nossa cabeça de PARDAL)

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2nK3n_I-uzYOF8qXd0X1Q-R3Roy0coRg8t0_DCNlfoZGkE_hU4mCqtPKjuDUV5E4zmeXHY0CtFvRBL45bn9ZpSHgIzwKxzgyaCM6tvvL6WRza4gExiDh_ZcRaSibqp8RlGScT-oA9_nO/s1600/Professor+Pardal.jpg
Poderia ter sido bem aproveitado pela tecnociência.
Descrição: http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQeG_Y_pBVimmYeYvfT7mpy56ULOqBA2u0n0uADmHQevsbt1UI0oQbvekd2
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaH6rIfC_aIIaz95wfzb2Yy8gOiGmUADGC1dt4z0DytDcGoZ2VtWz4lOzKwPuAaDA3nbJ_OipDRK6JutJDe8htMVh_dZLU05u2EZCCy5iNAWemvt8Gf2Bdn76FYT_rqE6R8mQrMDrZ9AQ/
Descrição: http://www.universohq.com/quadrinhos/2012/imagens/ProfPardal_02.jpg
Para as patentes.

Eram colocados e tirados o tempo todo, depois passaram a ser usados indiscriminadamente. Antes ainda só eram usados nos poucos laboratórios que podiam pagar, que tinham cacife para tal, que tinham muita grana, porque custava caro demais. Um horror! Caro mesmo, só as maiores empresas podiam pagar.

Imagine você quão revolucionário foi ter um computador na cabeça conectado diretamente com a telefonia universal e a Interrede! Tenho a honra de dizer que fui o terceiro a usar, pois estava jovenzinho ainda no centro mesmo da empresa que o desenvolveu. Pouco mais que um garoto saído da escola de computação, que dias!

Foram dando saltos cada vez mais altos.

Até que raramente eram tirados.

Quem iria querer ter cabelo, naquelas condições?

Cabelos crescendo por debaixo da cabeça postiça seria o fim da picada, de modo que a primeira providência uns 10 a 15 anos (Oito só?) foi tirá-los. Depois muitos raspavam as cabeças - homens, mulheres, crianças, velhos e novos, todas as raças - os cabelos começaram a desaparecer, agora só existindo como excrescência nas periferias rebeldes toleradas e apenas como curiosidade. Que nojo! Vocês não suportam, mas nós estávamos lá, 60 ou 70 anos atrás.

Os primeiros modelos ainda eram pesados, pesadões, até descômodos, dois ou três centímetros de espessura, o pescoço doía, mais uma razão para tirar. Depois desceu a um centímetro, meio, 0,25 e 0,1 e foi descendo, até se tornar essa película que usamos e que comporta cada vez mais funções. Nós somos das velhas gerações, ainda nos lembramos de como era o passado, ainda falamos sem consultar a Interrede, “só de memória”, que pobreza.

Hoje, como curiosidade, quando olhamos os filmes do passado e eles mostram as pessoas carecas, pensamos que foi capacidade de previsão, mas que nada, foi apenas chute. Por quê as pessoas iriam raspar as cabeças? Isso seria estupidez, se não houvesse motivação maior. Agora fizemos re-arquiengenharia genética para suprimir o nascimento de cabelos, de modo que podemos usar a película-cabeça o tempo inteiro, inclusive no banho, com conexões permanentes, já é verdadeiramente uma segunda pele e uma segunda natureza. Talvez em algumas situações a forma preceda a função, mas aqui, nitidamente, a função antecipou a forma. Atiraram no que viram, acertaram no que não viram.

OS CARECAS DO FUTURO

Descrição: http://www.pilulapop.com.br/wp-content/uploads/2011/08/beneaththewtf_io9.flv-757678.jpg
Descrição: http://mcururu.files.wordpress.com/2011/11/fotos-do-lula-careca1.jpg
Careca está longe de indicar sabedoria.

Também, quem poderia imaginar algo assim?
Serra, terça-feira, 07 de agosto de 2012

Torpeido

 

Já foi extraordinária a evolução dos celulares, primeiro desde os tijolões até chegar aos ultrafinos de agora (que não são menores porque nossos dedos grandes não comportariam digitar; poderiam ser do tamanho de uma partilha forte ou menores).

VEIO A EVOLUÇÃO DOS MP3

Descrição: http://images03.olx.com/ui/9/75/43/1287653482_118737243_1-procurando-celular-nao-compre-antes-de-nos-visitar-wwwmp21combr-zona-sul-1287653482.jpg
MP21 Player Hiphone M10 com Wi-Fi e TV Analógica
MP21
Descrição: http://images.quebarato.com.br/T440x/mp21+hiphone+gps+java+wifi+tv+shake+2+cameras+2+chips+2gb+matao+sp+brasil__4CA0F8_1.jpg
MP30

A LISTA DAS FUNÇÕES DE CELULAR

Resposta de Garota Ácida
MP3:
MP3 é o formato de compressão de áudio que causou uma verdadeira revolução. Arquivos de áudio podem ser convertidos em MP3, com poucas perdas de qualidade (as pessoas comuns como eu não conseguem perceber a diferença), ocupando apenas cerca de 10% do espaço de armazenamento necessário para o formato digital do CD de áudio.
E71TV
 
  1. Aceita memória de até 8gb
  2. Álbum de fotos - visualizador de imagens
  3. Bluetooth

Ficaram tão completos, até com vibrador para as mulheres, que só faltavam falar. A ATL (atual Claro) foi denominada pelos capixabas Até o Terminal de Laranjeiras.

A competição ficou acirradíssima!

Sair de 4,0 mil em 1994 para 240 milhões em 2012 significou multiplicação por 60 mil, uma das maiores e mais espantosas do mundo (levando em conta que o Brasil é supostamente de terceiro mundo e nação “não-industrializada”).

Mais e mais funções foram acrescentadas, até surgirem os iPhone, os BlackBerry, os tabletes, os isso e aquilo. O limite é a imaginação e o convencimento dos bobocas da necessidade de todas aquelas babaquices. Dúzias de funções que a gente nem sabe usar. Uns 90 % ou mais das pessoas não usa 90 % ou mais das funções, seria interessante pesquisar, é fenômeno políticadministrativo, pessoambiental, governempresarial, socioeconômico e psicológico dos mais relevantes, a expansão orgulhosa do útil-inútil.

UTILIDADE INÚTIL

 

De forma que algumas empresas instalaram microscópicas fábricas químicas de cheiros-odores (para o nariz-olfato), de gostos (para a língua-paladar), de pressões (para a pele-tato), de imagens (para os olhos-visão), de sons (para os ouvidos-audição), buscando enfim o celular cinco sentidos.

Em particular teve essa que instalou o torpeido: você mandava um para quem você não gostava e quando ela atendia o celular preparava a catinga insuportável. Quanto mais caro o celular (o que podia fazer o bem podia fazer o mal e tanto você se candidatava aos odores prazerosos quanto à fedentina intolerável) mais aptidão havia. Naturalmente só dava para enviar uma vez, daí você perdia o amigo e a ligação nunca mais se completava.

A menos... que o celular imitasse números armazenados de outras pessoas. Com isso o governo teve de interferir.

Serra, quinta-feira, 16 de agosto de 2012.