quarta-feira, 28 de setembro de 2016


Trabalhando com a Cabeça

 

Depois do Nicolelis e da progressão exponencial dos CORE (núcleos antigos, que são como newrônios de hoje), a conjugação da informática com a cibernética nos proporcionou os primeiros artefatos, acho que lá por 2032 (2029? Então, sigamos a informação da Interrede). Ainda incipientes, mesmo assim foram de grande utilidade. Eram colocados na cabeça, envolvendo-a como um capacete, à modo das antigas motocicletas.

Era como o Chapéu do Pensador, uma brincadeira dos inventores do Professor Pardal, da Disney, conforme vi no biblioseu virtual, muito engraçado.

O PROFESSOR PARDAL DE O CHAPÉU DE PENSADOR (não é à toda que chamamos a nossa cabeça de PARDAL)

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp2nK3n_I-uzYOF8qXd0X1Q-R3Roy0coRg8t0_DCNlfoZGkE_hU4mCqtPKjuDUV5E4zmeXHY0CtFvRBL45bn9ZpSHgIzwKxzgyaCM6tvvL6WRza4gExiDh_ZcRaSibqp8RlGScT-oA9_nO/s1600/Professor+Pardal.jpg
Poderia ter sido bem aproveitado pela tecnociência.
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Descrição: http://www.universohq.com/quadrinhos/2012/imagens/ProfPardal_02.jpg
Para as patentes.

Eram colocados e tirados o tempo todo, depois passaram a ser usados indiscriminadamente. Antes ainda só eram usados nos poucos laboratórios que podiam pagar, que tinham cacife para tal, que tinham muita grana, porque custava caro demais. Um horror! Caro mesmo, só as maiores empresas podiam pagar.

Imagine você quão revolucionário foi ter um computador na cabeça conectado diretamente com a telefonia universal e a Interrede! Tenho a honra de dizer que fui o terceiro a usar, pois estava jovenzinho ainda no centro mesmo da empresa que o desenvolveu. Pouco mais que um garoto saído da escola de computação, que dias!

Foram dando saltos cada vez mais altos.

Até que raramente eram tirados.

Quem iria querer ter cabelo, naquelas condições?

Cabelos crescendo por debaixo da cabeça postiça seria o fim da picada, de modo que a primeira providência uns 10 a 15 anos (Oito só?) foi tirá-los. Depois muitos raspavam as cabeças - homens, mulheres, crianças, velhos e novos, todas as raças - os cabelos começaram a desaparecer, agora só existindo como excrescência nas periferias rebeldes toleradas e apenas como curiosidade. Que nojo! Vocês não suportam, mas nós estávamos lá, 60 ou 70 anos atrás.

Os primeiros modelos ainda eram pesados, pesadões, até descômodos, dois ou três centímetros de espessura, o pescoço doía, mais uma razão para tirar. Depois desceu a um centímetro, meio, 0,25 e 0,1 e foi descendo, até se tornar essa película que usamos e que comporta cada vez mais funções. Nós somos das velhas gerações, ainda nos lembramos de como era o passado, ainda falamos sem consultar a Interrede, “só de memória”, que pobreza.

Hoje, como curiosidade, quando olhamos os filmes do passado e eles mostram as pessoas carecas, pensamos que foi capacidade de previsão, mas que nada, foi apenas chute. Por quê as pessoas iriam raspar as cabeças? Isso seria estupidez, se não houvesse motivação maior. Agora fizemos re-arquiengenharia genética para suprimir o nascimento de cabelos, de modo que podemos usar a película-cabeça o tempo inteiro, inclusive no banho, com conexões permanentes, já é verdadeiramente uma segunda pele e uma segunda natureza. Talvez em algumas situações a forma preceda a função, mas aqui, nitidamente, a função antecipou a forma. Atiraram no que viram, acertaram no que não viram.

OS CARECAS DO FUTURO

Descrição: http://www.pilulapop.com.br/wp-content/uploads/2011/08/beneaththewtf_io9.flv-757678.jpg
Descrição: http://mcururu.files.wordpress.com/2011/11/fotos-do-lula-careca1.jpg
Careca está longe de indicar sabedoria.

Também, quem poderia imaginar algo assim?
Serra, terça-feira, 07 de agosto de 2012

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