Feticheiras
DICIONÁRIO HOUAISS ELETRÔNICO
Fetiche
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Substantivo masculino
1 objeto a que se
atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto
2. Rubrica: psicopatologia.
Objeto
inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades mágicas
ou eróticas
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Feiticeira
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Substantivo feminino
1. Rubrica: ocultismo.
m. q. bruxa
2. Derivação: por extensão de sentido.
Mulher atraente
3. espécie de vassoura, de mesa ou de chão, que consiste em um
sistema de escovas que, rodando dentro de uma caixa, levam consigo migalhas e
sujeira em geral para seu interior
4. Rubrica: entomologia. Regionalismo: Brasil.
Abelha social (Trigona recursa) da subfam. dos
meliponíneos, de coloração negra, que nidifica no tronco das árvores e produz
pouco mel e de péssima qualidade; vamos-embora
5. Rubrica: entomologia. Regionalismo: Minas Gerais.
m. q. formiga-feiticeira
6. Rubrica: pesca.
Rede de pesca de três malhas
7. Rubrica: zoologia.
m. q.
peixe-bruxa ('designação comum')
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- Decidi fazer minha tese em cima disso, FETICHE +
FEITICEIRA. Rapaz, pra quê? Estou arrependidíssimo.
- Uai, uma coisa tão boa!
- É, em princípio parecia. Comecei numa faculdade de
ensino à distância, quem quer uma feiticeira por perto? A BEMFEITA
(significando Feiticeiras do Bem). Até criei blog, choveram indicações sobre
calcinhas, cintas-ligas, sutiãs, sapatos...
- Até aí tudo bem, né? Tá pra nós.
- É, mexi numa casa de marimbondos. Minha ideia era
que os fetiches agiam sobre os programas internos através dos olhos (e até dos
outros sentidos, pois há fetiches para todo o corpo, descobri: fetiches da
visão, da audição, do paladar, do olfato – os cheiros, feticheiros - e do
tato), quer dizer, eles são VÍNCULOS externinternos, são links MÁGICO-ARTÍSTICOS
que agem sobre o inconsciente, o ID, operando ali mudanças no sentido de
favorecimento das feiticeiras, passando elas a dominar o enfeitiçado através da
palavra: a CONEXÃO LINGUÍSTICA se faz através do imaginário. Uma vez capturado
o sujeito, elas se lhes sobrepõem através de palavras e trejeitos. No plano do
imaginário junguiano, entende?
- Muito bacana, pô, cerebral.
- É verdade, até aí tudo bem.
- E o que deu errado?
- Calma, vou chegar lá. Certo, beleza, conhecimento
é poder, não sou de usá-lo para ganhar favores, mas se disso adviesse algum bem
de modo natural eu não recusaria, as feiticeiras instruiriam as mulheres, que
cairiam na minha rede, eu já estava fazendo planos, bem que estava precisado.
- Conta, conta!
- Calma, rapaz. A questão toda é que tudo é mais ou
menos feticheiro, a começar dos discursos, da moda, da decoração, do I Ching,
se você visse minha tese iria cair de costas. Pois bem, para resumir, que já
rasguei tudo e pedi desculpas publicamente, interferi em tantas áreas,
inclusive propaganda, governo, forças armadas - já que metade de tudo é assim -
e mexi com TANTA COISA que comecei a receber ameaças até dos diplomatas e assim
por diante. Cara, esconjuro, pra nunca mais, tá sabendo? Prometi ficar
caladinho, só conto procê que é meu melhor amigo. Calma, meu amigo, não atire
em mim.
Serra, segunda-feira, 05 de março de 2012.