Liberdade Excessiva
Susan Cooper é de 1935, tem agora em 2010 75
anos. Diz na biografia de internet que nasceu na Grã-Bretanha e está radicada
nos EUA.
Dela, li dois livros, este mais recente A
Feiticeira Verde (da série A Rebelião das Trevas), São Paulo, Novo
Século, 2010, edição original de 1974. Nele os Anciãos combatem pela Luz contra
as Trevas, com a ajuda de três crianças, os irmãos Jane, Barney e Simon. Sem
partido entre os competidores está a “magia selvagem”, cuja tradução na Rede
Cognata seria MULHER PAGÃ = MODELO SACANA e segue, com Thetys, o oceano
primitivo (esse é o nome de um dos oceanos primordiais, segundo os geólogos) no
fundo da trama.
Lá pelas tantas, página 39 em diante, há uma
cerimônia pagã dirigida à montagem com espinheiros e plantas de uma estrutura a
que dão o nome do título, Feiticeira Verde, que será depois mandada a sua
“mãe”, o suposto oceano arcano Thetys, sendo derrubada no fundo do mar e mais
tarde adquirindo vida fantasmagórica.
Bem, os ingleses são de cristianização
relativamente tardia e não se livraram ainda de Wicca, druidas e todas essas
bobagens. Acham que Cristo é somente um vencedor na batalha pelas mentes e
corações e não o libertador da Terra em relação a essa perda de tempo que é a
ritualização e todos esses cantos e contos que de vez em quando os magos
ressuscitam para alimentar as mentes pueris.
Quando estava criando o modelo pirâmide, ele
foi se organizando em grupos de quatro, dois pares deles, formando oito mais a
matemática no centro. Apareciam todos os outros (artistas, teólogos-religiosos,
filósofos-ideólogos, cientistas-técnicos e matemáticos), porém os magos estavam
ausentes, depois de terem sido escorraçados em seus excessos da Idade Média.
Onde estariam? Primeiro vi que se refugiaram nos circos, depois os vi
manipulando os fios dos 22 grupos de artistas do que chamei tecnartistas dos
sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar). Lá estavam mexendo os
cordões dos títeres, uma palavra aqui e outra ali, principalmente nos livros e
nos filmes, onde mais crianças são pegas.
Sendo os mais antigos de todos os
conhecimentos altos, vindo logo depois dos artistas, eles querem ainda sua
liberdade feroz, o liberalismo, a libertinagem, esse tipo de coisa: nunca
crescem, são sempre infantis.
Não quero castigar essa senhora, porque ela
também presta serviço, diverte as crianças humanas. Entrementes, os magos vão
introduzindo aqui e acolá o desserviço à humanidade. Aquelas ideias malucas
deles confraternizam para trazer à tona medos primitivos.
Em vez de se manterem puros, optaram por
andar nessa senda tortuosa das magias perversas.
É uma pena, realmente.
Serra, quarta-feira, 06 de outubro de 2010.
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