Ideal
e O-Ideal
Apelando à RC 5N (embora incompleta) podemos saber
algumas coisas, por exemplo, que o/ideal = VERDADEIRO = REAL é aquilo que é
material, que não se esgota nas inumeráveis interpretações (quer dizer, o ideal
É INTERPRETAÇÃO, é mentalização, padece do defeito de não ser verdadeiro, é
contração mental, portanto, perda).
Jamais chegaremos ao material.
Porisso o materialismo, por conter o sufixo
ismo e ser doença da super-afirmação do material, consequentemente é falha,
superafirma o que não pode ser esgotado, remete a duplo erro – o que é material
não pode ser esgotado por nenhuma simbolização. Por mais que raciocinemos, o
material sempre nos escapará, porque ao ser contraído perderá necessariamente
dimensões inalcançáveis (exceto pela totalidade de i Deus-Natureza).
Como material o volume não pode ser posto
dentro de nós, então o jeito é verbalizar, quer dizer, REDUZIR o material ao
simbólico, à chave (estabelecida na língua: sintaxe e gramática, todo e
partes). Criamos a língua e a língua-escrita, a língua que é puramente mental e
a língua-escrita que é gravável, que se pode gravar.
Não podemos colocar o objeto-carro, material,
dentro de nós, mas podemos colocar o símbolo-carro, carro, palavra que em
português tem cinco letras postas em certa ordem que pode ser processada
mentalmente. O que virá, se juntarmos “carro” e “lança”? Carro-material e
lança-material possuem alguma relação, é possível o relacionamento deles? Nós
extrapolamos, juntamos carro e guerra em carro-de-guerra, um terceiro objeto
que pode existir, porém carro-lança não existe.
Construir frases leva a numerosos enganos, já
que não nos prendemos às caraterísticas verdadeiras de carro-objeto, nós o
reduzimos, e esse reduzir não traz tudo dele ao carro-símbolo. Perde-se algo,
perde-se muito. E a mistura de todas as palavras-símbolos faz perder ainda
mais, levando a muitas confusões que não surgiriam se nos referíssemos
VERDADEIRAMENTE ao carro-material.
Desse modo, nosso destino racional é nos
enganarmos.
Enganamo-nos constantemente e o único modo de
diminuirmos os danos e as perdas é raciocinar continua e coletivamente. O
Modelo Pirâmide justamente cumpre a tarefa de proporcionar eixo.
Saber disso nos torna simples.
Não podemos alcançar a matéria: somos seres
materiais cujas mentes estão voltadas para o ideal. Ideal matemático, ideal
psicológico, ideal do conhecimento, sempre ideal, mesmo quando se diz braçal. O
mundo está lá, nós inferimos, contudo dentro de nós só há ideal. O SELF, o “eu
mesmo” é esse ideal ANTEPOSTO, posto diante do material, interpretando-o EM
ERRO.
Serra, sexta-feira, 06 de abril de 2012.
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