Interseções
ou Cruzamentos Franceses
O FILME
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Uma
mulher planeja com o amante a morte do próprio marido, mas um acidente de
carro no meio do deserto envolvendo os três e um foragido da Justiça altera
os planos.
Data de
lançamento: 30 de janeiro de 2013 (França)
Bilheteria:
307.416 EUR
Lançamento em DVD:
28 de janeiro de 2014 (EUA)
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É corriqueiro já no
cinema mundial isso de cruzar várias linhas de vida, com resultado mais ou
menos satisfatório – neste caso, o filme é francês e excepcional, muito mais
que bom, altamente recomendável. O cinema francês está em mudança há vários
anos, como já apontei há 10 anos ou mais. Saiu daquela coisa educativa e
chatíssima para abordagem direta, sem querer ir para o tapete vermelho (como o
Brasil ainda quer no eixo RJ-SP). Todo os polos produtores mudaram, exceto o brasileiro,
o mexicano (que é meloso), o indiano (que é meloso-patriótico) e outros
deploráveis, não sabem colocar dentro do embrulho produto válido, que funcione.
No caso presente,
passado no deserto (creio que é no Marrocos, uma das motivações africanas dos
franceses), as tais vidas que se chocam provém de várias instancias de incompreensões
e se imbricam de forma violenta, a antropofagia psicológica usual da
humanidade. No final, o diretor promete nos excertos, nos fragmentos após o the
end, que a esposa sordidamente assassinada será vingada pelo transcorrer da
Natureza, a tal de se-história sobre a qual nos preveniu Sartre. Sim, talvez,
não, ninguém sabe, não está no decorrer, está nas prorrogações, são divagações,
o que é bem insatisfatório.
Será que não há
ninguém que faça crítica profissional pós-edição ou pós-cortes para
apresentação na tela? No nível amador, se há amor (não sabemos), por outro lado
a encomenda é de cajueiro de vaso, aquilo que é entregue produz espinafre. Bom,
é vegetal, mas não foi isso que você comprou.
Vitória,
quinta-feira, 17 de maio de 2018.
GAVA.

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