quinta-feira, 17 de maio de 2018


Interseções ou Cruzamentos Franceses

 

O FILME

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Uma mulher planeja com o amante a morte do próprio marido, mas um acidente de carro no meio do deserto envolvendo os três e um foragido da Justiça altera os planos.
Data de lançamento: 30 de janeiro de 2013 (França)
Bilheteria: 307.416 EUR
Lançamento em DVD: 28 de janeiro de 2014 (EUA)

É corriqueiro já no cinema mundial isso de cruzar várias linhas de vida, com resultado mais ou menos satisfatório – neste caso, o filme é francês e excepcional, muito mais que bom, altamente recomendável. O cinema francês está em mudança há vários anos, como já apontei há 10 anos ou mais. Saiu daquela coisa educativa e chatíssima para abordagem direta, sem querer ir para o tapete vermelho (como o Brasil ainda quer no eixo RJ-SP). Todo os polos produtores mudaram, exceto o brasileiro, o mexicano (que é meloso), o indiano (que é meloso-patriótico) e outros deploráveis, não sabem colocar dentro do embrulho produto válido, que funcione.

No caso presente, passado no deserto (creio que é no Marrocos, uma das motivações africanas dos franceses), as tais vidas que se chocam provém de várias instancias de incompreensões e se imbricam de forma violenta, a antropofagia psicológica usual da humanidade. No final, o diretor promete nos excertos, nos fragmentos após o the end, que a esposa sordidamente assassinada será vingada pelo transcorrer da Natureza, a tal de se-história sobre a qual nos preveniu Sartre. Sim, talvez, não, ninguém sabe, não está no decorrer, está nas prorrogações, são divagações, o que é bem insatisfatório.

Será que não há ninguém que faça crítica profissional pós-edição ou pós-cortes para apresentação na tela? No nível amador, se há amor (não sabemos), por outro lado a encomenda é de cajueiro de vaso, aquilo que é entregue produz espinafre. Bom, é vegetal, mas não foi isso que você comprou.

Vitória, quinta-feira, 17 de maio de 2018.

GAVA.

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