terça-feira, 29 de maio de 2018


A Pequenina Alma da Mulher que Miava

 

Construo esses títulos porque sei que as mulheres ficarão iradas com “a pequenina alma da mulher”, pois imaginarão que estou dizendo ser pequena a alma de toda mulher – não é isso, é Yuki, a gata persa de minha filha Clara, da espécie felina que foi selecionada longamente pelas mães-mulheres no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) para servir de babá às crianças contra lagartos e cobras, passarinhos, insetos, especialmente baratas e outros inoportunos. E eram as gatas que miavam, não as mulheres; o português admite esse tipo de construção.

Ora, olhando a pequenina alma da gata vemos que ela reflete integralmente as mães-mulheres e seu programa de estocagem e vigilância: quase não gastam energia, são muito parcimoniosas, estudam cada movimento, ao contrário do que se pensa das mulheres. Assim, olhando detidamente as gatas e os gatos poderemos saber mais sobre as mulheres, dado que não podemos submeter humanos a experiências. Se as mulheres domesticaram seus animais (gatas, vacas, cabras, ovelhas, galinhas, patas, avestruzes e o que mais for), transferiram-lhes seu feitio, seu jeito de ser, ter, estar; os animais retratarão o modo delas se comportarem. As mulheres são miméticas, adotam a cor de seu ambiente; mas os animais não são e através deles poderemos saber a verdadeira personalidade das mulheres, que é complexa à bessa.

Há muito a aprender. Seria bom voltar daqui a 50 anos para ver o que mais os psicólogos terão arrancado enquanto informações mais fidedignas do jeito próprio delas.

Vitória, domingo, 26 de novembro de 2006.

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