O
Caçador de Lentos
Como já disse, eles
caçam as crianças e adolescentes nos livros dedicados ao “público jovem”, mas
aqui vale, porque você vai rir, é uma paródia dos textos estupidificantes,
brutalizantes que jorram das editoras/livrarias.
O livro é de Shane
Hegarty, Os Caçadores de Lendas Darkmouth, Ribeirão Preto, Novo
Conceito, 2017 (sobre original de 2015). Darkmouth (procuro na Internet) é
Bocanegra, algo assim.
É engraçado, vale a
pena comprar e ler.
Leia na página 49,
capítulo 10: “Broonie não sabia para onde estava sendo arrastado, mas o simples
fato de ter um saco na cabeça e os braços amarrados lhe dava motivo para
suspeitar que não era para um lugar agradável”.
Na página 95, fala de
passagem do “clã dos Caçadores de Lendas de Sepultópolis, no Brasil”, a cidade
das sepulturas, não sei onde é que o número delas seja tão relevante para
merecer anotação. Na página 68 há a passagem: “Niall Línguanegra [talvez seja a
tradução de Darkmouth] foi o primeiro Caçador de Lendas a tentar convencer as
Lendas, argumentando com elas e procurar entender por que queriam vir para este
mundo. Ele morreu. E ninguém gosta de falar sobre isso”, humor no melhor
estilho inglês, até porque Niall (Ferguson) é um historiador – se for isto será
duplamente divertido.
E na página 219: “Não
pense que eu não reparei em como você mal toca na sua carne, Finn. Você a
empurra pelo prato, tentando escondê-la, mas ela não chega perto da sua boa.
Ele é vegetariano, Clara. De quem ele puxou isso? Não do meu lado da família”.
Os vegetarianos vão passar longe deste livro e se houver uma ditadura dos
vegetais no futuro, eles com certeza suprimirão essa passagem da primeira
edição sob seu mando.
Na página 128 fica
do lado correto, quando diz: “Eles são mágicos [= MENTIROSOS, na Rede Cognata].
Ou algo assim, de qualquer forma. Do tipo que traz maldade para este mundo”.
Muito bom,
recomendável, vá comprar, ler e se divertir.
Hellwood
dificilmente valorizará e filmará.
Vitória, domingo,
27 de maio de 2018.
GAVA.
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