Os
que Vão se Apoderar das Relíquias Sagradas
Não pense que os
bons dirigirão o futuro das RS e dos artefatos dos atlantes e dos adâmicos, de
modo nenhum, o equilíbrio entre os bons e os maus é aquele épsilon de que falo sempre
(50 + ε + 50 – ε = 100 % da realidade).
Começa com os
dedicados, os amorosos, os bons, os mansos e todo o DdB (dicionárienciclopédico
do Bem) e logo passa ao lado contrário, que vai se insinuando, tornando-se
dominante no meio, até a revolta dos primeiros, pois da dialética sabemos que se
começa no Bem volta a ele.
Os maus vão se
chegando, encostam nalgum meio-bom, vão se enturmando, vão se tornando
necessários através da obsequiedade e da adulação, da bajulação, da lisonja,
aglomeram-se como grupo e de repente tornam-se um comitê composto cada vez mais
de maus, sempre excluindo os bons, que lhes são tóxicos, venenosos – os maus
afastam-se dos bons como se afastam da cruz.
Há uma espiral de
concentração de poder e utilização cada vez mais exigente de remunerações, faustos
e circunstâncias. Há encastelação no poder e não por aqueles fiéis e devotados,
os adoradores, e sim pelos oportunistas capazes de fingir devoção. Cercam-se de
muralhas com cães de guerra, de fossos com jacarés, de exércitos bem pagos à
custa da população.
Assim são as
ditaduras.
Pensar que a
seriedade de alguma situação os vá fazer reduzir o ritmo do aproveitamento é
sandice, eles são atores e atrizes, nasceram para isso: não têm ideias, não são
capazes de criar, não multiplicam: sua única capacidade é a da atuação das
máscaras faciais (como disse Frank Herbert em Duna, os dançarinos
faciais) e dos corpos moldáveis.
Nem adianta, é
círculo, é ciclo, há o lado de baixo do relógio.
O que se pode fazer
apenas para adiar sua ascensão é colocar de parte um grupo controlador, porém
isso só vai fazer demorar um pouco mais a subida.
Vitória, sexta-feira,
25 de maio de 2018.
GAVA.
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