Indigna-nação
O Brasil chegou a um ponto em que por
mais que transpareçam e sejam denunciadas as multíplices formas de corrupção os
bandidos não só não deixam de perpetrar seus absurdos prazeres como se tornam
mais determinados e em maior número. Desde a defenestração de Collor, PC Farias
e corriola em vez de diminuir aumentou o número dos crápulas.
A
CURVA DO SINO GARANTE QUE É 50/50... (os desonestos não são em menor número que os honestos, estes
apenas fazem menos espalhafato – até porque ninguém sai por aí apregoando a
honestidade)
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...
E A TEORIA DOS CICLOS QUE, POR MAIS QUE OSCILE PARA UM LADO, IRÁ MUDAR PARA O
OUTRO... (os
desonestos, por serem violentos, fazem mais escarcéu, bagunçam mais, aparecem
mais – embora devessem pela natureza de seu mister desejar o ocultamento; são
crianças desejando ser punidas)
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...ENQUANTO
A DIALÉTICA GARANTE QUE OS HONESTOS SE APRUMARÃO (eterno retorno). A visão do cabeção
parecia ser fragmentada também, pois ele parecia pensar que duraria para
sempre.
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O mecanismo é este: vai acumulando até
o limite da represa - dada pela timidez dos honestos -, quando rompe e derrama
suas ações retaliatórias. As revoluções são, justamente, movimentos de vazão da
indignação, pois há uma enxurrada de atos violentos que foram se acumulando por
tempo indeterminado.
Vitória, quarta-feira, 29 de novembro
de 2006.
O
CABEÇÃO DE HAIA
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Barbosa, Rui (1849-1923), jurista,
jornalista e político brasileiro, nascido em Salvador, Bahia, e falecido em
Petrópolis, Rio de Janeiro. Microsoft
® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos
os direitos reservados.
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HOMENAGEM
A RUI BARBOSA
Rodrigo
Gabriel Moisés*
1 -
INTRODUÇÃO
O momento é oportuno para
relembrarmos Rui Barbosa. Este ano de 1998 assinala os 75 anos de sua morte e
os 50 anos da sua escolha pelo Conselho Federal da OAB como "Patrono dos
Advogados Brasileiros".
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SINTO VERGONHA DE MIM
Sinto vergonha de mim…por ter sido
educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por
compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já
chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por
ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e
ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das
virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a
negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos
eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela
passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo
orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim pois faço
parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero
percorrer…
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho
tanta pena de ti, povo brasileiro!
***
“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da
virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
(Rui Barbosa)
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A frase célebre de Rui Barbosa nos tempos de hoje
Muitos dos políticos referiam suas decepções citando a celebre frase de Rui Barbosa “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Pelo jeito a história sempre se repete, vivemos um constante ciclo da vida. Por mais que evoluímos retornamos ao mesmo tempo na história, ou talvez, nem saímos do lugar. |
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