Filhos Criados,
Trabalho Dobrado
Todo pai e toda mãe sabe que é assim:
quando os filhos são pequenos as tarefas são simples, de cuidar de preocupantes
doenças, de dar escola, diversão, atenderem todo gênero de solicitação.
Quando crescem, os pedidos ficam mais
insistentes, mais caros, mais difíceis de atender e as preocupações maiores,
pois agora há a formação universitária e a inserção no mercado de trabalho na
melhor posição possível (embora todos sejamos “justos” sempre nos justificamos
e “queremos o melhor para nossos filhos”, embora isso signifique posições
piores para os filhos dos outros: “que fazer?”), há as novas doenças, o
casamento, os problemas do trabalho e assim por diante, de modo que só há
“descanso” na morte, a verdadeira aposentadoria (= MORTE na Rede Cognata).
Esse é o alcance do ditado, a ajuda da
genialidade perdida no popular pela antecipação de futuro.
A
CURVA DO SINO DA CRIAÇÃO DOS FILHOS (ninguém instrui a gente sobre isso na Escola da Vida)
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É de esperar que a maior carga de
trabalho se dê no centro, como na CS. Na realidade parece justo: poucos
problemas complexos no início, quando as pessoas estão se assentando na vida;
muitos quando já o fizeram; poucos no final, quando perderam as forças e a
resistência em virtude do progressivo esgotamento. Supondo que o começo seja no
casamento aos 20 e dividindo a CS em cinco quintos de 10 anos cada (ou qualquer
divisão que você queira: estude o assunto), teríamos a primeira faixa de
recém-nascido aos 10 (21 aos 30) anos da criança (do casamento), a segunda dos
11 aos 20 (31 aos 40), a terceira dos 21 aos 30 (41 aos 50), a quarta dos 31
aos 40 (51 aos 60), a quinta dos 41 aos 50 (dos 61 aos 70, ninguém espera que
se viva muito mais que isso, mesmo com a expectativa de vida sendo dilatada).
O ditado é preciso, porque há lógica e
longa experiência temporal nele. Contudo, os ditados não foram investigados
pelos tecnocientistas e toda uma carga de experiência multinacional de vida vem
sendo perdida por falta de visão.
Vitória, sábado, 25 de novembro de
2006.
DITADOS
DA ESCOLA DA VIDA
F
Faça como
eu falo, mas não como eu faço. (Bras-net, SP)
Faça o
bem sem olhar a quem. (RJ)
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. (RJ) Fala-se no diabo e o diabo aparece. (RJ) Falando do diabo aparece o rabo. (Bras-net, SP)
Falar com
os nossos botões.36 (Bras-net, SP)
Falar é
fácil, fazer é que é custoso. (GO)
Falar é fácil, fazer é que são elas. (RJ) |
Origem: Wikiquote, a coletânea de citações livre.
Esta seleção
contém provérbios
em língua portuguesa. A língua
portuguesa é predominante nos seguintes países: Angola,
Brasil,
Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Macau,
Moçambique,
Portugal,
São Tomé e Príncipe, Timor Leste.
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