Mulheres
Interessantes
À parte todo amor que temos por elas e
particularmente minha crença de que foram grandes companheiras e fizeram obra
supermeritória na sua parte da construção da humanidade - conforme mostrou o
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) - através da seleção de
suas coadjuvantes e respectivos machos (gatas, vacas, cabras, ovelhas,
galinhas, patas e todas aquelas damas de companhia), da criação da agricultura
primitiva, da aritmética, da invenção da língua-das-mulheres (mais propriamente,
das mães) e idéia de tomar banho, de limpar, de estocar e distribuir, colher,
preparar alimentos e mais uma infinidade de coisas das quais nem nos damos
conta, à parte tudo isso, quando olhamos para elas não procuramos uma grande
escritora, uma grande cientista, uma pessoa destacada como artista e assim por
diante, sempre olhas para elas pela beleza, nunca pela sabedoria. Nunca
esperamos que elas tenham algo a nos ensinar. Olhamos as pernas, a bunda, a
boca e a conformação da cabeça, os peitos, o que for, nunca os detalhes
mentais. Claros, jovenzinhos também não têm quase nada a oferecer, exceto as
raras exceções de sempre, pois não houve tempo de aprender e o raciocínio
intenso não está presente em tanta gente assim.
De fato, falta essa dimensão.
Algo está errado em nossa
coletividade, porque está bem evidente no MCES que elas têm muito a contar,
desde que saibam para onde se virar. Vieram fazendo suas tarefas por todos
esses milênios (100 mil dos primatas, 10 mil dos hominídeos, 200 dos neandertais,
80 a 70 dos cro-magnons, 11 desde a primeira cidade, Jericó, e 5,5 da invenção
da escrita) de forma admirável.
Falta isso do refinamento das mulheres
para algo mais que essa atração banal da beleza (o que já é muito bom, diga-se
de passagem). Não aquilo da laca japonesa das gueixas, que é meramente uma
tinta sobreposta, um verniz falso colocado justamente para agradar
superficialmente os homens de lá, mas algo mais, algo em profundidade. É
preciso uma nova ESCOLA DE FORMAÇÃO DE MULHERES, sem garotos, apenas elas, em
preparação para a nova humanidade; e do nosso lado uma ESCOLA DE FORMAÇÃO DOS
FILHOS oferecendo um suporte maior ao gosto delas.
Nossa humanidade atual é muito pobre,
provinciana, sem educação relevante nenhuma.
Vitória, segunda-feira, 27 de novembro
de 2006.
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