quinta-feira, 31 de maio de 2018


Mulheres Interessantes

 

À parte todo amor que temos por elas e particularmente minha crença de que foram grandes companheiras e fizeram obra supermeritória na sua parte da construção da humanidade - conforme mostrou o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) - através da seleção de suas coadjuvantes e respectivos machos (gatas, vacas, cabras, ovelhas, galinhas, patas e todas aquelas damas de companhia), da criação da agricultura primitiva, da aritmética, da invenção da língua-das-mulheres (mais propriamente, das mães) e idéia de tomar banho, de limpar, de estocar e distribuir, colher, preparar alimentos e mais uma infinidade de coisas das quais nem nos damos conta, à parte tudo isso, quando olhamos para elas não procuramos uma grande escritora, uma grande cientista, uma pessoa destacada como artista e assim por diante, sempre olhas para elas pela beleza, nunca pela sabedoria. Nunca esperamos que elas tenham algo a nos ensinar. Olhamos as pernas, a bunda, a boca e a conformação da cabeça, os peitos, o que for, nunca os detalhes mentais. Claros, jovenzinhos também não têm quase nada a oferecer, exceto as raras exceções de sempre, pois não houve tempo de aprender e o raciocínio intenso não está presente em tanta gente assim.

De fato, falta essa dimensão.

Algo está errado em nossa coletividade, porque está bem evidente no MCES que elas têm muito a contar, desde que saibam para onde se virar. Vieram fazendo suas tarefas por todos esses milênios (100 mil dos primatas, 10 mil dos hominídeos, 200 dos neandertais, 80 a 70 dos cro-magnons, 11 desde a primeira cidade, Jericó, e 5,5 da invenção da escrita) de forma admirável.

Falta isso do refinamento das mulheres para algo mais que essa atração banal da beleza (o que já é muito bom, diga-se de passagem). Não aquilo da laca japonesa das gueixas, que é meramente uma tinta sobreposta, um verniz falso colocado justamente para agradar superficialmente os homens de lá, mas algo mais, algo em profundidade. É preciso uma nova ESCOLA DE FORMAÇÃO DE MULHERES, sem garotos, apenas elas, em preparação para a nova humanidade; e do nosso lado uma ESCOLA DE FORMAÇÃO DOS FILHOS oferecendo um suporte maior ao gosto delas.

Nossa humanidade atual é muito pobre, provinciana, sem educação relevante nenhuma.

Vitória, segunda-feira, 27 de novembro de 2006.

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