quinta-feira, 1 de março de 2018


Quando a Crosta da Terra Arrebenta e o Calor Dispersa

 

TIRADO DE ‘AS PLACAS MARINHAS LASCADAS SÃO ARREMETIDAS”

O FUNDO DO OCEANO PACÍFICO
É um pedação da Terra, 162 milhões de quilômetros quadrados dos 370 milhões que são águas, quase 44 % destas e quase 32 % dos 510 milhões de quilômetros quadrados da superfície do planeta. A chance é de 1/3 de cair nele a flecha, das quais estimei em 400 mil as já despencadas.

É quase 1/3 da superfície da Terra, pouco menos, a chance enormemente maior é de cair nele – e sabemos que a crosta no fundo dos oceanos tem dois quilômetros de profundidade, relativamente fácil de rebentar por qualquer supergigante, grande, e até mesmo médio.

Imagine a situação: cai um supergigante, grande e até médio no pior dos cenários, no fundo do Oceano Pacífico, rebenta a crista fina em pedaços de milhares e até centenas de milhares de quilômetros quadrados, o mando quentíssimo fica exposto, com seu calor de magna diretamente em contado com a água fria, milhares daquele graus da bola superior do manto e uns poucos do OP, talvez alguns graus; como se sabe da termomecânica, o calor sempre passa do corpo mais quente para o mais frio, então vai passar do manto para a água fria profunda num fluxo permanente. O manto esfria, mas bem pouco, vai formando outras placas, que são catapultadas para cima; outras ainda se formam e o processo segue até o arrefecimento – para onde foram essas subplacas? Elas sobem, mas não são de isopor, são pesadíssimas – onde estão? Sou leigo, não posso dizer, posso pensar e perguntar, porém não posso montar as equações nem tenho os superprogramáquinas para girar a teraflops, nem os recursos, nem a capacidade de orientar a movimentação dos acadêmicos, a logística operacional de campo, etc. Que mecanismo é esse? Nunca ouvi falar dele! Nem sei se alguém ouviu. Finalmente há uma sucessão de placas que são, em conjunto, como um curativo da Terra, impedindo o jorro de calor. Enquanto isso o calor que já foi para o espaço é muito, não sei quanto, a Terra esfriou.

Certa vez (como já contei) perguntei ao professor-doutor João Luiz Calmon Nogueira da Gama (engenharia, UFES), com seus vários doutorados e várias línguas, a que profundidade se estabelecia a estase da energia cedida pelo Sol e a produzida no interior da Terra e ele disse prontamente, sem nem piscar: 60 m. Fiquei embasbacado, achei formidável, mas isso quer dizer que qualquer brechazinha na crosta da Terra por onde vaze calor compromete a estabilidade termomecânica de nosso mundo. Ele esfria. Com a queda dos supergigantes pode esfriar MUITO.

O caso é que sobreviria uma idade do gelo, talvez uma bola de gelo, até o planeta voltar a estocar calor para a crosta, a atmosfera, as águas oceânicas e assim por diante. A Terra poderia gelar por dezenas de milhares de anos, um desastre a mais, a somar a todos os outros.

Vitória, quinta-feira, 1 de março de 2018.

GAVA.

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