sexta-feira, 23 de março de 2018


Os Pecados do Rei

 

Quando o rei dom João II perdoou o padre, assumiu seus pecados, que vou tentar listar. O padre não é perdoado, o rei co-assume seus pecados.

A LISTA DOS PECADOS ASSUMIDOS PELO REI

COM
REBENTOS
PECADO.
Vinte e nove afilhadas.
37 filhos e 97 filhas.
Corrupção moral, aderir à paternidade substituta e trair os votos.
Cinco irmãs.
18 filhas.
Incesto.
Nove comadres.
38 filhos e 18 filhas.
Assédio, na condição de padre.
Sete amas.
29 filhos e cinco filhas.
São babás, enquanto na condição de crianças, pedofilia.
Duas escravas.
21 filhos e sete filhas.
Assédio de patrão.
Tia.
Três filhas.
Incesto.
Mãe.
Dois filhos.
Incesto.

Ao perdoá-lo, o rei ofendeu a Deus, ao reino, à Igreja (substituindo a autorização de perdoar), ao povo e às pessoas quando assediadas. Ao perdoar o padre, que devia ser celibatário, o rei descumpriu as convenções da Igreja, incentivou a transgressão, violou as leis que dão estabilidade de Estado ao Governo, comunicou ao mundo que as leis em Portugal nada valiam (como não valem no Brasil). Enfim, desastre total. Claro que as punições eram bárbaras (e ainda são), como foram depois com Tiradentes. Talvez o rei tivesse alguma culpa de confessionário, foi um covarde.

Não foi só dom João II, mas vários como ele condenaram Portugal à perdição de Satanás, a Serpente, aos desvios.

Vitória, sexta-feira, 23 de março de 2018.

GAVA.

 

ANEXO

TRANCOSO, EM PORTUGAL

JurisCiência

Sentença do prior de Trancoso – o Padre Francisco da Costa

Esta foi a sentença proferida em 1467 num processo contra o Prior de Trancoso (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7):
“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.” (negrito meu).
(Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres.)
“El-Rei D. João II. lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Marco de 1487 e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papeis que formaram o processo.”
BLASTING NEWS
7 Julho 2015 07/07/2015
Mistérios da História, XIII: Trancoso e o padre com 299 filhos
 
Conta a lenda que um padre de Trancoso teve quase 3 centenas de filhos, ajudando ao povoamento da localidade.
Ao longo de séculos temos visto casos insólitos e mistérios desvendados. Este é mais um! Trancoso, histórica localidade da Beira Alta e cidade desde 2004, viu a sua população aumentar devido a um padre. Afinal que fez esse padre para aumentar a população? Quando aconteceu? Verdade ou Mito?
A (agora) cidade do sapateiro Bandarra inclui nos seus anais uma #História um pouco controversa, pois existe quem relate e mostre através de lendas que foi um padre que contribuiu para o aumento da população, ao ter 299 filhos. Através da obra literária "O padre Costa de Trancoso", é relatada a lenda em segundo a qual, no final do século XV, durante o reinado de Dom João II, havia vivido naquela localidade um padre que teve 214 filhas e 85 filhos com mais de meia centena de mulheres da terra, incluindo mesmo com familiares directos, irmãs, afilhadas, entre outras.
Esta história surge-nos através da carta régia datada de Agosto de 1498, que aponta para o perfilhamento de Maria Gomes como filha legitima do pároco da localidade (Francisco Costa) com Maria Eanes.
A mesma lenda conta-nos que o padre foi julgado em 1487, levando a que a sua sentença fosse ser degredado da ordem de padre e arrastado pelas ruas por cavalos, sendo depois esquartejado e as partes do corpo divididas por vários distritos. No entanto, o mesmo não viria a acontecer pois o rei Dom João II perdoou-lhe os seus crimes, baseando-se no facto de que ter o padre ajudado a povoar uma região quase desabitada.
Surgem no entanto controvérsias quanto a esta história pois, apesar de existirem arquivos da condenação do padre, não existe nada que comprove a sua não condenação. Outros factos mostram que esta região já era bastante populosa e rica no reino de Portugal e na altura ser um dos locais onde existia a Feira Franca.
Mais, uma vez, deixamos aqui a questão relativa à eventual veracidade da lenda. O próprio autor da obra, o escritor e investigador Santos Costa, afirma que esta história relacionada com a lenda do padre de Trancoso, associado a excessos de luxúria e prazer da carne. Note-se que outras fontes apontam para o número mais reduzido de "apenas" 275 filhos, o que acaba por não interferir demasiado com o carácter pitoresco desta lenda.

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