Quem
Gosta do Japão?
Os portugueses foram os primeiros europeus a
chegar ao Japão em 1543, descobriram-no e o chamaram Cipango. A Companhia de
Jesus foi criada em 1534 pelo depois Santo Inácio de Loyola em Paris, França; em
1549 o depois São Francisco Xavier (também espanhol, como Santo Inácio), apenas
seis anos após a descoberta e somente 15 anos depois do início da Companhia
chegou para espalhar a Boa Nova. Foram muito precoces, e perseguidos.
O filme que vi, Silêncio, tem três ótimos
atores, Liam Neeson (nas duas horas e 41 minutos ele aparece no início durante
minutos e nos 33 minutos finais raramente, em 161 minutos menos de 30, menos de
1/5 – é só um chamariz de vendas), Andrew Garfield e Adam Driver. É filme do ótimo
diretor Martin Scorsese (americano, 1942), sempre respeitável.
O filme fala dos apóstatas ex-padres jesuítas
Ferreira e Rodrigues.
CRESCIMENTO
E DECRESCIMENTO
História do
Catolicismo Romano no Japão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
As atividades missionárias iniciaram-se de fato em 1549, realizadas
por jesuítas ao abrigo do Padroado. De início tiveram um enorme sucesso,
estabelecendo várias congregações. Mais
tarde, sob o patrocínio espanhol, chegaram ao Japão as ordens mendicantes dos
franciscanos e dominicanos. Dos 95 jesuítas que trabalharam no
Japão até 1600, 57 eram portugueses, 20 eram espanhóis e 18 italianos.[1] Francisco Xavier,[2][3] Cosme de Torres e o Padre João
Fernandes foram os primeiros a chegar a Kagoshima na esperança de levar o cristianismo
e o catolicismo para o Japão. Estima-se que no seu auge tenha chegado a haver
cerca de 300 mil cristãos no Japão.[4] Mas a intromissão estrangeira em um
país em fase de unificação incomodou as autoridades locais, logo o
catolicismo foi progressivamente reprimido em várias partes do país[5] até ser proibido após a Rebelião de Shimabara,
entre 1637 e 1638[6] passando a ser celebrado em segredo
na clandestinidade pelos chamados kakure kirishitan
(隠れキリシタン, "cristão escondido"?).[5] Em 1859, quando chegaram ao Japão,
missionários franceses descobriram que cerca de 60 mil japoneses praticavam o
cristianismo na clandestinidade. As comunidades kakure kirishitan
existem até hoje.[5]
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Certamente a perseguição começou depois da
proibição em 1612 e da rebelião de 1637/1638, quando eram 300 mil (Rodrigues
diz isso no filme) os cristãos, reduzidos mais de 200 anos depois à fidelidade
de 60 mil praticantes escondidos, 1/5 de resistentes fiéis (4/5 eram fracos e
desertaram, muitos dos fiéis foram martirizados). Como se sabe, comércio com o
Ocidente foi reiniciado na marra pelo comodoro americano Perry (1794-1858) no
acordo de 1854, com abertura dos portos em 1868; e em 1945 os americanos
impuseram a monarquia COM CONSTITUIÇÃO (quer dizer, a cidadania de “todos são
iguais perante a lei”, após 1.400 anos de desmandos imperiais) depois de jogar
as duas bombas. Antes dos cristãos, os japoneses eram tratados como animais pelos
daimios (senhores da guerra) e pelos guerreiros samurais guiados pelo bushido, código
de honra entre eles, que como militares controlavam e destratavam a população
em nome do xogunato e do Xógum, o usurpador do trono do imperador, governante
por trás do trono – o governador militar da ditadura).
A Web diz que existem atualmente uns três
milhões de cristãos no Japão, com 10 mil igrejas e templos para população de
127 milhões em 2016, menos de 2,4 %, muito menos que na China e na Coréia do
Sul). O Japão não adotou os códigos cristãos, mas sua eficiência sim, eles são
oportunistas.
SOBRE
O CRISTIANISMO NO JAPÃO
Suki Desu
Cristianismo
A história do cristianismo no Japão teve início em 1549
quando um missionário jesuíta, Francisco Xavier chegou a
Kagoshima acompanhado de um samurai, Ansei Yajiro. Apesar de grande
oposição dos líderes e budistas do Japão, o cristianismo levado pelos
jesuítas recebeu total apoio dos governantes, Oda
Nobunaga e Hieyoshi Toyotomi.
Mas em Julho de 1587, o generalíssimo Hideyoshi acossado
de uma ira doentia determinou que os missionários não poderiam permanecer no
país. Houve perseguições, expulsões e destruição de igrejas. E em 1612
o cristianismo é colocado fora de lei. Uma inquisição foi instituída em
1640 pelo Xogun Iemitsu Tokugawa iniciando uma perseguição aos
cristãos. Apenas em 1792 essa inquisição acabou e em 1873 o
cristianismo foi reconhecido no Japão.
Atualmente existe aproximadamente 3 milhões de cristãos
no Japão, e quase 10 mil igrejas e templos. O Cristianismo no Japão
é ainda considerado por muitos japoneses como religião de estrangeiros. Uma
das dificuldades do crescimento do cristianismo no Japão,
é o compromisso de renunciar ao politeísmo do Xintoísmo e do
Budismo japonês. Existem 32.036 sacerdotes cristãos e pastores no Japão.
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Assim como não há no mundo ninguém que seja
amigo da China sem ser comprado ou amedrontado ou batido, também não há para o
Japão, que maltratava todo mundo à volta, provavelmente desde a criação do
império lá por 600. Com certeza, nos séculos mais recentes, especialmente antes
e durante a Segunda Guerra mundial os maus-tratamentos aos coreanos, aos chineses
na invasão da Manchúria, aos do sudeste asiáticos, aos tornados prisioneiros, aos
cristãos, a todos persistiram ou foram implementados.
No caso dos japoneses creio que dois povos
gostam deles, o americano e o brasileiro, que são quase antípodas, vivem tão
longe que não puderam sofrer em suas mãos todas as barbáries por eles praticadas.
Como já disse, ao contrário de alguns
historiadores incapazes de pensar, os astecas-mexicanos e os incas-peruanos
estavam cinco mil anos atrasados em relação à chegada dos espanhóis, portanto, situados
em 3500 antes de Cristo, sequer tinham visto surgir entre eles um iluminado que
pedisse consideração pelo próximo. Olhando as construções muito mais avançadas
da China (que teve dois iluminados próprios, Lao Tsé e Confúcio, e um
importado, Buda) e do Japão (um iluminado importado, Buda) podemos admirar a perfeição
tentada nos objetos, seus cuidados mais avançados que os dos ocidentais e os
gestos e tratamentos de cidadania e hospitalidade também.
Porém, vendo o filme veio a impressão de que
eram apenas dois mil anos mais avançados que os índios mais adiantados das
Américas, quer dizer, situavam-se em relação à Europa em 1500 a.C., na altura
da civilização egípcia. Em 1500 as reformas-transformações levadas por Jesus já
tinham se tornado árvores robustas na Europa, enquanto tudo no Japão e na China
era uma pátina, uma pintura por cima da podridão do desafeto, do desamor, o “pântano”
de que o roteirista e o diretor falam: “o Japão é um pântano”.
POR INTERPRETAÇÃO, QUANTO
AOS DOIS APÓSTATAS, EIS O QUE POSSO PENSAR (como dizem, a morte
é o pagamento da apostasia, não a primeira, sim a segunda, quando o indivíduo é
mergulhado no negrume, no nirvana, no nibana, na Natureza, seu nome é tirado do
Livro da Vida/Verdade/Lei e esquecido no Céu – Buda se enganou redondamente,
mas talvez fosse isso que queria)
Sendo assim, que Ferreira e Rodrigues sejam
mergulhados na segunda morte, o negrume, e apagados para sempre – e nunca
mais se falará seus nomes em todo o universo.
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Vitória, sexta-feira, 16 de março de 2018.
GAVA.
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