quarta-feira, 14 de março de 2018


Suicídio Psicológico Tecnocientífico

 

Há vários grandes nomes, grandes figuras que pensaram com afinco e determinação para nos prevenir sobre o excesso de avanços técnicos-científicos, o aceleramento TC nos levando rápido demais em termos de inventividade, criatividade, empreendimentos, processos, programas, máquinas, ferramentas, instrumentos, leis (só no Brasil, desde a CF de 1988 já passaram mais de 5,0 milhões de leis) e segue.

As pessoas não conseguem acompanhar o ritmo.

Tenho alertado para o esmagamento do pessoal pelo ambiental, do individual pelo coletivo, que se sobrepõe àquele com voracidade.

Sou a favor das patentes, tenho insistentemente colocado isso, mas deveria haver um órgão de adequação, sem pensar em censura, só debatendo os desdobramentos da introdução de elementares em matrizes de variáveis-equações já de si complexas demais. Vão jorrando as leis ao ritmo de milhares por ano no Brasil, não sei se no mundo se interessaram em fazer levantamento. As pessoas ficam frente a frente com os gadgets ou gizmos (como dizem outros), a tranqueira que nos assola, sem que adultos e crianças possam se deter para ponderar. Sequer existe uma Escola de Desapossamento, como já sugeri, uma Escola de Perdas (como os budistas fazem na prática), de abandono do orgulho (do poder, da fama, da riqueza, da beleza).

Vamos aos atropelos, adquirindo cada vez mais coisas.

O mundo vai rolando num ritmo estonteante, e tontos ficamos.

A Psicologia (psicanálise, psico-síntese, economia, sociologia e geo-história) não vai a fundo, perdeu mais esta, é uma constante perdedora, por tudo que olho vejo que ela está mesmo cega no escuro num tiroteio.

Está perdida, não nos serve de escudo.

Estamos afundando.

Por exemplo, como venho reclamando faz tempo, temos hoje mais de um bilhão de veículos, fora os não socioeconômicos (militares, digamos) e outros meios de transporte. Foi uma das piores opções de todos os milênios, uma das soluções particulares e particularizantes mais terríveis. Em si mesmos os veículos são programáquinas tecnocientíficas brilhantes, belíssimas, é quando solução anti-socioeconômica que ele se torna perda e desperdício, pois está matando a humanidade.

Ninguém se detém para pensar se isto ou aquilo tem serventia real além do enriquecimento (que, aliás, não mede a entropia, o lixo da produçãorganização).

Isso é racionalidade?

Vitória, quarta-feira, 14 de março de 2018.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário