sexta-feira, 30 de março de 2018


As Estrelas Caem

 

Já comentei várias vezes sobre George Lucas e já o aplaudi muito pelos filmes de 1 a 6 (cuja ordem de aparecimento foi: 4, 5 e 6, depois 1, 2, e 3) de Guerra nas Estrelas. Para mim a Guerra dos Clones foi o mais legal, mas cada qual causou impacto em seu lançamento, fiquei satisfeitíssimo na época com o episódio IV, Uma Nova Esperança, épico aplaudidíssimo em 1977, quando foi lançado (eu tinha 33 anos, não estava casado – 1992 – nem tinha filhos, 1984 e 1986).

Sempre acompanhei a ficção científica, desde os cinemas quando vim para Vitória em 1971, quanto ainda em Cachoeiro mamãe me levava até 1963 aos filmes de então, FC muito toscos.

2001, Uma Odisseia no Espaço, de 1968, assisti 12 vezes até agora.

George Lucas está longe de atingir a perfeição de Stanley Kubrick (que contou com a ajuda de Arthur C. Clarke), mesmo assim é muito bom, foi um marco na geo-história do cinema. Em 2018 já se passaram 41 anos desde o lançamento de Uma Nova Esperança, porém o pano de fundo, as implicações políticas continuam válidas. Os filmes todos têm furos, caducaram em vários aspectos de modelação computacional (que não existia na ocasião, o primeiro foi Tron, Uma Odisseia Eletrônica, da Disney, lançado em 1982).

Agora, com os lançamentos do episódio VII, Star Wars, o Despertar da Força em 2015 e episódio VIII, Star Wars, Os Últimos Jedi em 2017 a coisa toda desandou mesmo, pois não foram dirigidos por GL, foram encomendados, o nome dele aparece como patrocinador de marca. É decepcionante, pois encheção de linguiça, rende na venda sei lá quanto, mas compromete o projeto, por serem dois filmes que foram “sendo levados”, empurrados, aquela coisa boba e sem sentido, sem qualquer substância, sem os grandes planos de fundo do Império, República e Resistência; Mark Hamill (Luke Skywalker) foi trazido para morrer, bem como Harrison Ford (Han Solo). Para substituir a encarnação do mal, Darth Vader, inventaram um neto down, Ben Solo, filho de Han e da princesa Leia.

Absurdo.

Uma afronta aos fãs, principalmente os que vem acompanhando desde 1977, em 2018 41 anos esperando.

Tudo desaba na Natureza, tudo apodrece, tudo enferruja, já disse centenas de vezes, porém é uma pena ver um grande desbravador jogar no lixo sua obra, agora associada irremediavelmente a essas duas porcarias.

Vitória, sexta-feira, 30 de março de 2018.

GAVA.

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