Avançar
O LIVRO E O AUTOR (gosto bastante dele,
comentarei alguns livros seus)
Pedro Doria, Rio de Janeiro, 1973.
|
1565, Enquanto o Brasil Nascia (A aventura de
portugueses, franceses, índios e negros na fundação do país), Rio de Janeiro,
Harper Collins, 2017 (antes 2012).
|
Divirjo dele em algumas passagens.
Na página 37 ele diz, seguindo os
antropólogos ortodoxos: “[Os índios] Viveram uns 6.500 atrás pelo litoral
brasileiro. As pesquisas a respeito da presença do homem nas Américas são ainda
inconclusivas. Não é polêmica a ideia de que já estávamos no continente há
12.500 anos. Luzia, o fóssil brasileiro mais antigo, tem 11.500. Há
antropólogos, caso da professora Niède Guidon, que coletam indícios para lançar
a presença humana no Brasil para além da marca de 45 mil anos. A teoria da
migração mais aceita afirma que o homem asiático seguiu o caminho que vai da
Sibéria ao Alasca. Hoje, este caminho é mar. Ele foi terra nos três momentos em
que a água desceu de nível o suficiente: há 70 mil anos, 30 mil e 13 mil”.
Os seres humanos andam.
O MCES
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens diz que ficavam na Caverna-Terreirão
geral 80 a 90 % de todos (50 % eram elas, inclusive anãs; 25 % os garotinhos
paparicados, avôs, guerreiros recuperando-se, deficientes físicos e mentais homens),
enquanto iam 20 a 10 % de guerreiros, relação de 4/1 a 9/1. Os garotinhos, mimados
até os 13 anos (a média de vida era de 26 anos) eram escarificados na prova de
passagem, nos ritos masculinos de iniciação, de transição (seria o trote
universitário) do mais alto degrau da fama para o último degrau da lama, onde
os novatos metidos a bestas iam limpar privadas e fazer todo tipo de serviço
nojento.
Como não poderia deixar de ser, não pegavam
mulher de jeito nenhum: quem iria querer aquelas coisicas fracotes, os
frangotes sem marcas do predador, sem prova de valentia? Esse era o motivo para
convencer o grupinho a pular fora e procurar caverna onde os machos adultos não
conseguissem alcança-los, ir para bem longe onde as pistas de passagem pudessem
ser escondidas. E ter seus próprios filhos que explorassem. As menininhas queriam
ter seus machos depositantes, em vez de serem postas de lado pelas mães
principais – a disputa era acirrada.
Eles e elas ANDAVAM.
AS ANDANÇAS HUMANAS
MAPEADAS
(eles que dizem, particularmente meu desenho é outro)
Esgotamento dos terrenos de caça e pesca,
brigas e retaliações na caverna ou nas trilhas, casamentos consanguíneos e
teratologia, muitos motivos.
Eles e elas faziam as trouxas e andavam.
Enquanto havia terra, andavam; quando vinham
os gelos das glaciações andavam pelas pontes de terra ou de neve. Por qualquer
motivo andavam e isso não apenas desde os neandertais há 300 mil anos, sim desde
os hominídeos, 10 milhões de anos, desde que desceram das árvores e inventaram
o fogo.
Achavam outra caverna, criavam outra tribo,
havia expansão (o principal motivo das fêmeas) populacional, as brigas
imperavam, as tribos se enfrentavam e lá iam eles puxando a frente para
arrostar o perigo e atrás elas levando os inúmeros filhos tidos no caminho.
Não chegaram à América do Sul há apenas 70,
30 ou 13 mil anos. Das pesquisas sabem os tecnocientistas que as últimas duas
passagens foram há 15 ou 12 mil anos no fim da Glaciação de Wisconsin/Würm. Só
pararam de vir quando não puderam enfrentar as ondas em Bering e ficaram
isolados em vários subgrupos (americano, euroasiático, africano e os neandertais
da Austrália).
Tão simples quanto isso, eles andavam.
Eram bípedes, uma das principais condições da
racionalidade coletivizante que leva longe.
Vitória, segunda-feira, 12 de março de 2018.
GAVA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário