segunda-feira, 12 de março de 2018


Avançar

 

O LIVRO E O AUTOR (gosto bastante dele, comentarei alguns livros seus)

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Pedro Doria, Rio de Janeiro, 1973.
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1565, Enquanto o Brasil Nascia (A aventura de portugueses, franceses, índios e negros na fundação do país), Rio de Janeiro, Harper Collins, 2017 (antes 2012).

Divirjo dele em algumas passagens.

Na página 37 ele diz, seguindo os antropólogos ortodoxos: “[Os índios] Viveram uns 6.500 atrás pelo litoral brasileiro. As pesquisas a respeito da presença do homem nas Américas são ainda inconclusivas. Não é polêmica a ideia de que já estávamos no continente há 12.500 anos. Luzia, o fóssil brasileiro mais antigo, tem 11.500. Há antropólogos, caso da professora Niède Guidon, que coletam indícios para lançar a presença humana no Brasil para além da marca de 45 mil anos. A teoria da migração mais aceita afirma que o homem asiático seguiu o caminho que vai da Sibéria ao Alasca. Hoje, este caminho é mar. Ele foi terra nos três momentos em que a água desceu de nível o suficiente: há 70 mil anos, 30 mil e 13 mil”.

Os seres humanos andam.

O MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens diz que ficavam na Caverna-Terreirão geral 80 a 90 % de todos (50 % eram elas, inclusive anãs; 25 % os garotinhos paparicados, avôs, guerreiros recuperando-se, deficientes físicos e mentais homens), enquanto iam 20 a 10 % de guerreiros, relação de 4/1 a 9/1. Os garotinhos, mimados até os 13 anos (a média de vida era de 26 anos) eram escarificados na prova de passagem, nos ritos masculinos de iniciação, de transição (seria o trote universitário) do mais alto degrau da fama para o último degrau da lama, onde os novatos metidos a bestas iam limpar privadas e fazer todo tipo de serviço nojento.

Como não poderia deixar de ser, não pegavam mulher de jeito nenhum: quem iria querer aquelas coisicas fracotes, os frangotes sem marcas do predador, sem prova de valentia? Esse era o motivo para convencer o grupinho a pular fora e procurar caverna onde os machos adultos não conseguissem alcança-los, ir para bem longe onde as pistas de passagem pudessem ser escondidas. E ter seus próprios filhos que explorassem. As menininhas queriam ter seus machos depositantes, em vez de serem postas de lado pelas mães principais – a disputa era acirrada.

Eles e elas ANDAVAM.

AS ANDANÇAS HUMANAS MAPEADAS (eles que dizem, particularmente meu desenho é outro)

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Esgotamento dos terrenos de caça e pesca, brigas e retaliações na caverna ou nas trilhas, casamentos consanguíneos e teratologia, muitos motivos.

Eles e elas faziam as trouxas e andavam.

Enquanto havia terra, andavam; quando vinham os gelos das glaciações andavam pelas pontes de terra ou de neve. Por qualquer motivo andavam e isso não apenas desde os neandertais há 300 mil anos, sim desde os hominídeos, 10 milhões de anos, desde que desceram das árvores e inventaram o fogo.

Achavam outra caverna, criavam outra tribo, havia expansão (o principal motivo das fêmeas) populacional, as brigas imperavam, as tribos se enfrentavam e lá iam eles puxando a frente para arrostar o perigo e atrás elas levando os inúmeros filhos tidos no caminho.

Não chegaram à América do Sul há apenas 70, 30 ou 13 mil anos. Das pesquisas sabem os tecnocientistas que as últimas duas passagens foram há 15 ou 12 mil anos no fim da Glaciação de Wisconsin/Würm. Só pararam de vir quando não puderam enfrentar as ondas em Bering e ficaram isolados em vários subgrupos (americano, euroasiático, africano e os neandertais da Austrália).

Tão simples quanto isso, eles andavam.

Eram bípedes, uma das principais condições da racionalidade coletivizante que leva longe.

Vitória, segunda-feira, 12 de março de 2018.

GAVA.

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