terça-feira, 20 de março de 2018


As Primícias dos Primeiros a Chegar

 

Veja o texto anterior, A Primeira Turma Entrou Quando a FAS Era de Formação da América do Sul já Estava Terminada.

Eles chegaram primeiro ao Alasca, tão ou mais congelado que os lugares de onde vieram; depois Canadá, com os milhões de lagos, mas também com florestas e zilhões de oportunidades de caça e pesca, foi a própria fartura. Adiante, os EUA, mais quente (estamos falando da Era Glacial de Wisconsin/Würm) e mais rico ainda, a seguir México. Não sabemos ainda as condições 2D, 3D, 4D ou modelação computacional, não foram mostradas em imaginação a partir dos dados coletados: os cenários eram outros, muito diferentes. Pode ser que deserto atual fosse florido antigamente, como o Saara foi florestado e habitado por muitos tipos de vidas.

O SAARA QUE OS TECNOCIENTISTAS VÊEM ATUALMENTE (BBC Brasil; perguntam se o Saara de antigamente teria sido como o Serengueti de hoje; as pinturas das cavernas indicam Vida abundante)

Serengueti, na Tanzânia
Arte rupestre na Líbia

Claro, o mundo está sempre em mudança (nem sempre catastrófica), o contrário do que afirmaram os uniformistas quando dominantes. Há 10 ou 100 mil anos era tudo diverso de agora, rios mudaram de lugar – vimos tratando abundantemente dessa linha dialógica.

Os primeiros que vieram (hominídeos, neandertais, CROM – cro-magnons) encontram ambientes dessemelhantes, mas uma coisa é certa: em cada ambiente em que os primeiros pisaram de cima para baixo, do Alasca para a Patagônia, sempre era novo e deslumbrante, sempre paradisíaco, sempre abundante, sempre apaixonante, tudo estava literalmente ao alcance das mãos. Deve ter sido ainda mais deslumbrante para as mães e seu planejamento de ter garotinhos e multiplicar as tribos, milhares de cavernas desabitadas de humanos (extenuantes lutas devem ter sido travadas com os grandes predadores para expulsá-los delas, e muitos homens devem ter morrido durante a façanha de “ir limpando” a Natureza das formas de vida não-humanas, mais um dano terrível do especismo, a superafirmação doente mental de uma espécie em detrimento das demais). Guerra total à Vida (arquea, fungos, plantas, animais e primatas), horripilante mundo.

Entrementes, em termos racionais, eram as primícias, os primeiros frutos que as espécies bípedes colhiam. Que alegria! Sair da falta asiática, europeia e africana para o uso (e abuso) das Américas. E os campos da Natureza, que eram de todas as espécies, ficaram coalhados de cadáveres que viraram esqueletos. Ninguém raciocinou sobre isso. Não desenharam nem pintaram as cenas, não fizeram filmes, não raciocinaram sobre o trânsito, não teorizaram; especialmente, a psicologia não estudou os avanços dos humanos das duas espécies (neandertais e CROM), mais uma falha.

Vitória, terça-feira, 20 de março de 2018.

GAVA.

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