terça-feira, 27 de março de 2018


Os Institutos Secretos dos Longos

 

Desde lá em Alfa Ômega, DVD 1, propus os Puros – dentro da FC embasada na Bíblia – e os Impuros, que se dividiram lá por 700 AZEA (depois do ano zero de Adão e Eva), pelo calendário dos judeus uns cinco mil anos e, na adoção de seis mil antes de agora como partida, 5.300 anos passados. Agora os redenominei Puros-Longos e Impuros-Curtos, os longos vivendo mil ou milhares de anos, ao passo que os curtos chegam no máximo a 120 anos, dentro dos curtos estando os genes dos nefilins/gigantes.

Mesmo que seja tudo ficção, vale a pena pensar e investigar.

Não é nada fácil viver mil anos, embora de vida longa uma pessoa tem de evitar os acidentes, nada salva de uma granada explodida na mão, é cinético, é regra do universo. Depois, como se esconder? Carteira de identidade (de uns tempos para cá), novos nomes, ver sucessivamente morrerem as ligações, como deixar dinheiro para a nova identidade (o cinema investigou isso), novas tarefas no novo lugar a aprender, novas línguas, viagens, um mundo de coisas que os autores precisam investigar a sério. E ter filhos com os curtos? Eles ficam enojados só de pensar.

Não é daqui para ali.

É complicado.

Mormente porque os longos desprezam os curtos, um sopro e morrem: eles os detestam. Foi por isso que desde o princípio não se “contaminaram”, são elites das elites, não vão aos mesmos clubes. Ademais, mesmo que possuam as tecnociências antigas, não poderiam expor aviões no ano 300 (tapeçarias os retratariam, pintores, desenhistas, memórias, etc.), devem se contentar com os lentos meios de transporte dos curtos, à medida que foram surgindo (cavalos, carruagens, carros Ford e Diesel, carros de agora e tudo mais). Deveriam dominar os governos, que teriam medo horripilante deles, se cagariam todos, mas obedeceriam prontamente, conforme um se apresentasse.

E os curtos não são precisamente indefesos: os gigantes dentro deles teriam algum meio de identificação, uma emoção primordial com que determinar a presença, porisso os longos deveriam ser, muito precavidos, muito atenciosos, muito cuidadosos, vigiando inclusive os autores que focassem neles (vampiros, lobisomens – mesmo inexistentes, chamam atenção para a vida longa). Os curtos caçando os longos na surdina, isso é mesmo de apavorar.

Mais ainda, os longos deveriam ter para seus planejamentos institutos disfarçados e colocados entre os órgãos de busca dos humanos-curtos. Procurariam desmotivar todos os escritores; quando, como Tolkien, contassem algo, tentariam impedir, mas os curtos dariam apoio – briga de ratão com gatão.

Enfim, aquilo que chama de “confusão dos diabos”.

No meio disso tudo, a humanidade sem saber de nada.

Vitória, terça-feira, 27 de março de 2018.

GAVA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário