sexta-feira, 9 de março de 2018


400 Mil Compareceram para Fazer Esta Obra

 

Depois dessas décadas todas pensando nos feitos dos presumidos 400 mil (comparativamente com a Lua) meteoritos ou cometas que caíram aqui, fiquei cheio de admiração por esta obra inigualável que foi a construção da Terra. Não se trata de desenho inteligente (design inteligente), é apenas a beleza das consequências.

Como já vimos, Deus é desde sempre, sempre em toda parte agora e sempre será. Não existe, como a Natureza existe, e porisso mesmo não pode morrer, Nietsche estava (literalmente) caduco. Ele é o substrato de todas as coisas de onde a Natura tira e modela com imperfeição isso tudo que é destinado ao desaparecimento e ao enferrujamento. Já os moldes perfeitos de Deus, não, sempre foram os mesmos, são agoraqui e serão sempre. O desenho inteligente não é inteligente coisa nenhuma, comporta as burrices da Natureza; se fosse universo de Deus não teria senão as coisas perfeitas de Deus. Não há em lugar nenhum deste, dos anteriores e dos posteriores universos um sequer que tenha sido feito por Deus, é tudo desvio e ignorância da Natura.

Aparecido o Sol na Nébula de Formação há cinco bilhões de anos, a Terra aglomerando-se no que chamei de toróide da Vida há 4,5 bilhões de anos, é certo pelo ciclo de 26 em 26 milhões de anos que, recuando desde 13 milhões de anos atrás, em 4.004 milhões caiu o primordial de que falei tantas vezes. Repare que nenhum dos terrestroides ou rochosos (de fora para o Sol: Cinturão de Asteroides, Marte, Lua, Vênus e Mercúrio) tem água, somente a Terra, que por extrema conveniência está no toróide da Vida, onde ela pode se liquefazer e apresentar aquelas propriedades maravilhosas que possui.

E esses 400 mil operários vieram fazer a obra, virando e revirando, estilhaçando, castigando a Vida arrojadíssima, montando e desmontando o edifício até que ele chegasse a ser essa belíssima obra que, embora se mire nas perfeições do Artista, é uma ecorrede de sustentação bela, mas imperfeita. Temos de olhar a beleza do resultado.

Não é sensacional?

Eu acho.

A água da Terra está justamente no único lugar do sistema solar onde tem utilidade, o Toróide da Vida (que Stephen Hawking chama bestamente de “cachinhos dourados”).

Vitória, sexta-feira, 9 de março de 2018.

GAVA.

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