400
Mil Compareceram para Fazer Esta Obra
Depois dessas décadas todas pensando nos feitos
dos presumidos 400 mil (comparativamente com a Lua) meteoritos ou cometas que
caíram aqui, fiquei cheio de admiração por esta obra inigualável que foi a
construção da Terra. Não se trata de desenho inteligente (design inteligente),
é apenas a beleza das consequências.
Como já vimos, Deus é desde sempre, sempre em
toda parte agora e sempre será. Não existe, como a Natureza existe, e porisso
mesmo não pode morrer, Nietsche estava (literalmente) caduco. Ele é o substrato
de todas as coisas de onde a Natura tira e modela com imperfeição isso tudo que
é destinado ao desaparecimento e ao enferrujamento. Já os moldes perfeitos de
Deus, não, sempre foram os mesmos, são agoraqui e serão sempre. O desenho
inteligente não é inteligente coisa nenhuma, comporta as burrices da Natureza;
se fosse universo de Deus não teria senão as coisas perfeitas de Deus. Não há
em lugar nenhum deste, dos anteriores e dos posteriores universos um sequer que
tenha sido feito por Deus, é tudo desvio e ignorância da Natura.
Aparecido o Sol na Nébula de Formação há
cinco bilhões de anos, a Terra aglomerando-se no que chamei de toróide da Vida
há 4,5 bilhões de anos, é certo pelo ciclo de 26 em 26 milhões de anos que,
recuando desde 13 milhões de anos atrás, em 4.004 milhões caiu o primordial de
que falei tantas vezes. Repare que nenhum dos terrestroides ou rochosos (de
fora para o Sol: Cinturão de Asteroides, Marte, Lua, Vênus e Mercúrio) tem
água, somente a Terra, que por extrema conveniência está no toróide da Vida, onde
ela pode se liquefazer e apresentar aquelas propriedades maravilhosas que
possui.
E esses 400 mil operários vieram fazer a
obra, virando e revirando, estilhaçando, castigando a Vida arrojadíssima,
montando e desmontando o edifício até que ele chegasse a ser essa belíssima obra
que, embora se mire nas perfeições do Artista, é uma ecorrede de sustentação bela,
mas imperfeita. Temos de olhar a beleza do resultado.
Não é sensacional?
Eu acho.
A água da Terra está justamente no único lugar
do sistema solar onde tem utilidade, o Toróide da Vida (que Stephen Hawking
chama bestamente de “cachinhos dourados”).
Vitória, sexta-feira, 9 de março de 2018.
GAVA.
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