segunda-feira, 7 de agosto de 2017


Revistas de Caça e Revista de Coleta

 

                            O Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras mostrou coisas surpreendentes.

                            A gente vê agora nas bancas de revistas dezenas e dezenas de revistas, como eu disse lá pelos lados de 1994 - quando foi lançado o Plano Real - ao Adonias (dono de banca no centro de Vitória) que aconteceria. As bancas estão entupidas. Há de todo tipo, mas o modelo pode afirmar de antemão que elas são parciais, incompletas e como tais insatisfatórias.

                            REVISTAS DE CAÇA FALANDO DE:

·       Figuras (de homens) ou psicanálises que caçam (o próprio grupo e os alheios, por exemplo, times de futebol, empresas, Congresso, etc.);

·       Objetivos ou psico-sínteses (as metas gerais: ambições, poder, carros, viagens, dinheiro, jóias para presentear as mulheres, mulheres, prestígio, engrandecimento pessoal e ambiental, etc.);

·       Produções ou economias (da economia: agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos; do Conhecimento: Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática; nas 6,5 mil profissões – isso se chama APARECER na produção, se mostrar, estar em evidência);

·       Organizações ou sociologias (ser procurado como líder PESSOAL – individual, familiar, grupal ou empresarial – ou AMBIENTAL – como chefe de poder urbano/municipal, estadual, nacional ou mundial);

·       Espaçotempos ou geo-histórias (como proeminência que ficará para os descendentes; ou quem é descendente de alguma figura eminente da GH, digamos general, presidente, guerreiro proeminente).

É claro que a perseguida conta em primeiro lugar, afinal não é homem por outro motivo justo. Mas os grupos de notícias seriam aqueles. Quando se vê (no caso da Playboy) ou se lê (no caso da Veja), o que vemos ou lemos? Não há concatenação completa, até porque não havia um modelo que conduzisse.

E da parte das mulheres é ainda mais desastroso, embora eu não possa parar para fazer um levantamento (até porque seria preciso comprar as revistas, que são muitas, pelo menos folheá-las para ver os assuntos e listá-los num quadro, e tudo isso seria para mim perda de tempo, embora alguém com menos tarefas deva fazer).

REVISTAS DE COLETA FALANDO DE (nos mesmos moldes acima, mas com diferentes abordagens):

·       Coleta: supermercados, lojas, farmácias, etc.;

·       Homens, transas, filhos, família (mais importante que tudo mais);

·       Fofocas (as pessoas pensam que o falatório das mulheres é sem-sentido, mas estão redondamente enganadas; todo o lado da memória vem daquilo);

·       As dificuldades das outras;

·       A caverna (casa, móveis, dispensa, etc.);

·       Meio de transporte;

·       O mundo lá longe;

·       Viagens;

·       Seguranças e todos os itens importantes para as mulheres (não só não são os mesmos nossos como são esses mesmos que foram secularmente consagrados – não adianta nada masculinizá-las com nossos desejos).

Enfim, o que homens e mulheres faziam na Caverna geral? É preciso indagar, pois são, postas as diferenças, as mesmas coisas que fazemos hoje. A caça e a coleta se encontravam na caverna, porisso devem existir também Revistas da Caverna, ou seja, da conjunção masculino-feminino. Nada isso existe, nem muito menos é satisfatório. Eis aí mais um grande espaçotempo de crescimento.

Vitória, quarta-feira, 10 de novembro de 2004.

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