Revistas de Caça e
Revista de Coleta
O Modelo da Caverna
dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e
pseudomachos) coletoras mostrou coisas surpreendentes.
A gente vê agora nas
bancas de revistas dezenas e dezenas de revistas, como eu disse lá pelos lados
de 1994 - quando foi lançado o Plano Real - ao Adonias (dono de banca no centro
de Vitória) que aconteceria. As bancas estão entupidas. Há de todo tipo, mas o
modelo pode afirmar de antemão que elas são parciais, incompletas e como tais
insatisfatórias.
REVISTAS DE CAÇA FALANDO DE:
·
Figuras
(de homens) ou psicanálises que caçam (o próprio grupo e os alheios, por
exemplo, times de futebol, empresas, Congresso, etc.);
·
Objetivos
ou psico-sínteses (as metas gerais: ambições, poder, carros, viagens, dinheiro,
jóias para presentear as mulheres, mulheres, prestígio, engrandecimento pessoal
e ambiental, etc.);
·
Produções
ou economias (da economia: agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio,
serviços e bancos; do Conhecimento: Magia/Arte, Teologia/Religião,
filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática; nas 6,5 mil profissões –
isso se chama APARECER na produção, se mostrar, estar em evidência);
·
Organizações
ou sociologias (ser procurado como líder PESSOAL – individual, familiar, grupal
ou empresarial – ou AMBIENTAL – como chefe de poder urbano/municipal, estadual,
nacional ou mundial);
·
Espaçotempos
ou geo-histórias (como proeminência que ficará para os descendentes; ou quem é
descendente de alguma figura eminente da GH, digamos general, presidente,
guerreiro proeminente).
É claro que a perseguida conta em
primeiro lugar, afinal não é homem por outro motivo justo. Mas os grupos de
notícias seriam aqueles. Quando se vê (no caso da Playboy) ou se lê (no caso da
Veja), o que vemos ou lemos? Não há concatenação completa, até porque não havia
um modelo que conduzisse.
E da parte das mulheres é ainda mais
desastroso, embora eu não possa parar para fazer um levantamento (até porque
seria preciso comprar as revistas, que são muitas, pelo menos folheá-las para
ver os assuntos e listá-los num quadro, e tudo isso seria para mim perda de
tempo, embora alguém com menos tarefas deva fazer).
REVISTAS
DE COLETA FALANDO DE
(nos mesmos moldes acima, mas com diferentes abordagens):
·
Coleta:
supermercados, lojas, farmácias, etc.;
·
Homens,
transas, filhos, família (mais importante que tudo mais);
·
Fofocas
(as pessoas pensam que o falatório das mulheres é sem-sentido, mas estão
redondamente enganadas; todo o lado da memória vem daquilo);
·
As
dificuldades das outras;
·
A
caverna (casa, móveis, dispensa, etc.);
·
Meio
de transporte;
·
O
mundo lá longe;
·
Viagens;
·
Seguranças
e todos os itens importantes para as mulheres (não só não são os mesmos nossos
como são esses mesmos que foram secularmente consagrados – não adianta nada
masculinizá-las com nossos desejos).
Enfim, o que homens e mulheres faziam
na Caverna geral? É preciso indagar, pois são, postas as diferenças, as mesmas
coisas que fazemos hoje. A caça e a coleta se encontravam na caverna, porisso
devem existir também Revistas da Caverna, ou seja, da conjunção
masculino-feminino. Nada isso existe, nem muito menos é satisfatório. Eis aí
mais um grande espaçotempo de crescimento.
Vitória, quarta-feira, 10 de novembro
de 2004.
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