segunda-feira, 7 de agosto de 2017


O Ano da Forquilha

 

                            Vimos no texto anterior deste Livro 101, Primeira Psicologia na Forquilha, que determinar o espaçotempo do nascimento da razão nos hominídeos e suas manifestações posteriores nos sapiens (neandertais e cro-magnons) é fundamental, pois estamos na frente dessa linha que veio deles. É igualmente importante determinar o ANO DA FORQUILHA, isto é, como transcorriam as estações por lá.

                            O ANO DA FORQUILHA

·       Ano astronômico (posições do Sol, da Lua, das estrelas);

·       Ano pluvial (as precipitações estacionais e anuais), com as enchentes de verão (elas dirão do ritmo de ocultamento da presença hominídea e sapiens);

·       Ano de temperaturas (as médias quinzenais, mensais, semestrais, anuais);

·       LAL (longitude, altitude, longitude), como já pedi;

·       Movimentos do solo (terremotos);

·       Outros elementos.

SEMPRE MOSTRANDO A FORQUILHA (desde pequeninina foi arrimo de família, da família dos hominídeos) – palmas para ela, gente!


Como se comportavam nossos antepassados em virtude dos vários elementos que confluíam? Que disposições de espírito tinham? Como enfrentavam as estações? Como se preparavam? Que alimentos estocavam? Quando eram as festas? Festas são importantíssimos índices de confiança no futuro e, conseqüentemente, de auto-afirmação, de crença na derrota do passado e da morte.

                            TEMPERATURA EM JANEIRO (em nossos tempos)


                            PRECIPITAÇÃO EM JANEIRO


Abre-se um parêntesis que separa janeiro de julho, começando o verão no Hemisfério Sul em 22 de dezembro (aliás, os mapas deveriam referir esse dia, e 21 de junho, começo respectivo do verão e do inverno no HS, porque aquela data inaugura as chuvas torrenciais e esta as faz cessar; nos trópicos – entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, mas mais próximo do equador, digamos faixa de 15º de cada lado, total de 30º ou 3333 km - só interessam essas duas datas) e o inverno em 21 de junho. A estação de caça, a dos primeiros plantios, a das chuvas, a das neves (onde havia) e assim por diante. Quer dizer, percebia-se sem dúvida alguma a separação nítida, o que influenciava a psicologia ou racionalidade. Foi isso que nos formou.

A POSIÇÃO TROPICAL DA ÁFRICA E DA FORQUILHA


A PORÇÃO NORTE (acima do equador – era verão lá quando era inverno no Hemisfério Sul, e vice-versa) – a Forquilha comportava duas situações opostas/complementares, de forma que estava sempre bom, na média.


Veja que o Lago Vitória, que pressupomos importantíssimo, tanto dava para o norte quanto para o sul, situando-se sob o equador.      

A PORÇÃO SUL (quanto estava chovendo demais em cima eles migravam para o sul, e vice-versa; isso os tornou nômades e preparou-os para viajar pelo mundo inteiro) – isso é que é planejamento da Natureza, e é um acaso muito antinatural.


Ou seja: se chovia de um lado, do outro estava seco; se estava frio do lado de lá, estava quente do lado de cá. Não poderia ter havido uma condição composta mais feliz que essa.

                            Devemos concluir que os hominídeos não foram formados em qualquer lugar. Para algo que é feito ao acaso houve uma sucessão de coincidências extraordinárias, bastante fantásticas. Postas as dificuldades da construção de um planeta, parece que houve um bocado de acasos-felizes, esse tipo de coisa que não era para acontecer, mas acontece mesmo.

A FAIXA DO LAGO VITÓRIA (bem em cima do equador – água, calor, sombra das florestas, que também não eram excessivas, eram savanas: a tal de “sombra e água fresca” com que todos sonham parece que foi dada logo no início; não é àtoa que sonhamos com isso)


                            TEMPERATURA EM JULHO


                            PRECIPITAÇÃO EM JULHO


                            E quando deveríamos esperar que nem tudo fosse destruído no passado humano; que pudéssemos recuperar esses depósitos do tempo, eis que vários parques protetores foram estabelecidos, sem sequer se darem conta as pessoas do que estavam fazendo. Agora é possível ir lá pesquisar sem os tecnocientistas serem perturbados pela marcha da civilização e da socioeconomia. Obviamente dezenas de parques serão criados, só que agora PARQUES ANTROPOLÓGICOS e PARQUES ARQUEOLÓGICOS (das pós-cavernas e das pré-cidades), não mais parques biológicos.

PARQUES NACIONAIS (felizmente muitos sítios foram preservados politicamente; outros estão enterrados e fora do alcance dos destruidores – graças aos céus-que-chovem e à terra-que-escorre)


Enfim, parece até que foi tudo planejado: uma fissura em Terra para emanar super-radiação transformadora, quer dizer, superemanar radiação; estações opostas justamente em volta da Forquilha; nem quente demais nem frio demais – parece que a Natureza gostava bastante dos hominídeos e dos sapiens.

Assim sendo, precisamos determinar precisamente, mês a mês, como era o Ano da Forquilha e o Ano de Vitória, quer dizer, do Lago Vitória, o ano que se compunha em volta dele. Como os antepassados viam céus e terras então? É preciso criar um programa para isso. Um programa que vá se aprimorando, o primeiro sendo AF 1.0 (Ano da Forquilha nº um).

Vitória, sábado, 13 de novembro de 2004.

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