O Ano da Forquilha
Vimos no texto
anterior deste Livro 101, Primeira
Psicologia na Forquilha, que determinar o espaçotempo do nascimento da
razão nos hominídeos e suas manifestações posteriores nos sapiens (neandertais
e cro-magnons) é fundamental, pois estamos na frente dessa linha que veio
deles. É igualmente importante determinar o ANO DA FORQUILHA, isto é, como
transcorriam as estações por lá.
O ANO DA FORQUILHA
·
Ano
astronômico (posições do Sol, da Lua, das estrelas);
·
Ano
pluvial (as precipitações estacionais e anuais), com as enchentes de verão
(elas dirão do ritmo de ocultamento da presença hominídea e sapiens);
·
Ano
de temperaturas (as médias quinzenais, mensais, semestrais, anuais);
·
LAL
(longitude, altitude, longitude), como já pedi;
·
Movimentos
do solo (terremotos);
·
Outros
elementos.
SEMPRE
MOSTRANDO A FORQUILHA
(desde pequeninina foi arrimo de família, da família dos hominídeos) – palmas
para ela, gente!
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Como se comportavam nossos
antepassados em virtude dos vários elementos que confluíam? Que disposições de
espírito tinham? Como enfrentavam as estações? Como se preparavam? Que
alimentos estocavam? Quando eram as festas? Festas são importantíssimos índices
de confiança no futuro e, conseqüentemente, de auto-afirmação, de crença na
derrota do passado e da morte.
TEMPERATURA EM JANEIRO (em nossos tempos)
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PRECIPITAÇÃO EM JANEIRO
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Abre-se um parêntesis que separa
janeiro de julho, começando o verão no Hemisfério Sul em 22 de dezembro (aliás,
os mapas deveriam referir esse dia, e 21 de junho, começo respectivo do verão e
do inverno no HS, porque aquela data inaugura as chuvas torrenciais e esta as
faz cessar; nos trópicos – entre o Trópico de Câncer e o Trópico de
Capricórnio, mas mais próximo do equador, digamos faixa de 15º de cada lado, total
de 30º ou 3333 km - só interessam essas duas datas) e o inverno em 21 de junho.
A estação de caça, a dos primeiros plantios, a das chuvas, a das neves (onde
havia) e assim por diante. Quer dizer, percebia-se sem dúvida alguma a
separação nítida, o que influenciava a psicologia ou racionalidade. Foi isso
que nos formou.
A
POSIÇÃO TROPICAL DA ÁFRICA E DA FORQUILHA
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A
PORÇÃO NORTE
(acima do equador – era verão lá quando era inverno no Hemisfério Sul, e
vice-versa) – a Forquilha comportava duas situações opostas/complementares, de
forma que estava sempre bom, na média.
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Veja que o Lago Vitória, que
pressupomos importantíssimo, tanto dava para o norte quanto para o sul,
situando-se sob o equador.
A
PORÇÃO SUL
(quanto estava chovendo demais em cima eles migravam para o sul, e vice-versa;
isso os tornou nômades e preparou-os para viajar pelo mundo inteiro) – isso é
que é planejamento da Natureza, e é um acaso muito antinatural.
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Ou seja: se chovia de um lado, do
outro estava seco; se estava frio do lado de lá, estava quente do lado de cá.
Não poderia ter havido uma condição composta mais feliz que essa.
Devemos
concluir que os hominídeos não foram formados em qualquer lugar. Para algo que
é feito ao acaso houve uma sucessão de coincidências extraordinárias, bastante
fantásticas. Postas as dificuldades da construção de um planeta, parece que
houve um bocado de acasos-felizes, esse tipo de coisa que não era para
acontecer, mas acontece mesmo.
A
FAIXA DO LAGO VITÓRIA
(bem em cima do equador – água, calor, sombra das florestas, que também não
eram excessivas, eram savanas: a tal de “sombra e água fresca” com que todos
sonham parece que foi dada logo no início; não é àtoa que sonhamos com isso)
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TEMPERATURA EM JULHO
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PRECIPITAÇÃO EM JULHO
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E quando deveríamos
esperar que nem tudo fosse destruído no passado humano; que pudéssemos
recuperar esses depósitos do tempo, eis que vários parques protetores foram
estabelecidos, sem sequer se darem conta as pessoas do que estavam fazendo.
Agora é possível ir lá pesquisar sem os tecnocientistas serem perturbados pela
marcha da civilização e da socioeconomia. Obviamente dezenas de parques serão
criados, só que agora PARQUES ANTROPOLÓGICOS e PARQUES ARQUEOLÓGICOS (das pós-cavernas
e das pré-cidades), não mais parques biológicos.
PARQUES
NACIONAIS
(felizmente muitos sítios foram preservados politicamente; outros estão
enterrados e fora do alcance dos destruidores – graças aos céus-que-chovem e à
terra-que-escorre)
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Enfim, parece até que foi tudo
planejado: uma fissura em Terra para emanar super-radiação transformadora, quer
dizer, superemanar radiação; estações opostas justamente em volta da Forquilha;
nem quente demais nem frio demais – parece que a Natureza gostava bastante dos
hominídeos e dos sapiens.
Assim sendo, precisamos determinar
precisamente, mês a mês, como era o Ano da Forquilha e o Ano de Vitória, quer
dizer, do Lago Vitória, o ano que se compunha em volta dele. Como os
antepassados viam céus e terras então? É preciso criar um programa para isso.
Um programa que vá se aprimorando, o primeiro sendo AF 1.0 (Ano da Forquilha nº
um).
Vitória, sábado, 13 de novembro de
2004.
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