Como o Japão Foi
Alcançado?
A questão do Japão é
especial.
O
JAPÃO É UMA ILHA
(um arquipélago de mais de três mil ilhas – dizer isso é trivial quando se têm
canoas, mas quando não se tem é um obstáculo e tanto)
|
ELES ENTRARIAM LÁ ONDE ESTÃO OS AINOS HOJE
|
O
LUGAR MAIS PROPÍCIO PARECE ESTE
(pouco mais de sete quilômetros de
comprimento, intransponíveis sem canoa) – fica a 52º Norte, acima do
Paralelo 45º, aonde chegaram os gelos
|
Os hominídeos estiveram na China, como
foi comprovado várias vezes. Se chegaram ao Japão depende de alguns fatores.
MULTIPLICADORES
·
Como
o mar desceu 160 metros durante a Glaciação de Wisconsin, de 115 a 10 mil anos
passados, pode ter se formado uma ponte de gelo, se era fundo demais, ou uma de
terra, se era raso (digo “era” porque as placas estão se movendo – mesmo em
tempos assim geologicamente curtos faz diferença);
·
Se
um desses dois modos não foi possível resta a canoa que, como deduzimos, deve
ter aparecido lá por seis mil anos atrás – neste caso não passaram hominídeos,
só os sapiens, dos quais os japoneses seriam então unicamente descendentes
enquanto cultura, sem presença anterior de hominídeos. No caso de ter havido a
ponte de gelo ou a ponte de terra passaram e podem ser os precursores dos
ainos.
É sobre esses índices que os
pesquisadores devem se debruçar NA PRÁTICA, com pesquisas de campo,
investigando em torno de Pogibi, depois do Estreito Tatar e nas Ilhas Sakalina,
atualmente em poder dos russos.
Daí devem se virar para o sul,
prosseguindo cada vez mais para baixo, até o extremo inferior do Japão atual.
Se a ocupação se deve à canoa, ela terá sido tardia e o Japão formou-se mesmo
muito recentemente (do que duvido). Se as pontes apareceram mesmo a ocupação
foi muito remota, porque os antigos hominídeos andavam à bessa.
PROCURANDO
A LÓGICA DAS PASSAGENS
(entre Sakalina e Hokkaido)
|
A
PRÓXIMA PASSAGEM (45
km de mar – era o infinito, sem a canoa – entre Sakalina e Hokkaido)
|
Aqui já era bem mais difícil, sete
vezes a distância de cima. Pelas cores parece raso (0 a 50 metros de
profundidade; como o mar desceu 160 metros deve ter aparecido ponte de terra;
no Estreito Tatar é a mesma coisa). Mais embaixo é muito semelhante. Caso
tenham passado, viveram nas bordas e as construções devem ser procuradas no
fundo do mar, porque em ilhas, mais que nos outros lugares, as pessoas precisam
viver perto da água para pescar e suprir proteínas. Neste caso os japoneses
seriam um povo antigo, com muitas construções tendo afundado. Será preciso
buscar dois ou três quilômetros para dentro do mar e até 150 metros abaixo do
nível atual do oceano. Urge que o governo japonês disponha de amplas verbas
para a busca, especialmente de cavernas submarinas próximas da antiga linha de
maré.
A
SEGUINTE MAIS AO SUL
(entre Hokkaido e Honshu)
|
ESTA
PASSAGEM (20 km
entre Oshima-Hanto e Aomori-Ken)
|
E assim por diante, é preciso usar o
computador para calcular as melhores passagens, levando em conta: a) distância,
b) profundidade do mar; c) época dos gelos; d) quanto o mar desceu localmente;
e) se houve ponte de gelo em cada caso.
Por que as pessoas não se fizeram
essas perguntas?
Vitória, domingo, 31 de outubro de
2004.
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