sábado, 5 de agosto de 2017


Como o Japão Foi Alcançado?

 

                            A questão do Japão é especial.

O JAPÃO É UMA ILHA (um arquipélago de mais de três mil ilhas – dizer isso é trivial quando se têm canoas, mas quando não se tem é um obstáculo e tanto)


                            ELES ENTRARIAM LÁ ONDE ESTÃO OS AINOS HOJE


O LUGAR MAIS PROPÍCIO PARECE ESTE (pouco mais de sete quilômetros de comprimento, intransponíveis sem canoa) – fica a 52º Norte, acima do Paralelo 45º, aonde chegaram os gelos


Os hominídeos estiveram na China, como foi comprovado várias vezes. Se chegaram ao Japão depende de alguns fatores.

MULTIPLICADORES

·       Como o mar desceu 160 metros durante a Glaciação de Wisconsin, de 115 a 10 mil anos passados, pode ter se formado uma ponte de gelo, se era fundo demais, ou uma de terra, se era raso (digo “era” porque as placas estão se movendo – mesmo em tempos assim geologicamente curtos faz diferença);

·       Se um desses dois modos não foi possível resta a canoa que, como deduzimos, deve ter aparecido lá por seis mil anos atrás – neste caso não passaram hominídeos, só os sapiens, dos quais os japoneses seriam então unicamente descendentes enquanto cultura, sem presença anterior de hominídeos. No caso de ter havido a ponte de gelo ou a ponte de terra passaram e podem ser os precursores dos ainos.

É sobre esses índices que os pesquisadores devem se debruçar NA PRÁTICA, com pesquisas de campo, investigando em torno de Pogibi, depois do Estreito Tatar e nas Ilhas Sakalina, atualmente em poder dos russos.

Daí devem se virar para o sul, prosseguindo cada vez mais para baixo, até o extremo inferior do Japão atual. Se a ocupação se deve à canoa, ela terá sido tardia e o Japão formou-se mesmo muito recentemente (do que duvido). Se as pontes apareceram mesmo a ocupação foi muito remota, porque os antigos hominídeos andavam à bessa.

PROCURANDO A LÓGICA DAS PASSAGENS (entre Sakalina e Hokkaido)


A PRÓXIMA PASSAGEM (45 km de mar – era o infinito, sem a canoa – entre Sakalina e Hokkaido)


Aqui já era bem mais difícil, sete vezes a distância de cima. Pelas cores parece raso (0 a 50 metros de profundidade; como o mar desceu 160 metros deve ter aparecido ponte de terra; no Estreito Tatar é a mesma coisa). Mais embaixo é muito semelhante. Caso tenham passado, viveram nas bordas e as construções devem ser procuradas no fundo do mar, porque em ilhas, mais que nos outros lugares, as pessoas precisam viver perto da água para pescar e suprir proteínas. Neste caso os japoneses seriam um povo antigo, com muitas construções tendo afundado. Será preciso buscar dois ou três quilômetros para dentro do mar e até 150 metros abaixo do nível atual do oceano. Urge que o governo japonês disponha de amplas verbas para a busca, especialmente de cavernas submarinas próximas da antiga linha de maré.

A SEGUINTE MAIS AO SUL (entre Hokkaido e Honshu)


ESTA PASSAGEM (20 km entre Oshima-Hanto e Aomori-Ken)


E assim por diante, é preciso usar o computador para calcular as melhores passagens, levando em conta: a) distância, b) profundidade do mar; c) época dos gelos; d) quanto o mar desceu localmente; e) se houve ponte de gelo em cada caso.

Por que as pessoas não se fizeram essas perguntas?

Vitória, domingo, 31 de outubro de 2004.

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