Lojas do Crescimento Humano

 

                            Não basta colocar lojas com o propósito de vender, porque isso as pessoas fazem há milhares de anos, arranjando problemas ao lado das soluções. Junto com os produtos, que são o de-menos, devemos passar adiante como numa missão nos municípios/cidades, estados, nações e mundo as convicções que nos guiarem.

                            São pontos de reunião aonde as pessoas irão a busca de felicidade ou de aconselhamento e incidentalmente comprar estas ou aquelas coisas que alegrarão suas casas, seus escritórios, seus consultórios, suas fábricas, sendo postos onde houver um ser humano. Não precisam ser aquelas coisas ôba-ôba da boiolagem, da frescuragem, da veadagem – podem sem coisas simples e alegres ou podem ser coisas tristes, que façam pensar. Uma série de objetos que iremos descobrindo dentre tudo que os seres humanos já fizeram. Os tecnartistas aprenderão com o tempo a produzir segundo o espírito do CH, ONG Crescimento Humano, e com o tempo um ESTILO CH nascerá e se aprofundará, evitando-se, sobretudo, o brilhantismo de pátina, aquela coisa superficial das tietes, pois não se trata disso, é para refletir, para aprofundar a cura. Deve-se evitar AO MÁXIMO qualquer tietagem, qualquer bobagem.

                            Assim, ao longo de anos as fábricas irão produzindo uma quantidade de coisas simples que refletirão o espírito CH: tais processos e objetos poderão ser expostos e vendidos por toda parte, nas lojas.

                            Mas o principal não é isso, porque o mundo está cheio de objetos, entupido de coisas, e é justamente isso que nos faz mal. As lojas serão principalmente locais de conversação, de aprendizado, uma espécie de salas de aula abertas ao público, que poderá ir ali simplesmente jogar conversa fora, seja em ouvidos leigos ou profissionais. E se desejarem os lojistas poderão acompanhar seus casos, criando um arquivo universal, evidentemente preservando as identidades, estabelecendo como que um NÚMERO CH que seja inviolável, só da pessoa. E colocando tudo à disposição dos governos e dos organismos, tipo Conselho Federal de Psicanálise (ou de Psicologia), se houver, ou o que for. Enfim, escancarar para qualquer visitante, de modo que todos vejam que não se aspira controlar a vida de ninguém, nem realizar qualquer gênero de exploração. Isso é vital, porque a ajuda a qualquer um que seja sempre é atacada, principalmente pelos que exploram o sofrimento humano, visando ou não lucro.

                            Vitória, quarta-feira, 26 de novembro de 2003.