domingo, 2 de abril de 2017


Infância Brasileira

 

                            Vi hoje parte do programa PEGN (Pequena Empresas Grandes Negócios) da Rede Globo no qual se falava, entre outras coisas, de livros infantis, e nestes de princesas e que tais, abordagens românticas e passadistas, alienantes.

                            ABORDAGEM BRASILEIRA NOS LIVROS INFANTÍS

·       Contribuição negra-africana na formação;

·       Contribuição amarela-asiática na formação;

·       Contribuição vermelha-americana (indígena, nativa) na formação;

·       Contribuição branca-européia na formação.

É claro que não tem nada disso. As crianças não conhecem suas raízes genéticas e de fusão de culturas ou nações ou povelites.

FALTA CONHECIMENTO (e falta equilíbrio de participação delas)

·       Abordagem mágica/artística

·       Abordagem teológica/religiosa

·       Abordagem filosófica/ideológica

·       Abordagem científica/técnica

·       Abordagem matemática.

Dirão que são assuntos profundos demais para serem administrados em idades tão tenras, mas se as pessoas acreditam na alma, por quê não acreditam na grandeza da alma?

FALTA PROTEÇÃO (não se fala da Bandeira ou Chave da Proteção)

·       Não falam dos lares;

·       Não falam do armazenamento;

·       Não falam da saúde (falam de escovar dentes);

·       Não falam da segurança;

·       Não falam dos transportes.

Também não introduzem a variedade de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nem a diversidade de AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos). Não falam da imensidade de assuntos, conforme o modelo os colocou. Não tocam a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral, infantil e adulta, nem em particular da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos).

NÃO FALAM DA CONTEMPORANEIRADE

1.       Não mencionam a mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet);

2.       Não referem os objetos da casa (fogões, televisores, microondas, etc., sob a ótica de que é muito cedo);

3.      Não falam de varrer, de passar, de limpar, de cozinhar, sob a ótica de que é tarefa de mulheres – o que seria discutir a divisão dela;

4.      Não registram os governos (governantes do Executivo, políticos do Legislativo, juizes do Judiciário);

5.      Não dão a conhecer a energia em suas inúmeras facetas;

6.      Não falam das (até agora distinguidas 22) tecnartes, etc.

Do que falam, então?

Falam de fadas e princesas, de coisas antigas e alienantes, em geral estrangeiras. Então, quando as crianças chegam aos 10 anos vão para os “games”, os jogos, ou seja, nessa idade elas JÁ SÃO ESTRANGEIRAS, não são mais brasileiras – suas almas já fizeram a opção.

Eis que a desnacionalização começa no rebento, no broto que surge e se tinge das cores de outras bandeiras. Estamos sendo, temos sido atacados desde a base mais recuada. E, pior, por outros que foram desnacionalizados antes, os (as) autores (as) de ficção infantil (com interesses adultos ocultos patrocinados pela dominante estrangeiro). Que se estude a questão com teses de mestrado e doutorado.

Vitória, domingo, 09 de novembro de 2003.

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