Infância Brasileira
Vi hoje parte do
programa PEGN (Pequena Empresas Grandes
Negócios) da Rede Globo no qual
se falava, entre outras coisas, de livros infantis, e nestes de princesas e que
tais, abordagens românticas e passadistas, alienantes.
ABORDAGEM BRASILEIRA NOS LIVROS INFANTÍS
·
Contribuição
negra-africana na formação;
·
Contribuição
amarela-asiática na formação;
·
Contribuição
vermelha-americana (indígena, nativa) na formação;
·
Contribuição
branca-européia na formação.
É claro que não tem nada disso. As
crianças não conhecem suas raízes genéticas e de fusão de culturas ou nações ou
povelites.
FALTA
CONHECIMENTO (e
falta equilíbrio de participação delas)
·
Abordagem
mágica/artística
·
Abordagem
teológica/religiosa
·
Abordagem
filosófica/ideológica
·
Abordagem
científica/técnica
·
Abordagem
matemática.
Dirão que são assuntos profundos
demais para serem administrados em idades tão tenras, mas se as pessoas
acreditam na alma, por quê não acreditam na grandeza da alma?
FALTA
PROTEÇÃO (não se
fala da Bandeira ou Chave da Proteção)
·
Não
falam dos lares;
·
Não
falam do armazenamento;
·
Não
falam da saúde (falam de escovar dentes);
·
Não
falam da segurança;
·
Não
falam dos transportes.
Também não introduzem a variedade de
PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) nem a diversidade de
AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundos). Não falam da
imensidade de assuntos, conforme o modelo os colocou. Não tocam a Psicologia
(figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias,
organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) geral, infantil e
adulta, nem em particular da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias,
comércio, serviços e bancos).
NÃO
FALAM DA CONTEMPORANEIRADE
1. Não mencionam a mídia (TV, Rádio,
Revista, Jornal, Livro e Internet);
2. Não referem os objetos da casa
(fogões, televisores, microondas, etc., sob a ótica de que é muito cedo);
3. Não falam de varrer, de passar, de
limpar, de cozinhar, sob a ótica de que é tarefa de mulheres – o que seria
discutir a divisão dela;
4. Não registram os governos (governantes
do Executivo, políticos do Legislativo, juizes do Judiciário);
5. Não dão a conhecer a energia em suas
inúmeras facetas;
6. Não falam das (até agora distinguidas
22) tecnartes, etc.
Do que falam, então?
Falam de fadas e princesas, de coisas
antigas e alienantes, em geral estrangeiras. Então, quando as crianças chegam
aos 10 anos vão para os “games”, os jogos, ou seja, nessa idade elas JÁ SÃO
ESTRANGEIRAS, não são mais brasileiras – suas almas já fizeram a opção.
Eis que a desnacionalização começa no
rebento, no broto que surge e se tinge das cores de outras bandeiras. Estamos sendo,
temos sido atacados desde a base mais recuada. E, pior, por outros que foram
desnacionalizados antes, os (as) autores (as) de ficção infantil (com interesses
adultos ocultos patrocinados pela dominante estrangeiro). Que se estude a
questão com teses de mestrado e doutorado.
Vitória, domingo, 09 de novembro de
2003.
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