Depois de
compreender que como no ADRN (ADN como biblioteca de produtos moleculares, ARN
como biblioteca de processos moleculares – criando em conjuntos os
replicadores) a Língua geral constitui uma FH, Fita de Herança, no caso uma FHP,
FH psicológica (ela cria as figuras ou psicanálises, os objetivos ou
psico-sínteses, as produções ou economias, as organizações ou sociologias, os
espaçotempos ou geo-histórias – montando as PONTES DE TRANSFERÊNCIA, que são
pontes PESSOAIS, indivíduos, famílias, grupos e empresas; e pontes AMBIENTAIS:
municípios/cidades, estados, nações e mundos racionais), vi claramente que
somos viciados em falar e devemos diariamente ter nossa injeção de palavras,
que nos acalme. Se não a recebermos continuamente nós começamos a enlouquecer,
como os viciados em drogas. Nem que seja sozinho, nós falamos sempre. Que é o
escritor senão alguém que fala sozinho? Eu sou viciadíssimo em palavras – tenho
de escrever compulsivamente todos os dias do ano.
Antes de reparar nisso
não podemos administrar a cura, seja pela supressão das palavras como os budistas
fazem com a meditação, seja através da introdução contínua de venenos, com a
ajuda da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet, entre os grandes
meios). Enfim, só há dois meios: 1) supressão, que é cura verdadeira, 2)
injeção, que é financiamento do vício.
Você há de entender
que sendo o espaçotempo de modulação - lá onde Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI faz
o pluriverso – infinito, TODAS as soluções já foram vistas e estão consagradas
(creio que nos transcendentais, os programáquinas de ELI), nada restando
verdadeiramente a descobrir, de modo que é pura veleidade achar que podemos
melhorar ou piorar algo além do mundo dos racionais. Assim, escrever realmente
só ajuda, se tanto, o mundo falível dos racionais, digamos este em que estamos,
a Terra.
Então, só o vício
nos faria prosseguir algo que nem é orgulho de acreditar que podemos melhorar
algo.
E, creia, é um vício
poderoso.
Como é, mesmo, os
governempresas devem cuidar de ajudar os viciados. De fato, o fazem, cuidando
da mídia e implantando bibliotecas. E os 2,5 % ou 1/40 que são superviciados?
Ah, eis aí onde se pode conseguir ganhar dinheiro.
Vitória,
segunda-feira, 10 de novembro de 2003.
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