domingo, 9 de abril de 2017


Escola da ONU

 

                            A ONU, Organização das Nações Unidas, foi estabelecida em 1945 (na trilha da falida Liga das Nações, que era de 1919) para congregar os países de forma amigável, mas sempre foi feudo das superpotências e não se constituiu num elemento propulsionador. A prova está em que ela não tem uma ESCOLA DA ONU (1º e 2º graus, universidade, mestrado, doutorado e pós-doutorado – pode até soar estranho perguntar), não ensina sobre si e não pergunta dos outros; não tem um território próprio, como um Distrito Mundial – está situada num terreno doado pela cidade de Nova Iorque; não tem uma língua específica; não tem quadros formados segundo uma determinante DE GOVERNO, enfim, não tem os elementos de uma nação.

                            Como pode ser uma Psicologia das Nações, uma Alma delas, sem figura ou psicanálise que a identifique, sem objetivos ou psico-sínteses que a norteiem, sem produção ou economia própria, sem organização ou sociologia distinta da do Conselho de Segurança, sem espaçotempo ou geo-história que seja conhecida?

                            Ela não tem alma, não tem corpo, como pode pretender ser corpomente ou indivíduo? Primeiro deve ter um espaçotempo ou tempolugar ou pontistante seu, para querer ser respeitada. Ela não tem nem onde cair morta, nem uma cova que a aceitasse caso morresse (não queremos isso, nem de longe). Assim, a ONU deve ter sua Escola, onde haja local e tempo de identificação, com pedagogia ou método próprio de transferência de conhecimentos, com Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) seu.

                            Para que a ONU tenha tudo isso, é preciso que ela seja financiada, com, digamos, um milésimo do PIB mundial, que é hoje de 35 trilhões, vamos colocar assim – portanto, 35 bilhões de dólares/ano.

                            Tendo sua Escola a ONU pode colocar salas de aula em todos os países do mundo para, dentro de uma geração, 30 anos, formar um grupo de crianças que em mais 30 anos, lá por 2070 possibilite de fato um governo mundial para essa globalização em curso.

                            Vitória, sábado, 29 de novembro de 2003.

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