domingo, 9 de abril de 2017


Fermento

 

                            Na Rede Cognata (no Livro 2, Rede e Grade signalíticas) fermento = SANTO = ANJO = AMADO = AMANTE = AMIGO, etc., muitas traduções. No dicionário fermento é uma enzima, uma levedura, algo que faz inchar a massa, tornando-a mais solta e apetitosa.

                            Na prática psicológica dos casamentos amante (homem para a mulher e mulher para o homem) é signo da traição, que passou de 20 % a 80 % das mulheres entre a década dos 1970 e a dos 1990 (ou 1980, não sei mais, vá averiguar), segundo o relatório Hite.

                            Entrementes, devemos investigar melhor.

                            Se, como digo sempre, sou fervorosamente favorável ao casamento como base de sustentação da família e dos filhos, como posso pregar que tanto os homens arranjem mulheres, quanto as mulheres, homens, fora dele? Não é hipocrisia? De jeito algum! É o contrário, é justamente para manter e estabilizar o casamento, núcleo da família. A mente humana foi produzida para proporcionar soluções, ela é inquieta POR NATUREZA, isto é, por desenho da natureza um, biológica/p.2, e fica sufocada com a mesmice. Não quer dizer que uns não gostem das outras, nem vice-versa, são os venenos ou químicos postos nas origens ou primórdios pela evolução humanóide e depois sapiens. É condição de sobre-vivência. Como há os estéreis, tanto de um lado quando do outro, a Natureza geral não pode tolerar a não-prociação; e também tem de utilizar AO MÁXIMO a capacidade de procriação tanto dos homens quanto das mulheres.

                            A sobreposição da psicologia ou racionalidade das PESSOAS (visando fazer crescer os indivíduos, as famílias, os grupos e as empresas) e dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo) levou a que instituíssemos regras igualmente úteis, que entram em conflito com o mundo mais antigo, que do mesmo modo merece respostas. As pessoas SE AMAM e nem porisso podem ficar sem as aventuras extraconjugais. Um dia isso será aceito (sempre em reserva, há que proteger as crianças – sem ocultar delas). Para quê terminar os casamentos? Se você compra um carro será considerada infidelidade à fábrica consertá-lo num mecânico autorizado (ou não) quando ele apresente problemas?

                            É meu pensamento que os governempresas deveriam deixar a hipocrisia de lado e TREINAR amantes, fêmeas e machos, no caso das fêmeas como as gueixas japonesas, atividade autorizada do Estado. Tais amantes iriam introduzir novidades no casamento, tornando-o novamente brilhante, quando ele amorteça e comece a sucumbir. Não podemos é deixar tantos casamentos findarem, com graves prejuízos para as crianças. Os divórcios sim, é que são daninhos, corrompedores. Quando crianças passem a serem treinadas desde jovenzinhas a esperar que maridos e mulheres possam dar suas escapadas reparadoras em algum momento da vida, quando o Estado proporcione casas autorizadas para a visitação masculina e feminina, o mundo será melhor.

                            Ocultarem que hajam tais saídas, esconderem que os homens e as mulheres transam fora de casa nos fazem melhores?

                            Dificilmente.

                            As primeiras duas gerações achariam difícil conviver, mas uma vez feita a transição tudo se acomodará no novo jeito de ser.

                            Vitória, domingo, 30 de novembro de 2003.

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