Dicionárioenciclopédico
de PI
Naturalmente, se é
verdade que pi (3,141592...) pode ser aberto, então estão lá todos os programas
e máquinas, todos os programáquinas, todos os processos e objetos, todos os
processobjetos, todas as coisas que podem ser pensadas e imaginadas, todas as
emoções e razões, todas as descrições, todos os roteiros.
Se for assim, então
há lá, também e perfeitamente, o Dicionário de Pi e a Enciclopédia de Pi, por
mais estranho que seja pensar isso, pois todas as palavras (que são pontos
co-ligáveis – gramática - com lógica interna, sintaxe; ou seja, tramurdidura
gnosiológica dos conhecimentos, dialógica, lógica-dialética completa) e todas
as figuras estão lá, em alguma medida, dispostas de alguma forma. Todo o
Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia,
Ciência/Técnica e Matemática).
Podemos pensar
facilmente que haja um Dicionário de Pi com uma língua universal, que valha em
toda parte, e da qual derivem todas as línguas degeneradas, todas as
racionalidades ineficientes, inclusive a da Terra. Mas, o que seria ter lá
todas as imagens? Ter as imagens ou engenharias de objetos é fácil ver, mas o
que seria ter todas as figuras de racionais, não só os deste planeta como de
todos? Aparecerão lá todos os possíveis cachorros do universo? Veremos filmes
(aliás, na Rede Cognata – Livro 2, Rede
e Grade Signalíticas -, filme = PI = SOL = HOMEM = CHAVE, etc.)? Veremos
propagandas de Deus a intervalos regulares? É tão esquisito pensar que tudo que
fazemos tem um modelo prévio, tal como dizia Platão!
E que será editar um
D/E infinito que não acaba nunca de brotar? Uma produção cujos fascículos nunca
terminam de sair nas bancas de Deus? É assustador, se for verdadeiro, que haja,
antes de qualquer racional se manifestar, um depósito onde aparece todo gênero
possível e imaginável de coisas. Quanto essas coisas surgidas na Terra destoam
do padrão? Pensar isso termina certamente com toda veleidade, todo capricho, todo
orgulho, e talvez pacifique finalmente o mundo.
Vitória, segunda-feira,
01 de dezembro de 2003.
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