domingo, 2 de abril de 2017


30 Milhões de Parentes

 

                            Como dizia mamãe na ponta de muitas experiências dela e de papai, “parentes só os dentes, e assim mesmo ainda mordem a gente”.

                            Mas devemos ver os (dizem) 30 milhões de espécies (dos quais 1,8 milhão mapeados enquanto classificação, mas longe de o ser geneticamente) como parentes dialógicos (veja artigo deste Livro 50, Parentesco Dialógico) e principalmente como PARENTES BIOLÓGICOS/p.2 que podemos aproveitar (e vice-versa, nós também os servimos).

                            O APROVEITAMENTO DOS PARENTES B/p.2

·       Carne, sangue, ossos, cartilagem, peles, urina, cristais, chifres, marfim, etc., uma lista interminável;

·       Convivência (cachorros, gatos, roedores, etc.);

·       Estrume, restos, todo tipo de aproveitamento;

·       Madeira, folhas, raízes, sumos;

·       Moléculas para tratamento biológico/p.2 (dos corpos) e psicológico/p.3 (das mentes e geradores de autoprogramas, GAP);

·       Proteção mútua (cachorros, gansos, etc.);

·       Respostas evolucionárias, através do biomimetismo e biônica, a imitação humana dos seres;

·       Visão de beleza, simplesmente;

·       Uma lista grande - pense você.

Não é uma grande dádiva que tenhamos 30 milhões de espécies que levam conosco algum gênero de semelhança? Embora não pareça, somos semelhantes aos fungos, às plantas, aos animais e aos antropóides, além do que, triste que pareça, a alguns humanos. Aí estão espalhados 30 milhões de tentativas, num leque imenso de possibilidades de sobrevivência, e podemos pensar que se nossa forma atual não for a mais promissora em tais ou quais ambientes poderemos migrar para outras formas (uma carapaça de inseto talvez seja a mais confortável em alguns planetas).

Então, veja, é uma alegria esse parentesco, ainda que muitos dos parentes tenham atacado, ao longo do tempo.

Vitória, domingo, 16 de novembro de 2003.

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