Ca-Fé
Os religiosos católico-protestantes,
os islamitas, os budistas, os hinduístas, os judeus e todos os demais começaram
a re-união deles por um procedimento bem prático e simples, a associação de um
instituto universal (que, aliás, tem o mesmo nome em toda parte) vindo do pé de
café, do pó de café, do café coado: o bar-café.
E o chamaram de Ca-Fé (cá a Fé).
Podiam ir quaisquer uns, mas iam
mormente os religiosos, os que acreditavam. Como as religiões estão espalhadas
em toda parte, deu super-certo, pois como prova de boa-vontade (paz na Terra
aos homens de boa-vontade) cada país usava suas cores, cada religião adotava o
seu patrono-iluminado com seus motivos especiais, suas fotos, seus desenhos e
tudo seu, mas permitia a colocação à venda de livros das demais.
Isso foi um fator-multiplicador de
união.
Pouco havia mudado, já que na Arábia
Saudita não existiam muitos cristãos ou budistas ou outros.
Entretanto, essa providência
verdadeiramente divina acabou por contaminar as consciências, pois se de mil,
995 eram de determinada fé, cinco que fossem das demais entregavam ou recebiam
notícias outras.
E houve franqueamentos aos nacionais
de mesma fé.
Assim, na Europa onde havia muitos
cristãos outros Ca-Fés eram postos e eram frequentados livremente até por padres,
pastores, monges, rabinos, mulás, pregadores de todo tipo.
CAFÉ
NÃO PODE FALHAR
NISSO
QUE PLANTAS...
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...
COLHES GRÃOS.
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SE
ÉS PÓ...
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...
A EMBALAGEM CONTA.
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SACOS
EMBARCANDO...
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...
A DISSEMINAÇÃO MUNDIAL.
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Ó, quanto havia por ser feito!
Eram igrejas devidamente consagradas,
mas leigas, fazendo a obra da fé mansamente, sem pompa nem circunstância.
Espalharam-se universalmente aos
milhares, aos milhões.
Pessoas de fé iam beber café e
conversar, falar do gosto por Deus.
Serra, quinta-feira, 14 de junho de
2012.