Armigo
Em tempos tão difíceis, pensaram eles,
temos de nos proteger.
Primeiro juntaram-se dois, que moravam
na vizinhança.
Foram até a telefônica e conectaram
dois aparelhos, jamais usados por outro motivo: no caso de assalto eles ligavam
aquele aparelho e tocava na casa do outro, que ia a busca de ajuda. Tinha GPS
para o caso de estarem em carro ou num churrasco ou noutro qualquer lugar fora
do lar.
Sem que tivessem esperado e já quase
tendo esquecido o sistema, tiveram de usá-lo, com sucesso total, porque em
minutos a polícia foi avisada e foi para o endereço, bem como o amigo,
prendendo os meliantes.
Amigo armado, armigo.
Os bandidos levaram um susto danado.
Com o sucesso veio a ambição.
Falaram com um terceiro, juntaram um
quarto, quinto, já eram 10, 20, 50, virou uma rede, estavam todos protegidos,
os ladrões foram pegos e ficaram ressabiados.
REDE
TELEFÔNICA (o
crime organizado começa a investir em tecnociência)
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É
A TAO HISTÓRIA...
(o que parece bom, no momento seguinte é ruim, no outro já volta a ser bom e
assim segue)
Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o
invejavam, pois ele tinha um lindo cavalo branco... Reis ofereciam quantias
fabulosas pelo cavalo, mas o homem dizia:
- Este cavalo não é um cavalo para mim, é uma pessoa. E como se
pode vender uma pessoa, um amigo?
O homem era pobre, mas jamais vendeu o cavalo. Numa manhã,
descobriu que o cavalo não estava na cocheira. A aldeia inteira se reuniu, e
disseram:
- Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria
roubado. Teria sido melhor vende-lo. Que desgraça!
O velho disse:
- Não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está na cocheira. Este é o fato, o resto é julgamento. Se se trata de uma desgraça ou de uma benção, não sei, porque este é apenas um julgamento. Quem pode saber o que vai se seguir?
As pessoas riram do velho. Elas sempre souberam que ele era um
pouco louco. Mas, quinze dias depois, de repente, numa noite, o cavalo
voltou. Ele não havia sido roubado, ele havia fugido para a floresta. E não
apenas isso, ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente,
as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho, você estava certo. Não se trata de uma desgraça, na
verdade provou ser uma benção.
O velho disse:
- Vocês estão se adiantando mais uma vez. Apenas digam que o cavalo está de volta... quem sabe se é uma benção ou não? Este é apenas um fragmento. Você lê uma única palavra de uma sentença - como pode julgar todo o livro ?
Desta vez, as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente
sabiam que ele estava errado. Doze lindos cavalos tinham vindo... O velho
tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma
semana mais tarde, ele caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas se
reuniram e, mais uma vez, julgaram.
Elas disseram:
- Você tinha razão novamente. Foi uma desgraça. Seu único filho perdeu o uso das pernas, e na sua velhice ele era seu único amparo. Agora você esta mais pobre do que nunca.
O velho disse:
- Vocês estão obcecados por julgamento. Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe se isso é uma desgraça ou uma benção.
A vida vem em fragmentos, mais que isso nunca é dado. Aconteceu
que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra, e todos os jovens da
aldeia foram forçados a se alistar. Somente o filho do velho foi deixado para
trás, pois recuperava-se das fraturas. A cidade inteira estava chorando,
lamentando-se porque aquela era uma luta perdida e sabiam que a maior parte
dos jovens jamais voltaria. Elas vieram até o velho e disseram:
- Você tinha razão, velho - aquilo se revelou uma benção. Seu
filho pode estar aleijado, mas ainda está com você. Nossos filhos foram-se
para sempre.
O velho disse:
- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar para o exército e que meu filho não foi. Mas somente Deus sabe se isso é uma benção ou uma desgraça. Não julgue, porque dessa maneira jamais se tornará uno com a totalidade. Você ficara obcecado com fragmentos, pulará para as conclusões a partir de coisas pequenas. Quando você julga você deixa de crescer. Julgamento significa um estado mental estagnado. E a mente deseja julgar, porque estar em um processo é sempre arriscado e desconfortável. Na verdade, a jornada nunca chega ao fim. Um caminho termina e outro começa: uma porta se fecha, outra se abre. Você atinge um pico, sempre existirá um pico mais alto. Aqueles que não julgam estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e de nele crescer... Somente eles são capazes de caminhar com Deus. |
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A Sabedoria De Um Velho Camponês
Existe uma antiga história chinesa, do taoísmo, contada no livro
“Resignificando”, (Editora Summus, 1982), de Richard Bandler e John Grinder,
que nos fala de um camponês que vivia numa pequena aldeia do interior. Ele
era muito respeitado, por ser um dos poucos habitantes que possuía um cavalo,
que usava para arar a terra e também como meio de transporte. Certo dia seu
cavalo fugiu e todos os vizinhos vieram se solidarizar com ele, lamentando
este fato terrível. Mas o camponês não se abalou e simplesmente disse-lhes:
“Talvez.”
Passou-se algum tempo e, para surpresa de todos, o cavalo voltou e trouxe com ele dois outros cavalos selvagens. Seus vizinhos festejaram sua sorte, pois agora tinha três animais, que seriam muito úteis para tratar suas terras. No entanto, o camponês não se deixou influenciar e disse-lhes apenas: “Talvez.” Pouco tempo depois, o filho do camponês tentou montar um dos cavalos selvagens, e foi atirado ao chão, quebrando uma perna. Vieram todos da aldeia lamentar sua falta de sorte, mas o camponês tranquilo lhes respondeu: “Talvez.” Na semana seguinte, vieram até a aldeia os oficiais responsáveis pela convocação militar para recrutar jovens camponeses para servir na guerra. O filho do camponês foi rejeitado, pois estava com a perna quebrada. Mais uma vez seus vizinhos comentaram como ele era um homem de sorte. O camponês simplesmente lhes respondeu: “Talvez.” Esta antiga história nos traz uma lição de grande sabedoria. O significado dos acontecimentos de nossas vidas depende da maneira com os vemos. Existem pessoas que estão sempre se lamentando pelas coisas que acontecem. Eles percebem apenas o lado negativo das coisas. São pessimistas. Outras pessoas, ao contrario, buscam nos acontecimentos, mesmo aqueles aparentemente negativos, oportunidades de crescimento e realização pessoal. Por exemplo, uma pessoa que se envolve em um acidente de carro, pode ficar se lamentando pelo prejuízo financeiro que teve, pelo aborrecimento, pela perda de tempo, etc. estes são os pessimistas. Os otimistas aproveitam a oportunidade para agradecer a deus por não terem se machucado e por terem aprendido mais uma lição de vida. Aproveitam para refletir sobre o ocorrido e evitar que aconteça novamente. Na historia contada, ganhar dois novos cavalos, na realidade daquela pequena aldeia, parecia ser algo bom, no entanto foi o motivo para o acidente com o filho do camponês, que era algo ruim. Ter um filho com a perna quebrada é um fato ruim, no entanto no contexto do recrutamento para ser levado à guerra, a perna quebrada foi uma benção. Devemos, portanto, evitar nos deixar influenciar demasiadamente, tanto com os acontecimentos positivos, quanto com os negativos. Já houve casos até de pessoas que ganharam uma fortuna na loteria, e tiveram suas vidas viradas pelo acesso, trazendo desunião, transtornos e infelicidade para suas famílias. A sabedoria da vida parece estar em nossa capacidade de criar um contexto positivo para todos os acontecimentos, procurando torná-los sempre positivos. Fazer do limão uma limonada. E ao mesmo tempo, evitar nos deslumbrar demasiadamente com fatos que aparentemente são conquistas extraordinárias. Talvez um equilíbrio em nosso estado de espírito seja o mais aconselhável. Devemos buscar nossa realização pessoal em nós mesmos, e não nas coisas materiais ou mesmo responsabilizando outras pessoas pela nossa felicidade. Autor: Ari Lima |
Os ladrões se reuniram em convenção. O
que está acontecendo? E tanto fizeram que ficaram sabendo, vazou, prepararam
uma resposta, mas o outro time estava azeitado, não caiu no engodo. O jeito foi
migrarem para outras cidades onde o sistema não havia ainda emplacado; e,
treinados como ficaram pela cidade um, se deram super bem com seu próprio
sistema de rede-roubo. Fizeram melhor ainda, contrataram gente para aprimorar o
sistema-dois: a polícia nunca conseguia pegá-los.
Serra, terça-feira, 26 de junho de
2012.
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