segunda-feira, 7 de agosto de 2017


e =

 

                            Faz tempo que venho pensando que só na Matemática deveria ser usado o sinal de igualdade (=), nas ciências (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6) devendo-se usar outro símbolo porque, como já disse, não é = 1, não é = 1,0, não é = 1,00 e assim por diante. Na Matemática é realmente igual, enquanto 1 na Ciência quer dizer de 0,5 a 1,5, uma margem de segurança na expressão.

                            Mas os matemáticos, claro, como quaisquer grupos são compartimentados, são fechados em si e em sua sacrossanta nomenclatura; eles são, tanto quanto quaisquer outros, corporativistas, praticantes do corporativismo, do excesso de corporatividade, de formação de corpo, espírito de corpo. E os outros são mais ainda. Para estes, ter de renunciar à presumida certeza expressa na frase “ciências exatas” os traria do Céu à Terra, onde seriam iguais ou pelo menos assemelhados aos outros mortais.

                            Porém, a mera separação garantiria a ambos os grupos de estudantes que não se está falando das mesmas coisas: a) a Matemática comporta regras do virtual, do não-real enquanto imediatamente palpável; b) as tecnociências comportam regras do real, do que é manipulável. Evidentemente são campos distintos. E nem ficaria difícil desenhar os pequenos retângulos.

                            UMA FRASE DA FÍSICA (seria a conhecida fórmula de Newton)

                            F            G m. m’ /d2 (sujeita a erros de expressão numérica; quer dizer, os cálculos indicariam a realidade, a capacidade tecnocientífica do conjunto de manifestar o real, dentro de uma margem de visualização)

                            UMA FRASE APARENTEMENTE IGUAL DA MATEMÁTICA (estaria investigando as propriedades matemática da frase)

                            F = G m. m’ /d2 (não há erros nela, porque presumivelmente a igualdade se estabelece mesmo em todo instante).

O tratamento no plano das tecnociências seria mais frouxo do que no da Matemática. O uso do retângulo indicaria não se tratar de geo-algébrica, quer dizer, de lógica-matemática ampla.

Vitória, terça-feira, 09 de novembro de 2004.

Dois Grandes Problemas e Duas Fantásticas Soluções

 

                            As pessoas não raciocinam como os seres humanos se formaram, porém o modelo tem pedido que façamos isso insistentemente, para melhor entendermos de onde viemos, o que somos e para onde vamos, pois o que forma o futuro são os problemas ENFRENTADOS e RESOLVIDOS. Quanto mais problemas, e mais problemas resolvidos, mais e melhor futuro se alcança. O futuro que alcançamos neste presente do passado nos trouxe até aqui, mas não promete nos levar mais adiante que o esgotamento potencial dessas soluções – quer dizer, soluções velhas só permitem acessar o velho, o passado. Só soluções novas dão garantia quanto ao futuro.

                            Quanto mais penso nos problemas que nossos antepassados enfrentaram mais me admiro que pudessem tê-lo feito e principalmente que tivessem vencido os desafios. É difícil arranjar conhecimentos, gente, recursos materiais, energéticos e materenergéticos (informacionais) para um MEGACONSTRUÇÃO, como as que vem sendo mostradas no Canal Discovery, só que hoje sabemos nos organizar. Já eles, estavam nos primórdios, não apenas construindo como também criando as próprias ferramentas de construção, porque nada existia. As coisas não eram fáceis para eles. Que tivessem encontrado forças antes mesmo do alvorecer da civilização, seis mil anos atrás, até mesmo para SE PROPOREM ENFRENTAR esses dois grandes problemas já me deixa espantadíssimo. Temos de aplaudi-los, pois vindos lá de trás precisavam produzir e organizar desde as bases as psicologias ou almas ou razões/emoções humanas de modo a elas empreenderem ou trabalharem conjuntamente. Quase não estudamos aqueles tempos, mesmo na Magia/Arte, digamos no Cinema. É um espanto total, esse desprezo pela Antiguidade, como se ela fosse estúpida; só parece quando vista descuidadamente de agora – cada foi realmente era o limite dianteiro do passado, porisso mesmo espertíssima.

                            Vai daí que os dois grandes grupos que prepararam a pré-civilização a partir das pós-cavernas, das pré-cidades e das primeiras cidades (Jericó foi a primeira, dizem os tecnocientistas – até agora) tenham sido não apenas os primeiros construtores, mas os fomentadores de tudo que somos e podemos ser. Tanto no Egito quanto na Mesopotâmia eles foram grandes, embora não haja nenhuma estátua reconhecendo isso, o que é uma pena.

DELTA DO NILO NA ANTIGUIDADE (como eles o viram pela primeira vez? Quando depararam com ele, parecia um mundo, e era, maior do que qualquer coisa que tinham visto antes)


UM GRANDE PROBLEMA ANTIGO (deu lugar ao Egito, uma das duas grandes luzes do passado) – delta do Nilo = ∆N. Só que era o páleo-delta do páleo-Nilo, um pouco diferentes do que vemos em nossos dias.

a) em fotografia:


                            Que potências eles reuniram? Não somente para eles, naqueles trabalhos que ensejaram e criaram nossa idéia de futuro, de que era possível prosseguir e tentar outras grandezas; para nós também, pois foram nossos fundamentos que fincaram por lá, ao enfrentarem os pantanais ou lodaçais ou pauís da região, os lugares palustres infestados de mosquitos, com cobras, com jacarés, com todo tipo de dano possível. Centenas de milhares devem ter morrido de malária, de picadas de cobras, de mordidas dos bichos de lá. Os esqueletos deles fizeram o nosso passado, o passado que nos trouxe até agora. Quando aqueles caras lá decidiram enfrentar o pantanal para esgotá-lo, não se deixando vencer pelas adversidades, eles plantaram nossa independência de agora. Quantas centenas de milhares tiveram de ser reunidas para que fosse possível prosseguir? Quantos milhares de anos labutaram eles?

                            O caso é que, visto do presente, onde há muito mais novidades, aquele tempo parece muito parado. Na realidade deve ter sido agitadíssimo, como nunca tinha sido, verdadeira frente revolucionária de ondas da criação, tremendo burburinho, agitação frenética, grandiosidade.

b) em desenho ou mapa:


                            Os criadores do Egito e da Suméria antigos não tinham pás, nem tratores nem juntas de bois, quase nada mesmo. Era feito tudo com as mãos ou com pouquíssimas ferramentas, muito primitivas.      

O QUE PROVA QUE O DELTA DO TIGRE E DO EUFRATES FICAVA MUITO MAIS PARA DENTRO (lá na Mesopotâmia, Suméria). O delta de então devia estar centenas de quilômetros para dentro. Seria preciso saber, tanto num caso quanto noutro, sondando os fundos lodosos de agora e as terras secas em busca das profundidades; e medir precisamente.


E OUTRO IGUALMENTE GRANDE (na Mesopotâmia, entre o Tigre e o Eufrates, que de modo algum se pareciam com o que pode ser visto lá no Iraque hoje).


O DESENVOLVIMENTO PROPORCIONADO


Eles andavam metro quadrado por metro quadrado, ganhando tudo palmo a palmo. Comparativamente em relação à pobreza dos recursos tanto materiais quanto humanos aquela gente fez mais que nós. Talvez as soluções que nos legaram sejam em conjunto maior que a herança que estamos deixando para nossos sucessores. O orgulho não deve nos cegar.

Vitória, sexta-feira, 19 de novembro de 2004.

Distâncias da Forquilha Invisível ao Mar Oriental

 

                            OLHANDO MAIS UMA VEZ


                            QUADRO DAS DISTÂNCIAS (a cada cinco graus de latitude)          

GRAUS (º)
DISTÂNCIAS (EM KM)
10º norte
1.200
5º norte
1.300
Equador
700
5º sul
300
10º sul
700

Determinar essas distâncias é importantíssimo, porque nos diz da chance de os primatas (talvez não), os hominídeos (com certeza sim) terem encontrado o mar mais cedo ou mais tarde. Pois o mar não era como os rios e os lagos, o mar era infinito e incontornável, inconquistável, soberano. Não se podia ver a margem do outro lado, nem se sabia se existia, e, mormente, não se podia contornar. Foi uma ducha de água fria no calor da conquista hominídea. Deve tê-los apavorado de um modo que nem podemos sonhar. O primeiro aviso de que o universo não era humano, de que os racionais não podem chegar ao infinito. Deve ter arrefecido poderosamente a ânsia de conquista, mas, você sabe, eles prosseguiram. Como é que o fizeram? Foram levados por vários caminhos (os Quatro Povos, menos o Povo da Forquilha, que permaneceu e nunca viu o mar, por assim dizer) para baixo, para a esquerda, para cima e a esquerda, para cima e a direita, esta a Civilização da Margem Direita que nos deu origem, até o mar destruidor de toda ilusão.

Contando até a divisão entre o Golfo de Aden e o Mar Vermelho são 3,9 mil km de interface com o mar - não nos fixando nas reentrâncias -, distância que é grosso modo metade dos 8,5 mil km de costas brasileiras.

Eles andavam e andavam e nunca conseguiam contornar o mar.

Isso deve tê-los abatido demais, de um modo extremo que nunca mais sentimos; onde foram encontrar forças para prosseguir eu não sei. Era gente valente que não se deixava abater nem pelo infinito. E nós que pensávamos que nossos antepassados eram coiós!
Vitória, quinta-feira, 18 de novembro de 2004.

Distância da Forquilha aos Lagos

 

                            OUTRA VEZ A FORQUILHA


A ponta da Linha Esquerda fica no Malaui a 10º 08’ S e 38º 36’ L, enquanto a ponta da Linha Direita fica na Tanzânia a 7º 42’ S e 36°13’ L, coisa de 370 km em linha reta uma da outra. Em linha reta ficam respectivamente a 1.100 e 370 km do equador. Das pontas até o Vitória distam 830 e 670 km respectivamente em linha reta. O centro geométrico do Lago Vitória parece ficar a 1º S e a 33º L, o que é bem próximo do centro geométrico da Forquilha, uma tremenda coincidência. Portanto, parece que a Natureza colocou o lago bem no centro da fervura, como uma panela quente numa forquilha de cozimento.

OLHANDO NOVAMENTE O VITÓRIA


Não apenas colocou a fissura ali, como colocou o Vitória pegando no equador, de modo a promover a oscilação que iria criar o nomadismo; além disso, colocou o Vitória bem no centro geométrico da Forquilha, porisso esse imenso lago de quase 70 mil km2 nos interessa muito de perto e podemos gastar um tempo largo admirando suas qualidades, avaliando suas LAL’s (longitudes, altitudes, latitudes), o tipo de água que tem, a vida que dispõe, o tipo de alimentação (sem falar que o Nilo, grandemente importante para a criação da Civilização da Margem Direita, nasce ali) que fornece, a transparência do ar, a espécie de mata e assim por diante. Um levantamento completo deve ser feito, remontando-se às várias fases do páleo-Vitória.

É tudo muito extraordinário.

Vitória, quarta-feira, 17 de novembro de 2004.

Astronomia na Forquilha

 

                            A astronomia foi, NECESSARIAMENTE, construção dos homens, porque no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens pressupomos que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) ficavam na caverna coletando. Não tinham motivo para observar o Sol, a Lua, as estrelas e determinar os movimentos da Terra, PORQUE VIVIAM PONTUALMENTE, isto é, no ponto-caverna, e quando saíam eram conduzidas pelos homens (machos e pseudofêmeas; claro, só pelos machos, pseudofêmeas não têm filhos comas fêmeas – se tivessem uma nova espécie teria sido criada; é porisso que não devem ter, mesmo hoje) para construir vida-racional em volta de outras cavernas. Eram os homens que andavam em linha para frente e tinham de guardar caminho de ida e de volta, marcando as trilhas nas árvores e criando o primeiro sistema de códigos para tal; e olhando as estrelas, o Sol e nosso satélite de modo a correlacioná-los com as estações (astronomia grosseira de 4), os meses (astronomia média de 12) e os dias (astronomia fina de 365).

                            Então, na medida em que - em volta da Forquilha e do Lago Vitória, e depois na Margem Direita (do Nilo) e mais além - os HOMENS precisavam ir e vir criaram a astronomia; não foram as mulheres, embora elas tivessem criado quase todo o resto (exceto os cachorros de boca grande, os instrumentos de caça e outras coisas que os homens protegiam zelosamente delas). Então, os homens ao mesmo tempo iam onde queriam ir e iam cada vez mais longe; ao mesmo tempo mantinham as mulheres prisioneiras, dado que se elas saíssem se perderiam. Tal conhecimento, seguramente, foi mantido como segredo por largos milênios (é porisso que só agora as mulheres estão entrando na astronomia e outras ciências que os homens reservaram para si).

                            Ademais – é da lógica – as mulheres ficavam nas cavernas, onde o céu estava sempre oculto, pois havia teto ou abóbada; assim, elas e as meninas nunca ficavam sabendo daquele conhecimento escondido. Ao passo que os meninos depois do rito de passagem aos 13 anos entravam num mundo novo e maravilhoso, assombroso, de saber se guiar de dia e de noite, nas caçadas; isso deve ter lhes dado sentimentos exultantes, com o quê se distanciavam das mulheres, consideradas desde então inferiores em saber. Esse foi um dos saberes novos - exclusivamente masculinos - que serviu para separar o par fundamental, colocando essa distância incrível que só em nossos tempos vem de diminuir um pouco.

                            Em se tratando de viagens as mulheres estiveram sempre impotentes diante dos homens. Dos quais, nisso, dependiam para tudo. Assim, o mundo fora das cavernas era em mais de um sentido mundo dos homens: estava LÁ, lá-fora, lá-longe. LÁ não era lugar das mulheres. Elas nunca ousavam sair. Pois foram pelas circunstâncias criadas fechadas dentro dos volumes das cavernas. O MUNDO EXTERIOR, perigoso e incógnito, nunca era delas, era sempre doação dos homens.

ASTRONOMIA DA FORQUILHA (quer dizer, as observações desde essa base – rastros disso devem existir nas primeiras formulações, como nome de constelações, etc.)


O CENTRO NO LAGO VITÓRIA


Ora, as duas primeiras bases-astronômicas não foram o Egito (Civilização da Margem Direita, antes de Jericó-Jerusalém, antes de 11 mil anos atrás), nem a Mesopotâmia, depois dos primeiros esgotamentos dos pauis ou pântanos; foram aqueles dois espaçotempos, recuados muito milhares de anos no sentido do passado hominídeo e do passado sapiens (de EMAY, Eva Mitocondrial + Adão Y, o par fundamental neandertal de 200 mil anos para cá; mas não dos cro-magnons, que já foram formados na Europa e na Ásia, desde 80 ou 70 mil anos para cá; ESSA ASTRONOMIA é não-africana).

UM QUADRO ASTRONÔMICO

SAPIENS
TEMPO
BASE ASTRONÔMICA (território de onde se olhava)
Neandertais de EMAY
(Africanos de origem)
200 a 116 mil anos atrás (quando começou a Glaciação de Wisconsin e mudou tudo) e depois até o Limite Cro-Magnon, digamos assim
Forquilha
Lago Vitória
Civilização da Margem Direita e os outros Quatro Povos.
Mesopotâmia

Cro-magnons (eurasiáticos de origem)
De 80 e 70 mil anos para cá (só muito depois de volta à África)
Europa e Ásia

Isso é muito diferente do quadro simplório de antes.

Eis que as coisas vão ficando cada vez mais emocionantes.

O quê eles olhavam? O que viam? Que nomes deram às estrelas e constelações? Como se guiavam por elas? Representações disso devem estar ainda nas cavernas da Forquilha e do Lago Vitória, bem como nas redondezas, mais ao norte ou ao sul. Há restos disso em nossa Astronomia geral?

Vitória, sábado, 13 de novembro de 2004.

Astronomia dos Cro-Magnons

 

                            Já vimos neste Livro 101, no texto Astronomia na Forquilha, que os neandertais descendentes de EMAY (Eva Mitocondrial + Adão Y) se desenvolveram astronomicamente PELO LADO DOS HOMENS, nunca pelo lado das mulheres.

A FAIXA DE BASE DA ASTRONOMIA DOS NEANDERTAIS (astronomia de base africana – as constelações e as estrelas que vão ser referidas são as vistas de lá)


A FAIXA DE BASE DA ASTRONOMIA DOS CRO-MAGNONS (sendo europeus-asiáticos eles tiveram uma base totalmente distinta)


                            A dos neandertais, herdeira daquela dos hominídeos, começou há 200 mil anos, quando EMAY apareceu; a dos cro-magnons há 80 ou 70 mil anos, quando eles surgiram. Uma é africana e tropical, outra é euro-asiática e gelada. Os espíritos que olham são distintos. Uma não deve nada à outra, porque os CM foram criados nos gelos da Glaciação de Wisconsin. Por conseguinte, se os conhecimentos anteriores eram comuns, as astronomias são completamente diferentes. Uma, a africana, serve às muitas colheitas do ano inteiro; outra, a euro-asiática, ao tráfego no frio extremo, com apenas seis meses para circular. Se as motivações são diferentes os jeitos de fazer também se tornam distintos. Assim, os observatórios N que se espalharam por toda a Europa-Ásia até 115 mil anos atrás e estiveram sempre na África não se parecerão em nada com os CM de depois de 80/70 mil anos atrás na Europa e Ásia. Mais tarde, claro, com a civilização eles se juntaram; mas como eram separados nas origens com toda certeza traçaram linhas que podem ser rastreadas. Os conhecimentos que detinham serão insignificantes perto dos nossos, mas não o fato de que através dessas duas linhas separadas podemos provar a tese, se ela é verdadeira.

                            Vitória, sábado, 13 de novembro de 2004.

As Posições das Cavernas

 

                            Se você seguiu o Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens terá sentido a importância fundamental das cavernas para tudo que foi feito depois pelos sapiens. As cavernas nos conformaram (ou des-conformaram, tiraram da fôrma antiga) para o desenvolvimento civilizatório.

Então, olhar as cavernas é fundamental.

DE OLHO NAS CAVERNAS

QUANTO À (AO):
TIPOS
Água para beber e outros usos
Com minas próximas ou distantes
Alimentação
Com fontes de coleta e caça próximas ou distantes
Altura da linha mais baixa da boca desde o solo
Pequena, média ou grande
Boca
a)      Desde para baixo, buraco, até para cima, no teto: 180°;
b)     Desde para a esquerda (em relação à estrada que chega), até para a direita, idem;
Cova interior
Abauladas ou não, grandes ou pequenos volumes
Dimensão da boca
Alta ou baixa, larga ou estreita
Iluminação
Natural ou artificial, quando descobriram o fogo
Linha que vai até o fundo
Inclinação para cima 45º ou para baixo outro tanto
Metade para trás
Para cima e para baixo, como acima
Ondeamento ou não, com poças ou não
Ninguém encomendava caverna no “consórcio de cavernas”, nem mandava construir (muitos tipos)
Plano do assoalho (não é como construir casa - tinham de pegar o que estava disponível)
De cada lado, como acima, formando uma crista no centro
Presença ou não de água interior, com ou sem buraco para saída das fumaças e odores
(Sem saída dos defumadores as pessoas poderiam facilmente sufocar)
Reentrâncias para estocagem
(As mulheres precisavam guardar o que fosse colhido; a seco)

                            A SEQÜÊNCIA

1.       Entrada nas cavernas;

2.       Mais e mais foram agregadas;

3.      Aborbulhamento interior;

4.      Pós-cavernas;

5.      Pré-cidades;

6.      Antigas cidades (os tecnocientistas dizem que a primeira foi Jericó, mas dificilmente poderia ter sido).

Ora, as cavernas eram cobiçadíssimas, mais que as casas atuais, que podem ser construídas; as mulheres de então ficavam mais doidas para conseguí-las que as mulheres de agoraqui. Era verdadeiro patrimônio tribal inviolável. Ficavam verdadeiramente zuretas, alucinadas se eram ameaçadas de perda. Muitas guerras-de-cavernas devem ter sido travadas, porque a quantidade era fixa e os sapiens estavam sempre se expandindo, crescendo desmesuradamente em número. As cavernas, pelo contrário, raramente aumentavam de número, se não diminuíam em razão dos desabamentos e das oclusões ou fechamentos por terremotos ou enchentes. Quando acontecia de uma desaparecer, desalojando os moradores, estes tentavam tomar as dos outros, gerando inevitavelmente conflitos pavorosos (lembre-se, antes não existiam guerras organizadas).

As cavernas não eram essas coisas simples que nos apresentaram PORQUE os seres humanos nunca foram simples, eram complexas psicologias, tanto quanto agora ou até mais, porque estávamos no princípio.

É preciso estudá-las com afinco.

Vitória, sexta-feira, 19 de novembro de 2004.