Dois Grandes
Problemas e Duas Fantásticas Soluções
As pessoas não
raciocinam como os seres humanos se formaram, porém o modelo tem pedido que
façamos isso insistentemente, para melhor entendermos de onde viemos, o que
somos e para onde vamos, pois o que forma o futuro são os problemas ENFRENTADOS
e RESOLVIDOS. Quanto mais problemas, e mais problemas resolvidos, mais e melhor
futuro se alcança. O futuro que alcançamos neste presente do passado nos trouxe
até aqui, mas não promete nos levar mais adiante que o esgotamento potencial
dessas soluções – quer dizer, soluções velhas só permitem acessar o velho, o
passado. Só soluções novas dão garantia quanto ao futuro.
Quanto mais penso
nos problemas que nossos antepassados enfrentaram mais me admiro que pudessem
tê-lo feito e principalmente que tivessem vencido os desafios. É difícil
arranjar conhecimentos, gente, recursos materiais, energéticos e
materenergéticos (informacionais) para um MEGACONSTRUÇÃO, como as que vem sendo
mostradas no Canal Discovery, só que hoje sabemos nos organizar. Já eles,
estavam nos primórdios, não apenas construindo como também criando as próprias
ferramentas de construção, porque nada existia. As coisas não eram fáceis para
eles. Que tivessem encontrado forças antes mesmo do alvorecer da civilização,
seis mil anos atrás, até mesmo para SE PROPOREM ENFRENTAR esses dois grandes
problemas já me deixa espantadíssimo. Temos de aplaudi-los, pois vindos lá de
trás precisavam produzir e organizar desde as bases as psicologias ou almas ou
razões/emoções humanas de modo a elas empreenderem ou trabalharem
conjuntamente. Quase não estudamos aqueles tempos, mesmo na Magia/Arte, digamos
no Cinema. É um espanto total, esse desprezo pela Antiguidade, como se ela
fosse estúpida; só parece quando vista descuidadamente de agora – cada foi
realmente era o limite dianteiro do passado, porisso mesmo espertíssima.
Vai daí que os dois
grandes grupos que prepararam a pré-civilização a partir das pós-cavernas, das
pré-cidades e das primeiras cidades (Jericó foi a primeira, dizem os
tecnocientistas – até agora) tenham sido não apenas os primeiros construtores,
mas os fomentadores de tudo que somos e podemos ser. Tanto no Egito quanto na
Mesopotâmia eles foram grandes, embora não haja nenhuma estátua reconhecendo
isso, o que é uma pena.
DELTA
DO NILO NA ANTIGUIDADE
(como eles o viram pela primeira vez? Quando depararam com ele, parecia um
mundo, e era, maior do que qualquer coisa que tinham visto antes)
UM
GRANDE PROBLEMA ANTIGO
(deu lugar ao Egito, uma das duas grandes luzes do passado) – delta do Nilo =
∆N. Só que era o páleo-delta do páleo-Nilo, um pouco diferentes do que vemos em
nossos dias.
a) em fotografia:
Que potências eles
reuniram? Não somente para eles, naqueles trabalhos que ensejaram e criaram
nossa idéia de futuro, de que era possível prosseguir e tentar outras grandezas;
para nós também, pois foram nossos fundamentos que fincaram por lá, ao
enfrentarem os pantanais ou lodaçais ou pauís da região, os lugares palustres
infestados de mosquitos, com cobras, com jacarés, com todo tipo de dano
possível. Centenas de milhares devem ter morrido de malária, de picadas de
cobras, de mordidas dos bichos de lá. Os esqueletos deles fizeram o nosso
passado, o passado que nos trouxe até agora. Quando aqueles caras lá decidiram
enfrentar o pantanal para esgotá-lo, não se deixando vencer pelas adversidades,
eles plantaram nossa independência de agora. Quantas centenas de milhares
tiveram de ser reunidas para que fosse possível prosseguir? Quantos milhares de
anos labutaram eles?
O caso é que, visto
do presente, onde há muito mais novidades, aquele tempo parece muito parado. Na
realidade deve ter sido agitadíssimo, como nunca tinha sido, verdadeira frente
revolucionária de ondas da criação, tremendo burburinho, agitação frenética,
grandiosidade.
b) em desenho ou mapa:
Os criadores do
Egito e da Suméria antigos não tinham pás, nem tratores nem juntas de bois,
quase nada mesmo. Era feito tudo com as mãos ou com pouquíssimas ferramentas,
muito primitivas.
O
QUE PROVA QUE O DELTA DO TIGRE E DO EUFRATES FICAVA MUITO MAIS PARA DENTRO (lá na Mesopotâmia, Suméria). O delta
de então devia estar centenas de quilômetros para dentro. Seria preciso saber,
tanto num caso quanto noutro, sondando os fundos lodosos de agora e as terras
secas em busca das profundidades; e medir precisamente.
E
OUTRO IGUALMENTE GRANDE
(na Mesopotâmia, entre o Tigre e o Eufrates, que de modo algum se pareciam com
o que pode ser visto lá no Iraque hoje).
O
DESENVOLVIMENTO PROPORCIONADO
Eles andavam metro quadrado por metro
quadrado, ganhando tudo palmo a palmo. Comparativamente em relação à pobreza
dos recursos tanto materiais quanto humanos aquela gente fez mais que nós.
Talvez as soluções que nos legaram sejam em conjunto maior que a herança que
estamos deixando para nossos sucessores. O orgulho não deve nos cegar.
Vitória, sexta-feira, 19 de novembro
de 2004.