segunda-feira, 7 de agosto de 2017


Astronomia na Forquilha

 

                            A astronomia foi, NECESSARIAMENTE, construção dos homens, porque no Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens pressupomos que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) ficavam na caverna coletando. Não tinham motivo para observar o Sol, a Lua, as estrelas e determinar os movimentos da Terra, PORQUE VIVIAM PONTUALMENTE, isto é, no ponto-caverna, e quando saíam eram conduzidas pelos homens (machos e pseudofêmeas; claro, só pelos machos, pseudofêmeas não têm filhos comas fêmeas – se tivessem uma nova espécie teria sido criada; é porisso que não devem ter, mesmo hoje) para construir vida-racional em volta de outras cavernas. Eram os homens que andavam em linha para frente e tinham de guardar caminho de ida e de volta, marcando as trilhas nas árvores e criando o primeiro sistema de códigos para tal; e olhando as estrelas, o Sol e nosso satélite de modo a correlacioná-los com as estações (astronomia grosseira de 4), os meses (astronomia média de 12) e os dias (astronomia fina de 365).

                            Então, na medida em que - em volta da Forquilha e do Lago Vitória, e depois na Margem Direita (do Nilo) e mais além - os HOMENS precisavam ir e vir criaram a astronomia; não foram as mulheres, embora elas tivessem criado quase todo o resto (exceto os cachorros de boca grande, os instrumentos de caça e outras coisas que os homens protegiam zelosamente delas). Então, os homens ao mesmo tempo iam onde queriam ir e iam cada vez mais longe; ao mesmo tempo mantinham as mulheres prisioneiras, dado que se elas saíssem se perderiam. Tal conhecimento, seguramente, foi mantido como segredo por largos milênios (é porisso que só agora as mulheres estão entrando na astronomia e outras ciências que os homens reservaram para si).

                            Ademais – é da lógica – as mulheres ficavam nas cavernas, onde o céu estava sempre oculto, pois havia teto ou abóbada; assim, elas e as meninas nunca ficavam sabendo daquele conhecimento escondido. Ao passo que os meninos depois do rito de passagem aos 13 anos entravam num mundo novo e maravilhoso, assombroso, de saber se guiar de dia e de noite, nas caçadas; isso deve ter lhes dado sentimentos exultantes, com o quê se distanciavam das mulheres, consideradas desde então inferiores em saber. Esse foi um dos saberes novos - exclusivamente masculinos - que serviu para separar o par fundamental, colocando essa distância incrível que só em nossos tempos vem de diminuir um pouco.

                            Em se tratando de viagens as mulheres estiveram sempre impotentes diante dos homens. Dos quais, nisso, dependiam para tudo. Assim, o mundo fora das cavernas era em mais de um sentido mundo dos homens: estava LÁ, lá-fora, lá-longe. LÁ não era lugar das mulheres. Elas nunca ousavam sair. Pois foram pelas circunstâncias criadas fechadas dentro dos volumes das cavernas. O MUNDO EXTERIOR, perigoso e incógnito, nunca era delas, era sempre doação dos homens.

ASTRONOMIA DA FORQUILHA (quer dizer, as observações desde essa base – rastros disso devem existir nas primeiras formulações, como nome de constelações, etc.)


O CENTRO NO LAGO VITÓRIA


Ora, as duas primeiras bases-astronômicas não foram o Egito (Civilização da Margem Direita, antes de Jericó-Jerusalém, antes de 11 mil anos atrás), nem a Mesopotâmia, depois dos primeiros esgotamentos dos pauis ou pântanos; foram aqueles dois espaçotempos, recuados muito milhares de anos no sentido do passado hominídeo e do passado sapiens (de EMAY, Eva Mitocondrial + Adão Y, o par fundamental neandertal de 200 mil anos para cá; mas não dos cro-magnons, que já foram formados na Europa e na Ásia, desde 80 ou 70 mil anos para cá; ESSA ASTRONOMIA é não-africana).

UM QUADRO ASTRONÔMICO

SAPIENS
TEMPO
BASE ASTRONÔMICA (território de onde se olhava)
Neandertais de EMAY
(Africanos de origem)
200 a 116 mil anos atrás (quando começou a Glaciação de Wisconsin e mudou tudo) e depois até o Limite Cro-Magnon, digamos assim
Forquilha
Lago Vitória
Civilização da Margem Direita e os outros Quatro Povos.
Mesopotâmia

Cro-magnons (eurasiáticos de origem)
De 80 e 70 mil anos para cá (só muito depois de volta à África)
Europa e Ásia

Isso é muito diferente do quadro simplório de antes.

Eis que as coisas vão ficando cada vez mais emocionantes.

O quê eles olhavam? O que viam? Que nomes deram às estrelas e constelações? Como se guiavam por elas? Representações disso devem estar ainda nas cavernas da Forquilha e do Lago Vitória, bem como nas redondezas, mais ao norte ou ao sul. Há restos disso em nossa Astronomia geral?

Vitória, sábado, 13 de novembro de 2004.

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