Termomecânica das
Flechas
Já disse que falam
muito pouco das flechas (cometas e meteoritos). Por exemplo, no Atlas da Terra (As Forças que Formam e
Moldam Nosso Planeta), São Paulo, Martins Fontes, 1994, de Susanna van Rose
(ilustrado por Richard Bonson) é mostrado na p. 8 desenho de um meteorito caindo
na Terra: há uma linha branca e em baixo se vê gotas do que parece matéria
quente espirrando devido ao impacto.
Já vimos que há uma
componente vertical que balança o planeta e o faz borbulhar, incrementando
muita energia ao sistema, e outra horizontal que faz as placas andarem nalguma
direção-sentido. Mas, é só isso? Claro que não! É muito mais.
MUITO, MUITO MAIS
·
Quanto
é transformado em calor, segundo as várias espécies de flechas? Quanto queima a
atmosfera e se propaga em incêndios devastadores?
·
Quanto
em som (deve ser ensurdecedor – quem sobreviva vai ficar surdo a distâncias
grandes);
·
Quão
longe vão os respingos?
·
Como
é quando cai em terra (sobe poeira), no mar (sobe água) ou na interface (sobe
lama)?
·
Quanto
do objeto que sofre o impacto se transforma em novas flechas, que se espalham
ali mesmo ou no espaço exterior?
·
Qual
é o ritmo de formação da Bola de Gelo e da Bola de Fogo (quer dizer, das
glaciações e dos esquentamentos) posteriores?
·
Quanto
é destruído em cada círculo, quando se distancie do foco?
·
Quanto
abala e em que profundidade? Buracos de que tamanhos ficam?
·
Quanto
magma de baixo vaza em razão das fraturas?
·
etc.,
outras perguntas que você saberá fazer.
Em resumo, as flechas são
superinteressantes, mas transformaram-nas em coisas banais. Que pudessem fazer
isso com algo tão fundamental (baseei nelas toda uma seqüência de pensamentos
na Teoria dos Lobatos e na Teoria das Flechas) nos diz quanto do mundo ainda
está por descobrir. Creio que há nelas divertimento para décadas.
Vitória, terça-feira,
02 de novembro de 2004.