Tem um Zenão...
Tem um senão...
No formidável livro Cálculo I, 4ª. Edição, São Paulo,
Pioneira, 2003, o autor James Stewart diz na página 6: “No século V a.C. o
filósofo grego Zenon propôs quatro problemas, hoje conhecidos como Paradoxos de Zenon, com o intuito de
desafiar algumas idéias correntes em sua época sobre espaço e tempo”. E na
página 8: “(...) Zenon argumentava que não fazia sentido somar um número
infinito de números”.
Embora tenham desde
já dois séculos tratado os paradoxos com cálculo, a questão persiste, porque as
pessoas continuam a tratar o não-finito com extrema liberalidade – é infinito
para lá, é infinito para cá, é infinito para todo lado. Ora, Zenão estava
prevenindo a todos nós de que não misturássemos o REAL com o VIRTUAL, por exemplo,
as coisas palpáveis, que podemos apertar, com nossas idéias sobre elas, digamos
as idéias matemáticas, por sua rede lógica - o que voltaram a fazer com as
fractais.
A COSTA DA INGLATERRA NÃO É FRACTAL (em algum lugar
pára de descer – nas dimensões de Planck)
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
AS
[SUPERFÍCIES] FRACTAIS NÃO PODEM SER HABITADAS (a não ser por seres também fractais – seria muito difícil estabelecer
propriedades lá)
![]() |
Em resumo: vencer a irracionalidade
não é fácil. Nem dois mil e quinhentos anos foram bastante.
Seria muito interessante ver a marcha
do anti-Zenão através da geo-história em todas as tentativas impróprias de
lidar com o não-finito. Fazer um livro acompanhando isso seria formidável e poderia
ser usado em muitos cursos, dos de ciências aos de filosofia, artes e outros.
Vitória, terça-feira,
02 de novembro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário