domingo, 6 de agosto de 2017


Tem um Zenão...

 

                            Tem um senão...

                            No formidável livro Cálculo I, 4ª. Edição, São Paulo, Pioneira, 2003, o autor James Stewart diz na página 6: “No século V a.C. o filósofo grego Zenon propôs quatro problemas, hoje conhecidos como Paradoxos de Zenon, com o intuito de desafiar algumas idéias correntes em sua época sobre espaço e tempo”. E na página 8: “(...) Zenon argumentava que não fazia sentido somar um número infinito de números”.

                            Embora tenham desde já dois séculos tratado os paradoxos com cálculo, a questão persiste, porque as pessoas continuam a tratar o não-finito com extrema liberalidade – é infinito para lá, é infinito para cá, é infinito para todo lado. Ora, Zenão estava prevenindo a todos nós de que não misturássemos o REAL com o VIRTUAL, por exemplo, as coisas palpáveis, que podemos apertar, com nossas idéias sobre elas, digamos as idéias matemáticas, por sua rede lógica - o que voltaram a fazer com as fractais.

                            A COSTA DA INGLATERRA NÃO É FRACTAL (em algum                               lugar pára de descer – nas dimensões de Planck)

 

AS [SUPERFÍCIES] FRACTAIS NÃO PODEM SER HABITADAS (a não ser           por seres também fractais – seria muito difícil estabelecer            propriedades lá)


Em resumo: vencer a irracionalidade não é fácil. Nem dois mil e quinhentos anos foram bastante.

Seria muito interessante ver a marcha do anti-Zenão através da geo-história em todas as tentativas impróprias de lidar com o não-finito. Fazer um livro acompanhando isso seria formidável e poderia ser usado em muitos cursos, dos de ciências aos de filosofia, artes e outros.
Vitória, terça-feira, 02 de novembro de 2004.

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