sexta-feira, 7 de julho de 2017


Os Aquíferos nas Páleo-Fozes dos Lobatos

 

                            Agora temos uma explicação para a existência dos aqüíferos: é água empoçada nas páleo-fozes.

                            A REGRA É ASSIM

1.       Um continente-placa se separa de outro;

2.       Os crátons, os esqueletos de formação, são as únicas coisas visíveis acima d’água no início;

3.      Um ARCO de montanhas aparece (à esquerda ou à direita, acima ou abaixo – segundo as várias condições de formação estudadas logo de da formulação inicial do modelo);

4.      O arco de um lado e os crátons do outro têm no meio um Lobato, o canal geral que se forma entre ambos (em toda parte é assim);

5.      O canal começa a ser arqueado e a aparecer acima da linha d’água;

6.      Enquanto tal não se dá os páleo-rios continuam depositando nas páleo-fozes, inclusive material orgânico e água doce;

7.       Parte se mistura com a água salgada, e ambas pegam características contrárias;

8.      Uma parte é guardada nos subterrâneos.

Não é só o Aquífero Guarani entre Paraguai, Argentina e Brasil que existe; inúmeros outros devem ter se formado no imenso Lobato da América do Sul (LAS), que devia ter mais de oito milhões de km2. E do mesmo modo em cada placa continental vários deles, de modo que o mundo, de fato, deve estar coalhado de aqüíferos. Dado que são pelo menos 10 Lobatos em terra e mais uns 20 no mar (lembre-se que, nestes casos, são águas ainda mais antigas, primevas mesmo), cada um contando com vários aqüíferos, deve passar de 100 reservas no mundo inteiro, com muitos milhares de km3 de água potável guardada.

Vitória, segunda-feira, 02 de agosto de 2004.

O Ultrapassamento de um Século de Pessimismos

 

                            No livro já citado de Lou Marinoff (Mais Platão Menos Prozac, 5ª edição, Rio de Janeiro, Record, 2002), ele diz na página 97: “O teorema da não-completude de Godel demonstrou que há teoremas que nunca seremos capazes de confirmar ou refutar – por conseguinte, algumas questões em matemática nunca serão respondidas”.

                            Na realidade é Godel, Kurt Godel (1906-1978. Matemático americano nascido na Áustria. Demonstrou, em 1931, que, nos sistemas matemáticos, a completude é incompatível com a consistência. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.).

                            UM QUADRO DE PESSIMISTAS                     

PESQUI-SADOR
NACIONA-LIDADE
CAMPO
ÍNDICE DE PESSIMISMO
Einstein, Albert
Alemã
Física
O universo é limitado quanto ao tráfego de informação-comunicação (o índice de limitação é “c”)
Godel, Kurt
Austríaca
Matemática
Não-fechamento das equações (o universo que vemos não existe e Deus, solução fechada, está morto e enterrado – passado, presente e futuro)
Heisenberg, Werner
Alemã
Física
Incerteza probabilístico-estatística dos fundamentos (se o universo se dissolve na base a superestrutura é ficção útil)
Sartre, Jean-Paul
Francesa
Filosofia
O mundo é totalmente fenomênico e a métrica de cada um é a existência exposta (não há nenhum Deus fora do fazer)

                            Heisenberg (1901-1976. Físico alemão. Um dos principais pensadores do século XX, formulou o princípio da incerteza, de grande influência sobre a física atômica e nuclear. Prêmio Nobel de 1932 ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.), Einstein (1879-1955. Físico alemão. Um dos maiores cientistas do século XX, criador de teorias revolucionárias como a da relatividade. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.), Sartre (1905-1980. Escritor e filósofo francês. Conhecido como um dos principais representantes da doutrina existencialista. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.), Godel e outros.

                            Não pense que se pode zombar deles. Assim como Zenão de Eléia (c.490-c.430 a.C.. Filósofo e matemático grego. Pré-socrático, discípulo de Parmênides, ganhou fama sobretudo por seus paradoxos sobre o movimento. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.) a seu tempo colocou o fim da civilização grega (que demorou ainda vários séculos até ruir) estes de cima e outros colocaram o fim da civilização humana (neste caso irão passar-se apenas décadas). A anti-solução deles é MUITO MAIS profunda do que a de Zenão e obviamente exige pensamento muito mais agudo. Eis uma boa diversão para este século XXI que está se iniciando, encontrar as soluções das anti-soluções, quer dizer, desses agudíssimos problemas.

                            Vitória, segunda-feira, 26 de julho de 2004.

O Que Lou Disse de Assombroso

 

                            Gostei do livro de Lou Marinoff (Mais Platão Menos Prozac, 5ª edição, Rio de Janeiro, Record, 2002). Nele há esta passagem no mínimo divertida (p. 71): “Praticar filosofia significa explorar o seu universo interior”, o que mostra que ele é filósofo, mas não grande filósofo, não se situando entre os maiores (isso não o desmerece; ele está fazendo uma grande coisa).

                            Eis o Conhecimento: Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica; e a Matemática. A Filosofia geral, obviamente, se refere aos outros pólos altos e baixos todos, tendo íntima ligação com sua subalterna, a Ideologia, e raciocinando sobre si mesma.

                            A mente está intimamente ligada com o exterior, dele não se separando em condição nenhuma, nem mesmo nas doenças; é uma rede de linhas de interconexão em fusão total. A separação cartesiana é espúria, no “penso, logo existo”, pois se trata mesmo do que chamei de GALINHOVO: nem a galinha veio antes, nem o ovo, foram se desenvolvendo juntos e são uma e a mesma coisa desde as origens, como um cone que surge de um ponto comum e depois de muito tempo, alienado nos extremos, já se vê como dividido entre esquerda e direita. Mente e corpo estão (doravante) reunidos em corpomente – é uma só coisa, indelevelmente, inapelavelmente.

                            Assim, não podemos “explorar nosso universo interior” porque não existe “nosso”; a separação é uma das ilusões do GAP (gerador de autoprogramas) autocentrado, disso que mantém alguma identidade, a mente individual ou coletiva (DAS PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; e DOS AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundos). Podemos explorar o universo, desde o autocentrado EGO ao universo e vice-versa, porque o movimento é duplo, já que conjeturarmos sobre nós mesmos é pensar sobre o universo; e o contrário/complementar também. Desse modo, é assombroso o que Lou disse, mas é o que quase todos diriam, porque quase todos estão alienados, distante da compreensão total.

                            É ele ter dito isso, nessa frase tão pequena, que nos faz compreender que de duas uma: 1) ou ele não é um grande filósofo; 2) ou escorregou (como todos podemos fazer).

                            Vitória, terça-feira, 27 de julho de 2004.

O Quadro da Caverna

 

                            Quanto mais olho para o Modelo da Caverna mais me convenço de que ele foi o instrumento poderoso da Natureza para transformar os racionalmente inviáveis primatas (os chimpanzés, que se parecem BIOLOGICAMENTE conosco 99,4 %) em hominídeos viáveis, dos quais saíram os sapiens. Porisso no conjunto de textos falei d’A EXPANSÃO DOS SAPIENS, tomando já o nosso grupo como pré-formado pelas cavernas, procurando então raciocinar sobre elas. Como esse instrumento extraordinário (que parece só um buraco) nos formou?

A ADMINISTRAÇÃO DAS MULHERES (muito desprezada modernamente, mas na realidade tendo feito todo o trabalho inicial)

GRUPO
SUBGRUPO
PERCENTUAL PRÓXIMO DE:
Mulheres (fêmeas e pseudomachos)
1.                  Pseudomachos;
2.                 Inférteis;
3.                 Férteis (inclusive anãs férteis);
4.                   Superfogosas e perigosas jovens fêmeas competidoras e abusadas.
50 %
Garotos (meninos)
Em várias faixas de idade
25 %
Velhos
Todos os que “perderam a força”, isto é, a condição de guerreiro, voltando a ser mulheres
?
Doentes
Provisoriamente incapacitados
?
Aleijados (deficientes físicos)
Acima de crianças, guerreiros que perderam braços e pernas
?
Anões
(Reservas de esperma: nunca iam caçar)
?
Deficientes (aleijados mentais)
(Muito raramente eram usados como vasos ou depositantes)
?
Outros
(?)
?

Eram muitos, como já vimos sobejamente, superabundantemente, de 80 a 90 % e em raros casos até mais. Os guerreiros eram bem poucos e MUITO, VALORIZADOS. Eram os reis do pedacinho, mas as mulheres os mandavam constantemente caçar para mantê-los longe, quando não era o caso de engravidarem. De modo algum gente mantinha ligação um-a-um, como sugeriu Desmond Morris. De jeito nenhum: os melhores fecundavam todas e só assim puderam vencer o ambiente e melhorar constantemente as características físicas e mentais.

Se isso parece simples para você, não sei o que será complexo.

AS COMPLEXAS TAREFAS DAS MULHERES

·       Coletar e guardar;

·       Distribuir segundo as capacidades e as tarefas;

·       Preparar a comida (e esse outro gênero de alimentação que são os remédios);

·       Cuidar da caverna (como das casas, hoje: cama e mesa, banho, higiene, etc., centenas de subprogramas);

·       Proteger o grupo que ficava;

·       Descobrir novas fontes de alimentação (inclusive a incipiente domesticação e as plantações iniciais);

·       Cuidar da manutenção do “fogo doméstico”;

·       Administrar ou centralizar a sexualidade CUIDADOSAMENTE, provendo futuro seletivo, tudo centrado na Mãe Dominante;

·       Enviar as jovens fêmeas para novas cavernas;

·       Apartar as brigas incessantes e assim por diante.

Faziam isso com o auxílio dos pseudomachos e em silêncio, com uma muito própria e específica Língua das Mulheres, como já disse; da qual devemos descobrir os rastros cientificamente.

A Caverna geral deve ter sido, antes dos tempos históricos, o elemento mais avançado da pré-história (a criação das cidades, embora levasse a futuro melhor, foi de início regressão em relação às potências dela).
Vitória, segunda-feira, 26 de julho de 2004.

O Programa Completo da Humanidade e a Cara Metade

 

                            Já ficou claro que homem e mulher constituem um ser só, como todo par fundamental de cada espécie. Duas mentes ligeiramente deslocadas uma da outra dando média com quatro pernas e quatro braços – um ser muito melhor do que cada parte seria isoladamente. Assim, os seres humanos constituem como que duas hemisferas, uma das quais, por exemplo, é composta de macho e a outra de fêmea (os pares produtivos; combinações de machos e pseudomachos e fêmeas e pseudofêmeas são improdutivas, estéreis, mortas). É porisso que parece errado uma metade só, homem separado ou mulher separada, solteiro ou solteira. Daí que dizer “mãe solteira” (ou “pai solteiro”) quer dizer incompletude, como se estivéssemos dizendo “mãe-metade” (ou “pai-metade”) – verdadeiro deboche ou escárnio. Isso que quase virou motivo de satisfação contemporânea é na realidade grave acusação.

                            Dizer “cada metade” é dizer da outra metade que completa, que estabelece plenitude ou integridade; é porque, como afirmava Platão, as almas isoladas estão incompletas, pois a alma humana É DUPLA, é composta de duas metades. Se houver uma só fica a dissonância. E é essa a mesma razão porque as famílias desejam casais, isto é, uma filha e um filho, conforme já disse; ter somente filhos ou somente filhas ou conjuntos não-pares seria como desestabilizar o mundo. A maior felicidade da família seria produzir igual número de filhas e de filhos, sempre 2f = 2h + 2m (2, 4, 6, 8, ...), pois quando há conjuntos não-pares, digamos um homem só ou uma mulher só isso é denúncia aflita de desestabilização do universo, as pessoas ficando inquietas como se estivessem contribuindo para o desarranjo da Criação.

                            Não é àtoa que homens e mulheres correm uns ao encontro de outras e outros, pois não é apenas questão sexual, de reprodução MATERIAL, senão também de reprodução da ORDEM DO MUNDO: há inquietação físico-química, biológica/p.2, psicológica/p.3 – se não formarem pares as almas restam como que partidas, dilaceradas.

                            Vitória, quinta-feira, 22 de julho de 2004.

O Fenomenal dos Racionais como Fração Numênica e o Palpite de Anais Nin

 

                            No livro já citado de Lou Marinoff Mais Platão, Menos Prozac, p. 88, ele fala de Kant: “Kant admitia que também a razão tem seus limites. Em sua famosa obra Crítica da Razão Pura, ele explica a sua teoria de que o mundo é dividido na esfera fenomenal (o que podemos sentir; o mundo como aparece para nós) e numênica (o mundo como é realmente) ”, itálicos e negritos meus.

                            Mais adiante cita Anaïs Nin:

Escritora francesa que vivió la mayor parte de su vida en New York. Perteneció a un grupo de escritores que buscaba encontrar una forma de vida ideal, entre ellos podemos mencionar a D.H. Lawrence, H.G. Wells, y Henry Miller. Éste último fue quien la descubrió y quedó impactado tanto por ella como por su obra. Según sus propias palabras Nin había descubierto una literatura femenina y sería la única capacitada para romper con la escritura tradicionalmente patriarcal. Anais Nin inició sus diarios cuando tenía trece años y no dejó de escribirlos hasta su muerte, p. 89: “Não vemos as coisas como elas são, mas as vemos como nós somos”.

                            Isso é PARCIALMENTE verdadeiro, pois se não víssemos a garrafa tal como ela é, como concordaríamos que é garrafa?  Claro, como Lou Marinoff diz, há muitos modos de ver a árvore. Só ELI (Natureza/Deus, Ela/Ele), que compreende e vê tudo simultaneamente, pode ver TODA A ÁRVORE ou toda a garrafa de todas as formas possíveis e imagináveis, mas é bem evidente que para além do meu modo de olhar há algo que é comum, como eu já disse: a média.

                            Anaïs não era filósofo, mas poderia pensar bem e pensar completamente. Ninguém precisa ser filósofo para pensar bem, com lógica apurada. Qualquer um pode fazê-lo. A garrafa que vemos não sou eu, ela não é como eu sou, ela é comum, porque todos a vêem; o que existe de incomum nela é que a vejo UM TANTINHO diferente da média. No caso, média humana, como existe média das abelhas, que já a vêem de outro modo.

                            É evidente que os racionais são RELAÇÃO, razão entre a parte e o todo; ninguém é tão completo que possa ver tudo, nem muito menos tudo todo o tempo; só ELI pode fazê-lo. Ora, mesmo se não vemos a totalidade numênica, se não podemos ver toda a esfera numênica, vemos a esfera racional ou fenomenal PARTILHADA e podemos aprender com os erros e os acertos de todos e cada um.

                            Acontece também de vermos a garrafa COMO ELA REALMENTE É, isto é, a parte que vemos É REALMENTE A GARRAFA, só que DAQUELE MODO. Se a garrafa for vista em infravermelho ou em ultravioleta, daquele modo é garrafa também e é realmente a garrafa, porque a GARRAFA NUMÊNICA, que é total, é todas as garrafas fenomênicas ou racionais. Cada fração numênica, cada racionalidade, é verdadeira; só que as verdades individuais são individuais verdades, partidas do todo, não constituem o todo, até por definição.

                            Repetindo: 1) nós vemos as coisas como elas realmente são, dos modos como as vemos; 2) o nosso olhar É NOSSO, imprimimos às coisas versões de nossa capacidade de ver, nós as percebemos ao nosso modo.
                            Vitória, domingo, 25 de julho de 2004.

O Dicionarioenciclopédia de Deus

 

                            Faz o maior sentido proceder a um levantamento geral (para os pesquisadores do Conhecimento: magos-artistas, teólogos-religiosos, filósofos-ideólogos, cientistas-técnicos e matemáticos; e para todos) das palavras e das imagens de tudo que se volta para Deus, quer dizer, escrever o D/E divino em PAL/I.

                            PAL/I DO DIVINO D/E

·       PALAVRAS DE DEUS: todas as palavras que têm cunho religioso ou teológico em todas as línguas, em todas as culturas ou nações da geo-história, em toda manifestação teológica/religiosa em todos os continentes;

·       IMAGENS DE DEUS: igrejas, templos, sinagogas, zigurates, mesquitas, pirâmides (elas eram usadas em cultos), tendas, oráculos e todos os objetos usados em reverências, assim como todas as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) em todos os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações em qualquer parte do mundo).

Veja que essas coisas de Deus são um portento, independente de se crer ou não, de se ser religioso ou ateu ou agnóstico. SEMPRE são interessantes, como fenômeno e como motivo de pensamento trans-fenomênico, isto é, numênico, relativo à divindade. Sobre todas as religiões, de todas as eras e lugares: budismo, cristianismo, zoroastrismo, hinduísmo, jainismo, xintoísmo, taoísmo, confucionismo, judaísmo, islamismo; e todas as pré-religiões, como xamanismos e outras.

Se há uma coisa que apaixona 85 % ou mais (porque se conta agora que existem 15 % de ateus) da humanidade, é isso; e interessa de perto aos outros 15 %. Os governempresas devem promover um levantamento completo, exaustivo e desapaixonado de tudo que houver na Terra, construindo um sítio autorizado na Internet para visitação pública (sem senha) e privada (com senha, para os religiosos autorizados por suas entidades).
Vitória, segunda-feira, 26 de julho de 2004.