sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017


A Maluquice dos Inventores

 

                            O Wagner Luis Fafá Borges (do CENDI, Centro de Inventores do Espírito Santo, e do Clube de Inventores do Brasil, veja www.inventar.com.br) fez realizar num shopping pequeno da Praia do Canto, em Vitória, com o apoio da UVV, Universidade de Vila Velha (que alugou o espaço quase todo para uso escolar universitário, tendo lá a fomentadora ou incubadora de empresas Caixa de Soluções), no período de 14 a 16 de maio de 2003, a VI Feira dos Inventores, Prêmio Talento Brasileiro.

                            Ele procurou colar por lá artigos de jornais, dos quais li as manchetes. O mais das vezes elas chamam os inventores de malucos e os objetos de curiosidades. Veja só como o Brasil, altamente importador de patentes, com grande custo de royalties ou pagamentos de direitos de uso, trata os seus inventores!

                            Ao passo que nos EUA e no Canadá, na Europa e no Japão, quando não em grande parte do Oriente, o tratamento é bem outro, razão pela qual a Coréia do sul, sendo muito menor que o Brasil, produz por ano muito maior número de registros, tanto interna quanto externamente.

                            A civilização de fundo português, que beneficia todo tipo de acordo sem trabalho, não favorece o trabalho direto, sem acordos solertes e vis. Não patrocina, não apadrinha o esforço contínuo dos inventores, primeiro para pensar, depois para produzir o protótipo, a seguir para encontrar fontes de financiamento e parceiros, mais à frente para fabricar, distribuir, manter-se à tona, etc. Sempre obstáculos e trapaças, de modo que o povo continua escravizado e as elites dependentes dos estrangeiros. Não é à toa que na Rede Signalítica Prometeu = INVENTOR, de acordo com a lenda grega do Prometeu acorrentado, quer dizer, do inventor agrilhoado por leis e desestímulos. Essa é a presente situação MUITO desfavorável, contrária mesmo.

                            E basta olhar à nossa volta os objetos: foram todos inventados por “inventores malucos”, dos quais, no final das contas, dependemos para viver. Quem são os malucos, então?

                            Vitória, terça-feira, 20 de maio de 2003.

A Guerra dos Deuses

 

                            Antes de Matrix, Matrix Reloaded (matriz recarregada) e Matrix Revolutions (revolução matriz) não teria sido possível, mesmo com os recursos de computação gráfica mais avançados – porque os CONCEITOS DE FILMAGEM não haviam sido mudados -, filmar as guerras indianas dos deuses, colocadas no Mahabarata (200 mil versos) e no Baghavad Gita, que é parte do anterior.

                            Gabriel está aqui dizendo que poderiam filmar Heroes ou qualquer coisa, e de fato o futuro que se abre é das maiores possibilidades, coisa mesmo inesgotável e finalmente interessante, para além das constrições intelectuais, para além dos seus julgamentos idiotas.

                            Acontece que nas cenas das guerras indianas dos deuses (e gregas, persas, egípcias, sumerianas, etc.) os poderes em confronto eram tremendos, permitindo larga imaginação, refilmando-se a cada 30 anos com os novos recursos. Cada diretor e roteirista pode dar largas a sua imaginação, o ato permanente de imaginar, de criar imagens, seja na vertente geo-histórica mais comedida, seja na outra mais ampla da ficção, inclusive a fantasia que tende à denominada FC, ficção científica. O que nós queremos, efetivamente, é essa oportunidade de nos divertirmos, independente de haver uma revolução em curso ou não; e queremos diversão em grande estilo, sem poupar recursos, PORQUE cada ponto inserido perfeitamente é sinal de grandeza e aproximação com aquilo que as pessoas chamam de Deus.

                            Com duzentos mil versos (maior que a Bíblia), um livro de 400 página tendo 150 mil palavras, podem estar lá dentro dezenas de livros e filmes, sem falar nas expansões de cada galho da árvore do Mahabarata em seriados, o que pode divertir toda a humanidade, prestigiando os indianos de agora e os hindus de antes.

                            Vitória, quinta-feira, 15 de maio de 2003.

A Alma do Universo

 

                            Leia neste Livro 31 o artigo A Ordem de Pi, se não o fez.

                            Lá, estava num livro, citado, enquanto aqui se situa em outro.

                            Este é Os Criadores (uma história da criatividade humana), Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1995, de Daniel J. Boorstin, p. 301:

                            “Boécio explicou que ‘a música está ligada não apenas à especulação, mas à moralidade também... A alma do universo foi amalgamada de acordo com a consonância musical’”.

                            Como já foi dito, música = MODELO = ESTUDO = MOLDE = EXERCÍCIO = ESCOLA = MESTRE, etc., alma = PI = UNIVERSO = SOL = SONHO = PLANO = SIMULAÇÃO, etc., amalgamada = POTENTE = PATENTE = PATENTEADA, etc., especulação = ESTUDOS = MODELOS, etc., consonância = CENTRO = GOVERNADOR, etc., de forma que uma das possíveis traduções seria: O MODELO ESTÁ LIGADO NÃO APENAS A ESTUDOS, MAS À MORALIDADE TAMBÉM... A SIMULAÇÃO DE PI FOI PATENTEADA DE ACORDO COM O CENTRO MESTRE.

                            Quer me parecer que as coisas estão fechando umas com as outras, em grande sentido lógico, a partir de certo ponto. Lendo as frases, algum sentido já vai se fazendo. Imagino que se houvesse programáquina capaz de fazer as conversões todas isso nos permitiria avançar bastante, com muito maior rapidez.

                            Vitória, quarta-feira, 14 de maio de 2003.

2033

 

                            Em 2033 fará 300 anos desde quando James Wyatt criou a fiandeira mecânica e disparou a Revolução Industrial.

                            Por quê essa seria uma data mais importante que outras, a ponto de nos darmos ao trabalho de comemorá-la e de fixá-la na geo-história humana?

                            Bem, 1733 + 300 = 2033. Na nossa base numérica 10, 300 é 3 x 100, 3.102, um “numero fechado”, como dizem os idiotas (com dois zeros, o que é raro, em termos da curta vida humana). A verdadeira importância consiste no feito de Wyatt, porque é o primeiro aparelho complexo que reflete algum automatismo. É o primeiro descendente da tecnociência. É certo que desde a Antiguidade já se faziam robôs, mecanismos que respondiam a uma série de movimentos seqüenciados automáticos planejados, mas tudo era divertimento dos “sábios” (não eram tão sábios assim, daí as aspas da dúvida e do deboche).

                            Não era nada destinado a diminuir ou abrandar as tarefas do povo, dos trabalhadores. A mensagem de Cristo, como já mostrei, destinava-se primordialmente a romper o fosso entre as elites e o povo, pois tudo se destinada àquelas, que são uma fração pequena, e quase nada ao povo, estados as primeiras e o segundo na proporção de 1/99. Não fosse criada a base ampla as nações não progrediriam e ficariam para sempre patinando no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral mais superficial, incapazes de, pela ausência de forçamento das necessidades amplas da população, atingir as necessárias profundidades.

                            Isso Cristo fez, gerando na Idade Média a transformação longamente maturada, fundindo a coletivização judaica com o pensamento grego, dando então pensamento coletivo, que atende à maioria, quase à totalidade, como no Japão (que foi cristianizado, como já mostrei).

                            Então, Wyatt foi o anunciador de uma nova Era.

                            É por isso que é importante comemorar.

                            O Ocidente nasceu verdadeiramente ali e a partir dali se tornou amplamente vitorioso. A Revolução Industrial é, por isso, uma revolução cristã que, pela expansão contínua, deu a Cristo a vitória sobre o mundo, sobre a morte.
                            Vitória, sábado, 17 de maio de 2003.

Vendo as Patentes

 

                            Podemos dividir primariamente as patentes em dois superconjuntos: a) patentes de forma (aquelas que podem ser feitas apenas olhando-as-necessidades), b) patentes de conteúdo (aquelas que dependem de conteúdos, de leis, de estruturas do pensamento, de conhecimento tecnocientífico mais apurado).

                            As PF a gente pode fazer apenas olhando os objetos ou a ausência deles, daí intuindo o que está faltando, a partir de necessidades sentidas – quase todas as minhas são por enquanto desse tipo. As PC são mais difíceis, dependem de Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática), especialmente tecnocientífico e matemático, o que é tremendamente mais difícil, porque pressupõe linhas e linhas de programações anteriores dos processobjetos, envolvendo memória de objetos (como nas PF) e inteligência de processos.

                            Bom, se as PC são mais difíceis, muito pode sair das PF, das quais já providenciei até agora a descrição de 3,2 mil, mais cerca de 4,6 mil idéias. São fáceis, constituem um pulo só, em vez de vários, porisso qualquer um pode ter as intuições. Nem por serem simples são menos interessantes ou menos lucrativas, pelo contrário, PORQUE, tendo um plano pessoal (indivíduos, famílias, grupos e empresas interessadas) de aplicação mais ampla, interessando a mais pessoas (as da Bandeira Elementar são as mais amplas: do ar, da água, da terra/solo, do fogo/energia), têm mais compradores, embora cada produto seja evidentemente de muito menor valor que os das PC, por exemplo, uma máquina copiadora, com até muitos milhares de linhas de programação, centenas de frações  (peças) conectadas em níveis e subníveis de utilidade.

                            Bom, como eu já disse, se trata de TER O QUE OLHAR, com a classificação que o modelo proporciona. Apresentadas as figuras o leque de projeção mental se amplia consideravelmente, de modo que em vez de alguns milhares poderíamos ter centenas de milhares de produtos descritos, as pessoas proporcionando em Autocad ou equivalente às formas ou envelopes para uso.

                            Daí ser necessário VER AS FORMAS, o que seria naturalmente proibitivo, exceto para quem estivesse morando muito perto do INPI (Instituto Nacional de Propriedades Industriais), digamos, ou equivalente estrangeiro, porque na Internet, onde tudo é mais fácil, a dificuldade vem de que ninguém se preocupou em apresentar tais formas, o que seria fundamental fazer.
                            Vitória, terça-feira, 22 de abril de 2003.

Usina de Letras

 

                            Dia 25 de abril de 2003 tirei da Internet via Google os dados que constam da home page com o nome do título, um serviço cujo endereço real não sei nem se é dado na tela. Tenho ficado tão impressionado com o poder inaugurado pela Rede Internacional (poderíamos chamar de REDINT, em ver de Internet, mas este nome consolidou, “pegou”, diz-se em sociologia popular), que freqüentemente coloco as informações maciças que pego lá.

                            AS LETRAS DA USINA

TEXTOS
QUANTIDADE
Roteiros de filmes ou novelas
434
Peças teatrais
602
Infanto-juvenil
836
Textos jurídicos
873
Teses e monólogos
1.003
Infantil
1.060
Discursos
1.392
Redação
1.550
Ensaios
2.733
Letras musicais
3.186
Cordel
3.701
Contos
6.209
Erótico
7.514
Crônicas
8.525
Cartas
8.541
Frases
13.024
Artigos
14.005
Poesias
58.951

                            Observe o novo poder que é isso.

                            DE REPENTE (a Internet pública nasceu em 1989, uma criança que tivesse então 7 anos + 14 até 2003 estaria agora com 21 anos SUPERINFORMADA) você pode ter uma BIBLIOTECA UNIVERSAL em sua casa a custo baixíssimo por mês, relativamente, para os que não são miseráveis. Até os pobres podem pagar 70 reais (é uma conta de energia, de água, de telefone – a que já estamos acostumados de longa data) por um canal de banda larga. Não 10 ou 20 textos, mas 30, 50, 100 MIL, tão inultrapassável a ponto de não dar para ler, mesmo se você decidisse se dedicar a tal dia após dia. E veja que a Usina de Letras é apenas um dos sítios, existem centenas e até milhares deles.

                            E isso em português. Dado que Portugal tem uma renda anual de menos de US$ 100 bilhões e a renda real do Brasil mal chega a US$ 2,0 trilhões, no conjunto formando apenas 2,5 % da renda mundial, o mundo seria 40 vezes tanto quanto - se você souber inglês, então é sem limites mesmo: e coisas lindas estão postas lá, vá ver.

                            Resulta que, como numa usina hidrelétrica, há uma elevação potencial das letras a patamares inimagináveis uma década e meia atrás, gerando uma eletricidade notável, com conseqüências imprevisíveis para esse um bilhão (já deve ser mais) de internautas habilitados, sem falar no bilhão de chineses que estão à espera e em todos os outros que entrarão não demora muito, mais dois ou três bilhões em 20 anos.

                            Em resumo: embora tenha havido essa queda notável das ações na NASDAQ, que lida com o agoraqui volátil mercado eletrônico, ESSAS SÃO AS AÇÕES DO FUTURO, em mais década e meia. Estejamos prontos para adquiri-las aos montes.

                            Vitória, segunda-feira, 28 de abril de 2003.

Um Programáquina Chamado País

 

                            Colocando a mesopirâmide pessoambiental (PESSOAS; indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações, mundo), a nação ou país é constituída de todos os programáquinas, menos o do mundo. Todos os PM individuais, todos os PM familiares, todos os PM grupais, todos os PM empresariais, todos os PM municipais/urbanos, todos os PM estaduais, todos os PM da própria nação, que são os PM federais e os PM nacionais. Os federais são os PM do Executivo, os PM do Legislativo e os PM do Judiciário. Os PM nacionais são os do poder não-estatal, a nível do país.

                            Precisamos delinear agoraqui o que sejam esses PM ou P/M, como você quiser grafar.

                            O Programa é constituído de todas as linhas de programação que fazem funcionar os objetos; a Máquina é constituída de todos os objetos que os processos rodam. Porisso chamo alternativamente de processobjetos, os processos ou procedimentos do Programa (em maiúscula conjunto ou família ou grupo de programas) e os objetos ou coisas da Máquina.

                            Perguntar deste modo, “como a nação funciona”, nos faz pensar em todas as linhas-de-programação dos objetos dentro do país, como funcionam ou são processadas as estradas, nelas os postos de pedágio, os consertos, os institutos ligados a elas, tudo que a Estrada é. Nos faz indagar do Porto, do Aeroporto, do Exército, da Empresa, de tudo que está dentro da nação. Nós não pensamos muito como as coisas são postas a funcionar, isto é, como os programas as disparam, que ordens são passadas para que os objetos se movam ou sejam deixados onde estão. Nunca fizemos esse gênero de pergunta, exceto perifericamente, na medida em que alguém, para fazer funcionar o Porto de Vitória, DEVE OPERÁ-LO. Mas essa operação, esse ato permanente de operar, de obrar, NÃO É PENSADO, ele é feito, é sentimental, não é racional. Não pensamos na individualização das ações de operação do PV, de modo algum. Cada um que esteja envolvido com ele pensa parte da operação, se ainda pensa, se não virou memória, congelamento da inteligência no gestual, no repetitivo.

                            Ora, o que estou propondo é justamente é esse repensamento, essa individuação, pontualização do pensar em CADA LINHA do Programa geral que liga todos os pares de objetos. Isso clareará bastante o todo do funcionamento do Programáquina, não apenas da nação como de tudo, mesmo.

                            Vitória, segunda-feira, 05 de maio de 2003.