A Maluquice dos
Inventores
O Wagner Luis Fafá
Borges (do CENDI, Centro de Inventores do Espírito Santo, e do Clube de
Inventores do Brasil, veja www.inventar.com.br) fez realizar num shopping
pequeno da Praia do Canto, em Vitória, com o apoio da UVV, Universidade de Vila
Velha (que alugou o espaço quase todo para uso escolar universitário, tendo lá
a fomentadora ou incubadora de empresas Caixa de Soluções), no período de 14 a
16 de maio de 2003, a VI Feira dos Inventores, Prêmio Talento Brasileiro.
Ele procurou colar
por lá artigos de jornais, dos quais li as manchetes. O mais das vezes elas
chamam os inventores de malucos e os objetos de curiosidades. Veja só como o
Brasil, altamente importador de patentes, com grande custo de royalties ou
pagamentos de direitos de uso, trata os seus inventores!
Ao passo que nos EUA
e no Canadá, na Europa e no Japão, quando não em grande parte do Oriente, o
tratamento é bem outro, razão pela qual a Coréia do sul, sendo muito menor que
o Brasil, produz por ano muito maior número de registros, tanto interna quanto
externamente.
A civilização de
fundo português, que beneficia todo tipo de acordo sem trabalho, não favorece o
trabalho direto, sem acordos solertes e vis. Não patrocina, não apadrinha o
esforço contínuo dos inventores, primeiro para pensar, depois para produzir o
protótipo, a seguir para encontrar fontes de financiamento e parceiros, mais à
frente para fabricar, distribuir, manter-se à tona, etc. Sempre obstáculos e
trapaças, de modo que o povo continua escravizado e as elites dependentes dos
estrangeiros. Não é à toa que na Rede Signalítica Prometeu = INVENTOR, de
acordo com a lenda grega do Prometeu acorrentado, quer dizer, do inventor
agrilhoado por leis e desestímulos. Essa é a presente situação MUITO desfavorável,
contrária mesmo.
E basta olhar à
nossa volta os objetos: foram todos inventados por “inventores malucos”, dos
quais, no final das contas, dependemos para viver. Quem são os malucos, então?
Vitória,
terça-feira, 20 de maio de 2003.