domingo, 12 de fevereiro de 2017


Registros Subterrâneos

 

                            N’O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade (Os Maiores Enigmas da História da Humanidade), 3ª. Edição, Rio de Janeiro, Ediouro, 2001, p. 495, os autores Peter James & Nick Thorpe dizem:

                            “Ela (Omm Seti) também fez repetidas vezes outra alegação sobre o templo: de que sob ele existe uma câmara mortuária secreta, contendo uma biblioteca de registros históricos e religiosos. Se descoberta, seria uma sensação arqueológica capaz de fazer o túmulo de Tutancâmon parecer insignificante. Infelizmente, até agora ninguém parece ter seguido a indicação para procurá-la”, negrito meu.

                            SETI foi faraó de cerca de mil e trezentos antes de Cristo.

                            Por quê os arqueólogos não vão lá?

                            Há uma série de razões, que tentarei pensar:

1.       Essa besta “reputação acadêmica” que os intelectuais tanto prezam, como fonte de prestígio e de ganhos, de fama social, enfim. Para contornar COLOQUEM UM JOVEM SEM REPUTAÇÃO NENHUMA A PERDER;

2.      A falta de recursos para uma investigação tão ampla, relativamente, ainda que o apontamento de Omm Seti seja bem preciso. Pensem no encontro de um dicionárienciclopédico antigo, digamos de Atlântida. Se não existe, tudo bem, já não o temos, mas só a chance de obtermos já valeria qualquer sacrifício, mesmo se, como os macacos, descobríssemos que os primeiros tinham outras feições;

3.      A subversão civilizatória, de descobrir realmente que Atlântida existiu, e que a humanidade verdadeiramente é jovem num universo muito velho, onde essa (e presumidamente muitas outras) civilização surgiu e desapareceu;

4.     A possibilidade de, de fato e com provas, uma civilização desaparecer, com os efeitos de susto geral que isso provocaria, e vários outros motivos, não sei.

Aqui do outro lado ficamos nós, não apenas sem uma coisa que revolva o fundo lodoso da paradeira geral, como principalmente sem tal conhecimento potencial, mesmo se “apenas” hieróglifos, bibliotecas egípcias, não-atlântidas fossem descobertas (literalmente) da areia. Imagine se por lá estiver alguma biblioteca antiga e se lá ou em outros lugares puderem ser descobertos cópias dos livros queimados em Alexandria. Não te emociona? Não basta para revirar do avesso qualquer escrúpulo idiota dos intelectuais sifilíticos?

Irritam-me profundamente os obstáculos que os pruridos preciosistas deles interpõe ao avanço das pesquisas e ao desnudamento necessário, fundamental, de todo conhecimento antigo. Só de pensar que tais impedimentos estão evitando a vivificação dos horizontes acadêmicos, que tais revelações poderiam promover, fico arrepiado e revoltado. A celeuma, o burburinho gratificante, o ímpeto renovado - de tudo isso nós precisamos. VÃO LOGO E FAÇAM, caramba!

Vitória, sexta-feira, 11 de abril de 2003.

Reconstruindo as Pirâmides

 

                            Suponha que os dados referidos pelo historiador grego Heródoto estejam corretos, segundo foram passados a ele depois de dois mil anos (a Grande Pirâmide ou de Quéops foi construída lá por dois mil e quinhentos antes de Cristo, ao passo que Heródoto viveu de 484 a 420 a.C.): 100 mil homens levaram dez anos para fazer as plataformas de elevação e mais vinte anos para construí-la, sendo trocados a cada três meses.

                            Não faz muito tempo descobriram em torno das pirâmides de Gisé as áreas ocupadas pelas moradias e oficinas dos operários.

                            Imagine que cada trabalhador, mesmo os mais baratos, custem 100 dólares por mês: US$ 100/mês x 12 meses/ano x 30 anos x 100 mil trabalhadores – só isso daria 3,6 bilhões de dólares, sem falar na alimentação deles, seguro saúde, remuneração das empresas, custo de transporte, etc., seria preciso avaliar corretamente, através dos métodos de cálculo de obras dos engenheiros e arquitetos. Depois teríamos o planejamento destes, a compra das pedras e o tempo em si, tudo isso pressupondo tremenda organização. Imensos restaurantes para alimentação 100 mil trabalhadores todo dia, deslocamento para e desde as obras, ferramentas, constantes medições (pois a última pedra, a mais de cima, tem de ser uma só, precisamente colocada, se não sobrarão brechas denunciadoras de incompetência).

                            Tem o aplainamento do terreno, a colocação das pedras na horizontal, os corredores internos (os visíveis e os invisíveis, que não foram ainda descobertos), a colocação da pirâmide segundo os pontos cardeais e outros alinhamentos, a terra a ser movida para a construção das plataformas, etc.

                            Construir realmente talvez saia por dez vezes aquele valor, digamos uns US$ 40 bilhões, muito até para os EUA, divididos em 30 parcelas de mais de um bilhão de dólares por ano. E deveria ser programa de SETE governos de quatro anos cada, mais dois anos, uma certa continuidade mínima. Bom, se não dá para fazer de fato, dá para imaginar em virtual, quer dizer, reunir um grupo de engenheiros que faça os diagramas PERT e demais alocações de tempo e espaço, de modo a corresponder mais ou menos, dentro da margem estatística de erro, ao projeto e à execução reais, para termos uma idéia, mesmo que aproximada, do valor verdadeiro de mover e colocar 6,3 milhões de toneladas de pedras, ou seja, 2,5 milhões delas, cada uma com 2,5 toneladas.

                            Só assim teremos uma visão do que realmente significou a construção das pirâmides, que são tantas e tão espalhadas, para os povos que as originaram, e da importância das mensagens que queriam nos legar.

                            Vitória, sexta-feira, 11 de abril de 2003.

Progresso Geo-Histórico e Psicológico

 

                            Alguns assumiram em Ciência, especificamente na História, o chamado “relativismo cultural”, pelo qual todos os povos seriam iguais, o que já contestei. Agoraqui quero avançar algum ponto.

                            Veja que existe a mesopirâmide (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: municípios/cidades, estados, nações e mundo). Por acaso a passagem atual das nações desunidas ao mundo unido, a globalização, é de mesmo nível que aquele das cidades-estados de antanho? Tribos que continuavam ainda há pouco na Idade da Pedra na Papua-Nova guiné por acidente tinham a mesma altura de quem possuía imensos ciclotrons que rompiam os átomos, na Europa e nos EUA?

                            Veementemente, não!

                            Devemos distinguir o nosso desejo firme de igualdade de direitos das desigualdades de fato em várias áreas.

                            A igualdade absoluta, de todos diante de Natureza/Deus, Ela/Ele, ELI, daquela outra, a igualdade relativa, dos seres humanos e de qualquer racional dentro do Plano da Criação ou Desenho de Mundo, como prefiro dizer. “Todos são iguais perante a lei” é igualdade absoluta, não depende de relações de pele, de sexo, de crença, de opinião política, de posse, de nada. Por outro lado são evidentes as distinções: pele branca não é igual à pele negra, mulheres não são iguais a homens (graças a Deus! - aquelas gostosinhas), católicos não são protestantes, anarco-comunistas não podem ser confundidos com capitalistas, ricos não se vestem nem compram como os pobres, etc., MERAMENTE. Senão daríamos de ver as casas como todas iguais, erraríamos de prédio, confundiríamos as cidades.

                            Ademais, na Psicologia são análogas as figuras ou psicanálises? São idênticos os objetivos ou psico-sínteses? São parecidas as produções ou economias (agropecuárias/extrativistas, industriais, comerciais, de serviços e bancárias)? São similares as organizações ou sociologias? São os mesmos os espaçotempos ou geo-histórias? Pelo simples fato de a palavra existir já se insinua a desigualdade. Para quê as pessoas e os ambientes cresceriam se fossem todos iguais?

                            Existe realmente progresso psicológico, em especial o geo-histórico, COMO PODEMOS VER, ou poderíamos, se intelectuais excessivamente igualitaristas não nos perturbassem a visão, que tende a ser translúcida na ausência das imposições dos remorsos deles. Pensando instalar a verdadeira igualdade moral e ética eles a combatem, quando tentam suprimir na marra o raciocínio.

                            Vitória, domingo, 06 de abril de 2003.

sábado, 11 de fevereiro de 2017


O Dia da Profissão

 

Trump - com jeito de quem gosta muito - falou várias vezes durante sua campanha sobre os policiais, ao contrário dos governantes daqui, que não os valorizam. Falou insistentemente, repetidamente, não parece coisa de encomenda de comício.

TRUMP FALA SOBRE OS POLICIAIS

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Os 10 mandamentos dizem “não matarás” e creio totalmente nisso, sou contra matar e até portar armas de fogo ou quaisquer umas, sou contra ferir, até mesmo por palavras, mas sem dúvida nenhuma devemos apreciar o trabalho diligente dos agentes (como dizem os americanos, 24/7, quer dizer, 24 horas por dia, sete dias por semana, o ano inteiro, décadas).

Aqui, quero falar não somente deles como das 6,5 mil profissões. Já que temos 365,25 dias por ano, demoraria quase 18 anos falando todo dia para mencionar todas: além disso, enjoaria. Se contarmos dedicação somente aos sábados e domingos, sendo 52 de cada por ano, soma de 104/ano, quase 63 anos. Toda a mídia (Internet, TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Cinema, Rádio) deve contribuir, assim como as 26 tecnartes. Temos de estudar um jeito de acelerar, duas por dia, talvez, uma por sorteio e uma por escolha.

Precisamos valorizar “as bases”, aqueles que não estão no topo e não são citados a todo instante, tipo os tecnocientistas.

Devemos fazer sobressair o esforço diário dos pequenos.

Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2017.

GAVA.

A Árvore Grandona e Sufocante

 

Há árvores grandes, imensas, há as sequoias, há as colônias de corais que são gigantescas e vivem há vários milhares de anos.

SEQUOIAS E CORAIS (umas muito altas e os outros muito espalhados)

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Não podemos ter muitos gigantes, eles consomem muito o ar, a água, a terra/solo e o fogo/energia, toda a Bandeira Elementar – e tampam o céu, de modo que a luz do Sol só chega a eles, quase nada aos outros. Onde eles se agigantam nada mais nasce ou cresce, a não ser muito longe.

São grandes e são sufocantes.

Contudo, também devemos reservar espaço e tempo para esses gigantes, não só merecem como são fundamentais para nos mostrar quão alto (as sequoias) e longe (os corais) podemos chegar – sem elas e eles seríamos mirradinhos, tímidos em termos de expansão.

Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2017.

GAVA.

A Fronha Velha

 

Há aqui em casa uma fronha velha, cheia de buracos e rasgados (Silas, nosso Labrador Pink nose gostava de morder, eu valorizava mais a ele que a objetos, ele destruiu muitos, para grande diversão minha – e alguma raiva), que uso, gosto bastante. Há fronhas novas, posso compra-las - compro de vez em quando, até as bonitas; e poderia comprar as cheias de babados e firulas e enfeites, as caras e elegantes -, o que não faço, prefiro a simplicidade.

OS ÍNDICES DO ORGULHO (o orgulho ou vaidade é queimado todos os dias em todo o mundo; eles e elas pagam esses excessos trabalhando para nós)

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O polegar é o orgulho. A mão esquerda da criação: querer, arbítrio, vontade, desvio e queda.
Beleza.
Fama.
Poder.
Riqueza.

FRONHAS DO ORGULHO

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Não se precipite no julgamento, também há arte e criativid’arte.

As fronhas novas, melosas, são cheias de cuidados e auto importância, nem querem se deixar tocar, as fronhas velhas são como os avôs e as avós, os velhos e velhas rotos e rasgados que mostram nos rasgos o enfrentamento da vida – às vezes os morderam, deles zombaram, mas continuam dispostos a nos servir.

Não seja excessivo, não queira os luxos das sedas o tempo todo, seja comedido, entenda a profundidade de tudo.

Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2017.

GAVA.

UM e COMUN

 

Tenho pensado na união humana faz muito tempo, desde que - aos 15 anos - comecei a pensar esse projeto, o que dura 47 anos já.

DOIS LADOS E UM CENTRO

ESQUERDO (não esquerda).
CENTRO.
DIREITO (não direita).
Ódio, guerra, extinção pelo confronto – ficar na Terra, diminuindo.
Cristo-Deus, cristandade, respeito – sair em parte da Terra.
Amor, paz, extinção pelo excesso – ficar na Terra, aumentando.
LADO GREGO, circular, diminui e aumenta, não sai do lugar.
Lado de Jesus, é uma onda, anda-e-avalia, cresce e permanece.
LADO SEMITA-JUDEU, linear, cresce sempre até o esgotamento.
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Projetos:

1.       Sair do planeta, colonizar o sistema solar;

2.       RETRANS, reforma-transformação da Terra (ajeitar as porcarias que fizemos);

3.      Sair do SS, colonizar a constelação;

4.      Sair da constelação, colonizar a Galáxia, Via Láctea.

Precisamos de duas GRANDES realizações:

1.       COMUN, Congresso Mundial, cujos critérios de eleição de representantes podem colar no Congresso de Oslo para as Mulheres;

2.       UM, União Mundial.

COMUM, Congresso Mundial (antes).
UM, União Mundial (depois).
 
 

Claro que a ONU deve ser jogada fora, é uma impostora, cheia de interesses espúrios de um e outro lado, os dois lados que levam à extinção, cheia de vícios e conspirações, cheia de interesses próprios e locais, antigos, obsoletos, arcaicos.

Vitória, sábado, 11 de fevereiro de 2017.

GAVA.

 

CRITÉRIOS DE ELEIÇÃO DO CONGRESSO DE OSLO SERVIRÃO PARA ELEGER DEPUTADOS E SENADORES DO CONGRESSO DA TERRA (CONTE)

Critérios de Eleição para o Congresso de Oslo
 
                        Oslo é a capital da Noruega, congresso é o Congresso Mundial da Mulher, que está proposto para ser sediado nos países nórdicos, pelas razões apontadas. Agora, o que o modelo pode dizer da escolha das representantes? Muita coisa, como veremos, ele dá critérios DEFINIDOS psicológicos PARA TODA ELEIÇÃO, seja esta ou outra.
                        OS CRITÉRIOS PSICOLÓGICOS
·         Critérios espaciais (geográficos, ONDE?): área do conjunto;
·         Critérios temporais (históricos, QUANDO?): antiguidade do conjunto, denotando capacidade de permanecer viável na luta por aptidão ou sobrevivência ou futuro psicológico;
·         Critérios produtivos (econômicos, COM QUÊ?): PIB, Produto Interno Bruto, a capacidade de criar objetos para atender a construção da metaprogramáquina;
·         Critérios organizativos (sociológicos, COMO?): em que medida a coletividade tornou-se competente em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano, da ONU) para colocar-se como primeiro a quinto mundo;
·         Critérios figurativos (psicanalíticos, QUEM?): quantitativos, quantos habitantes há no conjunto;
·         Critérios objetivos (psico-sintéticos, POR QUÊ?): quais as metas? Esse terá de ser trabalhado mais demoradamente, porque nunca foi olhado – talvez diga respeito aos pesquisadores do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral.
Pelos critérios figurativos, de quantas figuras estão sendo representadas a China teria com seus 1.285 milhões de habitantes em 2001, na base de uma representante para cada 10 milhões ou fração de paridos, 129 delegadas, ao passo que Portugal, com 10 milhões de habitantes, enviaria apenas uma representante e o Brasil, tendo em 2000 169,6 mandaria 17 representantes. A Índia, tendo 1.025 milhões em 2001, teria direito a 103 representantes. A soma mundial, de 6.000 milhões em 2000, seria de 600 representantes.
Pelo lado da produção, o PIB dos EUA foi em 1999 de US$ 9.150 bilhões. Se dividirmos por 100 bilhões todos abaixo disso teriam somente uma representante e os EUA 92; se dividirmos por 10 bilhões, todos abaixo (fração) ficam com uma, ao passo que os Estados Unidos passam a 920. A Itália - com PIB em 1999 de 1.200 bilhões - ficaria com 120 representantes, o Paraguai com seus 7,7 bilhões mandando apenas uma representante. Ninguém ficaria sem.
Já em relação ao tempo o critério seria da antiguidade civilizatória, a permanência do país no mesmo lugar. A China, que existe desde 1,5 mil anos antes de Cristo (1.500 + 2.000 = 3.500) teria para cada 10 anos uma representante, então 3.500/10 350 representantes. O Iraque, onde foi um dos berços da civilização, desde 3,5 mil aa.C., teria 550 representantes, enquanto o Brasil com 500 anos teria 50. Aqui não é possível saber quantas há no total.
Em relação a espaço a Rússia é a maior nação, com 17,075 milhões de km2, e se adotássemos o critério de 100 mil km2, teria direito a 171 representantes, enquanto a Franca ficaria com seis (pelos 543.965 km2) e o Brasil com 86 (pelos 8.514.205 km2). O total do mundo é de 1/3 dos 510 milhões de km2 da superfície da Terra, 170 milhões de km2, total de 1.700 representantes.
No caso da organização o IDH é conhecido e pode ser tomado em relação à distância que guarda de 1,00, a Noruega sendo o país mais destacado. Aí uma proporcionalidade seria estabelecida, porque isso representa a organização do povelite/nação ou cultura, da sociedade popular e da civilização das elites.
                        O último critério ainda está por ser escolhido, é o dos objetivos, do que desejam os conjuntos, do que pretendem eles e como se habilitam para chegar lá através do Conhecimento, da pesquisa teórica & do desenvolvimento prático.
                        Você viu que os números gerados pelos critérios são muito desiguais e gerariam milhares de representantes; mais do que apenas o excesso numérico a ser pago estaria a dificuldade de organizar a tantas para falar – não haveria tempo hábil num ano de trabalho [cinco meses num semestre, cinco meses em outro, total de 10 x 30 dias = 300 dias de oito horas, quatro de manhã e quatro de tarde, menos sábados e domingos, 52 x 2 = 104, (300 – 100 = 200) x 8 = 1.600 horas/ano; uma hora por fala, cerca de 1,6 mil falas por ano]. Se fossem muitos milhares se passaria até um ano inteiro para a mesma mulher falar duas vezes, o que seria frustrante, não só porque elas falam muito como porque devem mesmo falar muito depois de milênios de silêncio político.
                        Assim, devemos ter em cada vértice 200 representantes (de figuras, de objetivos, de produção, de organização, de espaço e de tempo), ou seja, 6 x 200 = 1.200. Se a fala fosse reduzida a meia hora num ano poderíamos ter 3,2 mil falas, com 2,67 falas por mulher.
                        Assim, as seis mil representantes de habitantes da Terra seriam equiparadas a 200, quer dizer, uma para cada 30 milhões de habitantes. Quando as nações (o Vaticano tem apenas 800 habitantes) estivessem abaixo dessa linha um grupo delas seria servido por somente uma representante, até atingir os 30 milhões, essa representante viajando ou tendo contato com todas e cada uma sob sua guarda simbólica. Lembre-se que as senadoras seriam sempre três por nação, portanto, 220 nações x 3 = 660 senadoras, em regime igualitário, eleitas dentre as mais destacadas mulheres. Com a redução, em vez de 10 para cada 30 milhões de habitantes por representante, a China ficaria com (129/3 =) 43 e o Brasil com (17/3 =) seis.
                        E assim por diante, adequando-se cada critério aos 200 em cada vértice. Poderiam ser eleitas representantes privilegiadas do Conhecimento, em particular das religiões, sem direito a voto, mas com direito a voz. Mas os jornalistas podem ser tanto mulheres quanto homens, é a lógica.
                        Assim, teríamos 660 senadoras, alta corte feminina, e 1.200 deputadas, da corte mais baixa, porém verdadeiramente representativa, desde que proporcional. O que não passasse pela Câmara de Deputadas não iria a sanção da Senatoria, ficando esta apenas encarregada de dizer sim ou não no final das discussões, em virtude de estar composta de estudiosas e pesquisadoras engajadas em prateoria, que poderiam prestar assessoria nas discussões. A partir da particularidade de as duas casas não fazerem leis não viriam a constituir ameaça ao lado masculino legal. Sendo mais dos costumes as mulheres voltariam com suas deliberações a cada país e lutariam politicamente para fazê-las representar segundo a Lei resguardada de direito. Enquanto isso faria seu trabalho de cabeça em cabeça feminina, de porta em porta, de casa em casa, missionariamente, de forma muito calma e tranquila.
Vitória, quarta-feira, 19 de novembro de 2003.