sábado, 28 de janeiro de 2017


Emanação Tecnocientífica

 

                            Nosso amigo GHB é engenheiro, mestre, doutor em estatística, estando enfronhado nessas questões. Quando perguntamos na Internet aparecem oito páginas com o nome dele, em razão dos trabalhos escritos e das publicações que faz em revistas nacionais e internacionais. Como acompanha isso, disse que o autor do método dos mínimos quadrados assegura que já terem sido feitas mais de um milhão de citações de seu modelo.

                            São emanações matemáticas, que tiveram como ponto de partida tal metodologia, assim como existem outras emanações do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral.

                            Tal como eu disse, podemos estabelecer uma métrica a partir de tal conceito. Com o que depararíamos estabelecendo o sequenciamento dialógico (SD) dos produtos? O que veio efetivamente de quê? Quem ou o que é precedente, o que conseqüente, o que primordial, o que dependente? Tal tarefa de mapeamento é meritória, pois com ela estabeleceremos as anterioridades geo-históricas das formas e estruturas, das formestruturas, das imagens e palavras, das palavrimagens (PAL/I), das psicologias (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou sociologias). Nós veremos a geo-história mesmo, tal como se desenvolveram, com as primazias estabelecidas por suas emanações, os conceitos e as figuras. Nós saberemos quem copiou de quem, dando ou não a conhecer o fato, quem plagiou, quem foi o autor original. Veremos o caldo de cultura onde as idéias estavam borbulhando. E tudo isso porque há agora a chance de mapeamento, através da Internet, podendo os milhares de pesquisadores comunicar seus resultados para um levantamento cada vez mais apurado, até a unanimidade em algum ano futuro. Só como exemplos notáveis, Newton copiou de gente de sua época ou de muito antes, a maior parte das idéias de Darwin vinha (até o ponto focal em que ele desenvolveu de si) do ambiente e agora mesmo muitos ocidentais copiaram de um certo Alexander Bogdanovich russo, sem dar crédito.

                            Vitória, sábado, 25 de janeiro de 2003.

                            Dia do Aniversário de 17 anos de Gabriel.

Dicionário Político

 

                            Evidentemente existem muitos dicionários políticos, tenho alguns, um deles bem difícil de ler.

                            Acontece que podemos pedir vários outros:

1)      DP de Terceiro e Quarto Mundos, que veja as palavras pelo lado das reclamações dos atrasados;

2)     DP Tropical, que mire a faixa que vai até 2,35º Norte e Sul, ou seja, 47º x 111 km/º, relativos a uns 210 milhões de km2 da Terra, cerca de 2/5 dela;

3)     DP Latino, envolvendo Portugal, Espanha, Itália, América Latina e os países que no mundo são de fala derivadas das línguas das matrizes;

4)     DP Lusitano, idem para os países de fala portuguesa;

5)     DP Brasileiro, exclusivo do Brasil, nossa visão de mundo, nossa percepção do universo, nosso projeto de vida.

Podemos ir além, até um Dicionarienciclopédico Político, D/E-P, nos moldes sugeridos, o que seria condição de pensar DE DENTRO PARA FORA, autonomamente, sem dependência externa, o contrário do vem acontecendo até agoraqui. Ou seja, pensaríamos sobre política ecológica, política econômica, política sociológica, política urbana, política racial, etc., sempre do ponto de vista interno, não mais europeu, não mais asiático, não mais americano.

Evidentemente envolve trabalho, e não é pouco, não, é muito, é demais, mas sempre há bastante gente no mundo para todo tipo de tarefa, desde que haja justiça nela, que seja interessante e atrativa, que seja um avanço, que seja desafiadora.
Vitória, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003.

Densidade de Malha

 

                            No livro de Michio Kaku, Visões do Futuro (como a ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 286, ele diz: “Mas o principal temor é que, uma vez que as comportas se abram, plantas inteiramente novas, nunca vistas antes na Terra, possam escapar para a natureza agreste, onde podem vir a desalojar plantas nativas e tomar conta de ecossistemas inteiros, com resultados imprevisíveis.

                            “’Se as plantas forem cultivadas fora de casa e os novos genes penetrarem no estoque genético agreste, isso poderá ter um efeito potencialmente desestabilizador sobre o sistema ecológico’, diz Jeremy Rifkin da Foundation for Economic Trends, um dos mais destacados críticos da revolução biotecnológica”.

                            Colocando a mesopirâmide como PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), ou PESSOAMBIENTES, que vem depois da micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas e átomos, Físico-Química, e moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomentes, Biologia-p.2), podemos ver um crescimento notável da complexidade, conforme passamos da Natureza Zero (N.0, Física/Química) à Natureza Um (N.1, Biológica/p.2) e à Natureza Dois (N.2, Psicológica-p.3), limiar da Natureza Três (N.3, Informacional/p.4). As malhas vão ficando cada vez mais intrincadas, mais emaranhadas, mais densas, mais complexas, mais complicadas.

                            Obviamente não há nenhuma medida da DENSIDADE DE MALHA (DM), conforme se faça essa subida. Como já mostrei, A interfere em B e o contrário, o ambiente de A interfere em A, o ambiente de A interfere em B, o ambiente de B interfere em A, o ambiente de B interfere em B, o ambiente de A interfere no ambiente de B, e como são inumeráveis entes e inumeráveis ambientes, as interferências tornam-se exponenciais. Qualquer leve mudança num ponto (ente) ou plano (ambiente) leva a uma propagação terrível, em ondas sucessivas que batem, recuam, rebatem e assim por diante, até o esgotamento da energia biológica/p.2.

                            Note agora que isso também se dá no nível N.2, natureza psicológica, humana, racional, com os produtos de N.0 e de N.1. De N.0 um cometa pode causar muito estrago, ou um vulcão, ou uma enchente, ou o que for. De N.1 uma praga que se espalhe contamina os entes, os ambientes, as operações psicológicas (soma, subtração, multiplicação, subtração, etc.). Quanto maior é a densidade de malha, mais há a atingir, embora a DM não esteja aí por acaso – ela é uma sobrevivente nata na luta por deixar densidade hábil ou apta para o futuro (ela também é selecionada). Ela torna-se cada vez mais dura e persistente, encontrando muitas defesas brutais e sutis. Entrementes, tudo tem limite, de modo que não é bom provocar demais.

                            O que acontece é que não há estimativa da DM, nem de longe. Não estimamos sequer a flexibilidade dos ecossistemas, quanto mais dos psico-sistemas!

                            Se algo escapar à DM preternatural, natural e posternatural (embora ninguém ainda esteja habilitado a projetar pragas psicológicas racionalmente, de modo inteligível, pré-visto), o que acontecerá? Se tais pragas não-acopladas ao Desenho de Mundo tal como ele se desenvolveram naturalmente, sem presença humana, escapar aos controles racionais, como a primeira natureza será atingida? Como tudo volta e ocupamos os mesmos cenários, certamente nós também seremos atingidos duramente. As conseqüências, como podemos ver, são muito mais agudas do que os biólogos podem prever, pois não estão sendo avaliadas as dimensões psicológicas. Quando as gripes, como a Espanhola, passam das galinhas aos seres humanos, não é mais ruína biológica apenas que elas causam, mas aniquilamento racional.

                            Vitória, sábado, 25 de janeiro de 2003.

Cruzamento de Disciplinas

 

                            Com o modelo podemos adotar a Navalha de Occan como um Programa Mínimo de Classificação, começando do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/técnica e Matemática) geral, em particular a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), cruzando então estas disciplinas e as da pontescada técnica para obter os vértices, como já fiz alhures.

                            A questão aqui não é esta e sim de convencimento das pessoas, pois há a tendência de multiplicar e, pior ainda, a de querer conseguir uma brecha como propaganda de sua postulação, quando ela é errada, apenas para se mostrar ou, como diz o povo, “para aparecer”. O modelo não prega de modo algum a redução das opiniões às dos carneiros que seguem irrefletidamente o pastor, pelo contrário, isso trabalharia contra ele; o objetivo deve ser sempre de conseguir ver falhas no modelo, de demonstrar sua não-operacionalidade, PORQUE devemos chegar a uma demonstração TOTALMENTE VERDADEIRA, final, da Tela Final mesmo, e não a qualquer verdade provisória. Seria estupidez zelar excessivamente pela provisoriedade, esquecendo que a roupa é que é descartável, e não a pessoa, como chegam a pensar alguns. O maior serviço é provar a insustentabilidade de qualquer prateoria parcial. Isso nunca deve ser esquecido.

                            Entrementes, a menos que alguém consiga de fato arranjar algo demonstravelmente aceitável, queremos passos largos rumo ao futuro. De modo algum se deve desestimular qualquer pessoa que seja só porque é atingido um ponto de suposta plenitude. Isso só existe mesmo na Tela Final, que não sabemos onde está.

                            Há, porém, aquele tipo dispensável de gente em busca de evidência indevida, que mais atrapalha que ajuda. Não devendo haver bloqueio podemos apenas desconsiderar e seguir em frente. Podemos fazer o cruzamento proposto no modelo e ver se ele responde pela realidade satisfatoriamente. Além disso, há os limites que estão além. Sabemos o que é biofísica, físico-química, bioquímica, mas não atinamos com a psico-cosmologia. Mesmo sem inventar absurdos há ainda muito caminho a palmilhar para preencher as brechas.

                            Vitória, domingo, 26 de janeiro de 2003.

Consciência Nordestina


                           

Vendo-se como pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, região) nordestinos, os dos nove estados não estarão separando-se do restante do Brasil, até por ser antiprodutivo: ficaria menor, com menos recursos, com fronteiras por atravessar, sem o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral do restante do país. Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia – nove estados em 1.548.672 km2 (área equivalente a de um país grande), média de 172,1 mil km2, cada “estado médio equivalente” 3,8 vezes os 45.567 km2 do ES. Ou seja, o Nordeste tem cerca de 34 vezes a área de nosso estado. Mas o Brasil tem 8.511.965 km2 ou 5,5 vezes a área do NE.

                            Avaliando as 22 tecnartes (VISÃO no e do Nordeste: poesia, prosa, pintura, fotografia, dança, moda, desenho, etc. PALADAR no e do Nordeste: comida, bebida, pasta, tempero, etc. OLFATO no e do Nordeste: perfumaria, etc. AUDIÇÃO no e do Nordeste: música, discurso, etc. TATO (sentido total e central) no e do Nordeste: cinema, teatro, arquiengenharia, decoração, esculturação, paisagismo/jardinagem, tapeçaria, urbanismo, etc.) ao modo nordestino, com as feições de lá. Colocar no centro geométrico do NE uma representação coletiva real e simbólica, uma espécie de INTERESSE GERAL NORDESTINO. Desse ponto sucessivamente as circunferências iriam se expandindo para todo o mundo. Que relações ter com o restante do Brasil, com o mundo? De onde vem a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, organizações ou sociologias, produções ou economias, espaçotempos ou geo-histórias) geral do Nordeste e para onde vai? Quais são as instituições e universidades NE atuais? Como distribuir coletivamente as vocações dos estados e dos municípios? Como realizar compras e vendas em conjunto? Como administrar os tributos coletivamente, sem fragmentar os interesses? Como colocar, além do MADE IN BRAZIL um FEITO NO NORDESTE? Que espécies de empresas atrair? Como configurar na cabeça dos nordestinos uma identidade lutadora comum? Como atrair de volta os que migraram (e agora dispõe de inúmeras experiências)? Daí uma MÍDIA NORDESTINA (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet).

                            Enfim, há muito a fazer, e começar logo é condição de chegar mais cedo.

                            Vitória, domingo, 02 de fevereiro de 2003.

Completamento de Painéis

 

                            Como está fartamente posto no modelo, o completamento do Conhecimento significaria o completamento da Magia/Arte, o completamento da Teologia/Religião, o completamento da Filosofia/Ideologia, o completamento da Ciência/Técnica e o completamento da Matemática. Completar a F/I significaria completar cada um, completar a Filosofia e completar a Ideologia, depois reunir o par, depois os quatro vértices, e estes com o centro.

                            Completar a C/T significaria completar duas pontescadas; a pontescada científica depende do acabamento da Física/Química, da Biologia/p.2, da Psicologia/p.3, da Informática/p.4, da Cosmologia/p.5 e da Dialógica/p.6. Por sua vez o acabamento da F/Q depende da conclusão de ambas as disciplinas, cada uma das quais é composta de várias matérias.

                            Por exemplo, o completamento das 6,5 mil profissões num único painel depende de colocá-las em apenas quatro vértices, duas extremidades e um centro geral. Como promover essa compactação? Como conduzir a tremenda diversidade de categorias a apenas essas que o modelo pede? Como evitar o desejo de multiplicar, de proliferar, de propagar? Como contermo-nos? Como trabalharmos todos em prol do entendimento coletivo em vez do proveito egoísta individual? Fala-se da Teoria de Tudo apenas na Física, até porque as demais ciências são consideradas menos rigorosas e matematizáveis (não vêem os que assim postulam ser falha a capacidade geral de matematizar os patamares mais altos e não que as disciplinas não sejam matematizáveis). Como os orgulhosos de cada vértice se reunirão em proveito da comunidade? Como, até, se juntarão teólogos e religiosos, se cada um se acha superior a todos os demais?

                            Porisso a Teoria de Tudo Mesmo, TTM, como a denominei, não é fácil de obter, pois depende de cada um e todos desejarem ardentemente o completamento de TODOS os painéis num só. Se um só já é difícil, imagine a totalidade.

                            Vitória, sexta-feira, 31 de janeiro de 2003.

Colegiado dos Tecnartistas

 

                            Como desenhar o C-T/A?

                            Temos dois desenhos: 1) o formal, da imagem, da superfície, e 2) o conteúdo, a estrutura, a idéia.

                            DESENHO DA IDÉIA (as 22 tecnartes)

                            TA DA VISÃO: poesia, prosa, pintura, desenho, fotografia, dança, moda, etc. TA DA AUDIÇÃO: música, discurso, etc. TA DO PALADAR: pasta, tempero, comida, bebida, etc. TA DO OLFATO: perfumaria, etc. TA DO TATO (sentido central, total): cinema, teatro, arquiengenharia, tapeçaria, paisagismo/jardinagem, esculturação, urbanismo, decoração, etc.

                            DESENHO DA FORMA (cinco grupos)

                           

                                         

                            Imagine nos vértices as TA dos sentidos externinternos: visão, audição, olfato e paladar, no centro o tato. Essa pode ser a forma do prédio: quatro torres nos vértices com uma maior e mais alta no centro. Podem ser paralelepípedos com quadrados de base ou cilindros ou cones ou esferas, ou o que for.

                            O C-T/A é composto de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) em AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo), com ligações políticadministrativas com governempresas e o entorno todo. Precisa de uma interface, dele para dentro e dele para fora, ou seja, de uma pele que esteja entre o interior operativo e o exterior predador – precisa de um governo, por si mesmo, que o empresarie. Precisa de uma Psicologia (figura psicanálise que o identifique, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organização ou sociologia, espaçotempo ou geo-história). Como as células, precisa de uma membrana que é, como eu disse, seu governempresa, o que dá entrada às compras ou demandas ou aquisições e que dá saída às vendas ou ofertas ou entregas, enfim, às trocas com o ambiente, através do meio. O meio é a mensagem, porisso ele necessita de mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet, o que for).

                            Você vê que não é fácil, e como a presente desorganização dos tecnartistas está longe não só da organização como da produçãorganização ou socioeconomia mais apta, centralizada, poderosa, agindo em nome de todos os tecnartistas dos ambientes municipal/urbano de Vitória, estadual do ES, nacional do Brasil e mundial da Terra.

                            Repare só que abismo os separa da melhor expressão e, mais ainda, da melhor expressão CONJUNTA, coletiva, comunitária.

                            Vitória, sexta-feira, 31 de janeiro de 2003.