quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


A Culpa é do Eleitor

 

No livro de Chico de Gois, Os Ben$ que os Políticos Fazem (Histórias de quem enriqueceu durante o exercício dos mandatos), Rio de Janeiro, LeYa, 2013, na página 27 ele coloca: “A culpa, em última instância, de haver corruptos no poder é do próprio povo”.

DISCORDO RAIVOSAMENTE e aponto vários motivos (poderia ficar horas discorrendo ou você mesmo pode fazer um livro muito legal contestando) para tal:

1.       “O eleitor” aí se divide nas cinco classes sociais de riqueza, de A até E; os do povo mal conseguem sobreviver, ficar acima da linha abaixo da qual está a morte, e assim mesmo sofrendo bastante com todas as perebas possíveis e imagináveis, como o povo mesmo gosta de dizer, com as sequelas; não dá tempo para ler, se instruir, pesquisar, nada além de batalhar duramente pela existência;

2.      Nenhum político vai chegar ao eleitor contando seus maus-feitos, apontando a roubalheira em que porventura esteja metido, os achaques que comete;

3.      Eles, os políticos, se protegem mutuamente, inclusive distorcendo o anteprojeto de lei das 10 medidas contra a corrupção, apesar de ele estar sendo vigiado de perto;

4.     Eles, os políticos, queriam passar lei perdoando os crimes de caixa dois;

5.      Mesmo quando saem do Congresso (Câmara e Senado), das Assembleias estaduais, das câmaras de vereadores, continuam interessados em se proteger e aos outros nos postos em que foram colocados (como se sabe, o deputado que perdeu vai ser secretário da prefeitura e assim por diante, é um troca-troca vergonhoso);

6.     Procuram corromper toda a coletividade, visando a impunidade (mesmo estando no presídio de Bangu 8, Gericinó, Sérgio Cabral continua apelando a Pezão, governador do RJ), mantém laços de afinidade e conhecem os segredos uns dos outros;

7.      E por aí vai, indefinidamente até as minúcias. Como o objetivo aqui é só assinalar, não vale a pena eu prosseguir no apontamento (mas faria todo sentido qualquer pesquisador avançar).

Esse Gois é uma negação total, não atina com o mundo, não possui visão de mundo, sentido de mundo. Só para dar ideia, ele cita que na década dos 1990 o então deputado João Alves alegou ter acumulado fortuna roubada ganhando na loteria (foi o meio de lavar o dinheiro sujo), página 24: “Deus me ajudou e eu acertei duzentas vezes na loteria”. Veja só que trapalhão! Se ganhar uma vez corresponde a uma vez em milhões, ganhar 200 corresponderia a 1/g200, menor que um infinitésimo.

Nenhum juiz, político, governante, jornal se incomodou com isso – o povo deveria fazer o quê?

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

Catástrofes Globais

 

Está colocado de passagem no livro de Andrew Jennings, Jogo Sujo (O mundo secreto da FIFA: compra de votos e escândalo de ingressos), São Paulo, Panda, 2011 (sobre original do mesmo ano), página 239: “O Greenpace calcula que, vinte anos depois da tragédia, 16 mil pessoas morreram e outras 500 mil ficaram debilitadas por problemas de saúde depois que uma nuvem de gás tóxico escapou da fábrica de pesticida [em Bhopal, Índia] da transnacional norte-americana Union Carbide. As vítimas do desastre continuam lutando para provar a culpa da Union Carbide e receber uma indenização justa”. 

Claro que nenhum indivíduo conseguiria sozinho enfrentar uma companhia imensa, com todos os seus advogados. Até mesmo uma instituição corajosa como a Greenpace pouco pode.

O LUGAR E O DESASTRE

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“Tão longe, de mim distante”, diz a música.
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O espalhamento da peste, 1984.
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Fundada em 1917, 100 anos agora.
UOL – MEGAFUSÃO - 1999
Acordo entre empresas do setor químico, avaliado em US$ 11,6 bi, formará 2ª companhia do mundo
Dow Chemical compra Union Carbide
RENATO FRANZINI
de Nova York

A falta de respeito é enorme, um grande buraco cavado pelos ricos e que acabará por enterrá-los, pouco me lixo.

Venho aqui - sequenciando Globalizando o Povo - para pedir que aqueles profissionais das mais altas qualificações, dispostos espontaneamente a ajudar, trabalhem juntos através da Web e da telefonia universal, unindo-se para favorecer os pequenos deste mundo onde quer que sofram injúria, acudindo-os em sua precisão, com globalização do atendimento.

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

O Futebol do Lado Sujo

 

No livro de Amaury Ribeiro JR., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet, O Lado Sujo do Futebol (A trama de propinas, negociatas e traições que abalou o esporte mais popular do mundo), São Paulo, Planeta, 2014, eles contam os podres de Ricardo Teixeira na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a pedido e por indicação da Record do falso bispo Edir Macedo, que quer pegar o primeiro lugar da Globo (acredito que a Record, por suas falsidades, deve descer para terceiro ou quarto) – porisso não lhes dou parabéns, foi coisa dirigida.

Entretanto, mesmo sendo dirigida, foi boa, mostrou muitos dados.

O livro é curioso neste sentido:

1.       As páginas são 382;

2.      De 88 a 110 foram inseridas 22 páginas do primeiro bloco de documentos;

3.      De 177 a 269 foram colocadas as 92 outras do segundo grupo de provas;

4.     Há 16 páginas de fotografias;

5.      Sete são da bibliografia.

No conjunto, descontadas as fotos, que não somaram, ficamos com (22 + 92 + 7 =) 121 páginas (úteis como confirmações) que não são texto, num volume de (382 + 16 =) 398 páginas.

COPIADO DE ‘SEEP PARA BLATTER’ (e modificado)

FUNDADOR DO ESQUEMA.
CRIAS CRIADAS.
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João Havelange (Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange), brasileiro, 1916-2016. Tomou a presidência da FIFA em 1974 e conduziu-a até 1998, 24 anos. Inventou e propagou toda dor posterior do esporte sagrado. Juntando com os 23 anos de Teixeira, foram, de 1974 a 2015, 41 anos de domínio, de 1974 a 2015.
Herdeiro mundial.
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Seep Blatter (Joseph Seep Bellend Blatter), 1936, suíço, continuador e ampliador das mutretas do antecessor, que adorava, mas tentou golpear em 1994. Tomou a FIFA em 1998 e conduziu-a até 2015, 17 anos. Fez barbaridades.
Herdeiro nacional.
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Ricardo Teixeira (Ricardo Terra Teixeira), brasileiro, 1947, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de 1989 a 2012, 23 anos. Tão baba-ovo do sogro Havelange que colocou o nome do filho como Ricardo TEIXEIRA Havelange, alterando o privilégio de sobrenome. Traiu o esporte sagrado na pátria sagrada.

Para tentar justificar-se alegam que a FIFA é empresa privada, porém é como se fosse pública, não é de fato uma prestadora de serviços como as outras ou uma fábrica ou de qualquer ramo econômico, é uma instituição em torno do esporte sagrado: não há desculpas.

Você sabe, tudo é 50/50, metade é a banda podre, não há jeito, acompanha mesmo a humanidade: junto com a locomotiva que puxa, vão os vagões que devemos arrastar. O Futebol geral vai ter sempre a rodeá-lo essa banda suja, essa podridão, contudo, devemos fazer o máximo de esforço para evitar a entrada dessa gente – que esses 41 anos de descalabros sirvam de lição. Temos de ficar cada vez mais atentos, senão acontece de aparecerem outros sujos, criando esse arremedo, o futebol bizarro do lado sujo, dos ratos de porão que sobem para conduzir a casa.

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

Marechais da Terra

 

Dizemos terratenentes para enquadrar os proprietários de grandes porções do solo (agropecuaristas latifundiários, mas também extrativistas), mas aqui chamarei de MARECHAIS DA TERRA os grandes latifundiários.

NO BRASIL SÃO DOIS GRUPOS

70 mil latifúndios detêm 223 milhões de hectares ou 2,23 milhões de km2 ou 26,2 % do território nacional.
3.186 ha/latifúndio = 31,86 km2.
Carta Capital
O Brasil tem latifúndios: 70 mil deles
Marcelo Pellegrini — publicado 06/01/2015
Ao contrário do que diz a ministra da Agricultura, as propriedades improdutivas não só existem como estão crescendo. Os dados do Incra diagnosticam esse cenário de expansão da concentração de terras. Em 2003, 58 mil propriedades concentravam 133 milhões de hectares improdutivos. Em 2010, eram 69,2 mil propriedades improdutivas, controlando 228 milhões de hectares.
As terras indígenas demarcadas perfazem 13,8 % do território.
869 mil indígenas com 117,3 milhões de ha, 135 ha/indivíduo.

Terras Indígenas no Brasil.

Localização e extensão das TIs

O Brasil tem uma extensão territorial de 851.196.500 hectares, ou seja, 8.511.965 km2. As terras indígenas (TIs) somam 704 áreas, ocupando uma extensão total de 117.309.599 hectares (1.173.096 km2). Assim, 13.8% das terras do país são reservados aos povos indígenas.
40,0 %.

TOTAL OCUPADO PELOS DOIS GRUPOS DE LATIFUNDIÁRIOS.


Esses são os marechais da terra brasileira. Depois há os generais médios e todo o grupo de baixo até chegar aos soldados da terra, os mini e micro fundiários, que têm glebas de auto sobrevivência com casa e quintal que mal consegue manter a família. Os outros são 210 milhões de brasileiros (em 2017), fora esse (70 mil latifundiários correspondem a famílias, no todo uns 300 mil indivíduos, que somados aos 900 mil indígenas perfazem) 1,2 milhão de grandes proprietários.

Quando é que você (ou eu) teria pensado nos índios como grandes latifundiários (e não apenas latifundiários, que já são grandes), não é?

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

Alegria Tropical

 

Repare que as moedas são 50/50, têm anverso e verso, cara e coroa, oposições que se complementam, assim como na esfera os diâmetros têm raios que se opõem completamente em relação ao centro.

Volte e leia Os Trópicos São Tristes?, para ver que a pergunta é retórica: não são, de modo nenhum, tristes, pelo contrário. A maior felicidade se concentrará neles no futuro não muito distante. Ainda que várias coisas boas lá indicadas estejam disponíveis, é verdade que as regiões temperadas e mesmo a ártica e antártica possuem qualidades. Por exemplo, a neve proporciona água limpa, tão limpa quanto o ar, água não contaminada por descargas marginais de efluentes nos rios. A caixa d’água acumula durante três meses no inverno e vai derretendo aos poucos na primavera, o que também força o pousio do solo durante seis meses. Nos trópicos dependemos de chuva, que cai e corre logo por gravidade, não temos depósitos de água.

Entrementes, a maior quantidade de favores foi posta nos trópicos, inclusive o maior vigor do Sol, que vai de 23,5º Sul a 23,5º Norte em relação à eclíptica (essa é a definição de trópicos). Ar quente, água quente, terra quente – maior disposição de energia, que é o que move tudo. Os tecnocientistas devem ter medido a temperatura média dos trópicos, das regiões temperadas, das regiões polares – nas tropicais não é preciso aquecer em relação aos 37º do corpo humano.

Evidentemente, sob pressão MUITO maior do frio, os seres humanos temperados precisam trabalhar muito mais, estocar muito mais, ser muito mais judiciosos, controlar muito mais o uso – eles trabalham consideravelmente mais e não podem bobear, tem de se vigiar e vigiar os ambientes, impondo sanções. Tem de ser cautelosos, atentos, cuidadosos, o que fez a civilização aparecer por lá muito mais cedo – especialmente sua principal vertente, o estímulo à capacidade inventiva e a sobrevivência mais apta dos mais fecundos. Até que essa competitividade por produtos e serviços se instalasse nos trópicos, eles seguiram atrás, não se colocaram à frente. Tão logo foquemos na capacidade criadora, seremos capazes de saltar à frente e não pararemos mais.

Embora seja doação natural, da Natureza, a conjunção de tantas oportunidades no Brasil é chocante. Mesmo assim, é o caso de fazer demonstração das coisas disponíveis, não custa lembrar, mostrar às demais nações não-tropicais, e juntar as tropicais num coletivo mundial, uma congregação especial, um Congresso Mundial Tropical, COMUTO.

Vitória, quinta-feira, 26 de janeiro de 2017.

GAVA.

Financiamento da Memória Política 1.0

 

                            Quando se pede financiamento, deve-se mirar as vantagens PARA OS OUTROS:

VANTAGENS PESSOAIS (individuais, familiares, grupais e empresariais)

·        De acessar mais fácil e rapidamente bancos de dados pessoais e ambientais;

·        De propor leis relevantes para todos;

·        De ter prazer de ajudar a todos e a cada um;

·        De se projetar na coletividade;

·        De conhecer mais e melhor outros políticos (do Legislativo), governantes (do Executivo), juizes (do Judiciário) e empresários, etc.

VANTAGENS AMBIENTAIS (municipais/urbanas, estaduais, nacionais e mundiais)

·        De obter leis condizentes com a realidade;

·        De elevar o nível geral de todos e cada um;

·        De dar a conhecer mais de perto as atividades políticas, governamentais e judiciárias;

·        De obter maior rendimento socioeconômico;

·        De avaliar melhor e mais completamente todas as facetas do problema S/E, etc.

As fontes de financiamento são as PÚBLICAS e as PRIVADAS. Das públicas temos as mundiais (BIRD, BID, instituições), as nacionais, operando em todo o território nacional (como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Social, etc.), as regionais (como a ex-SUDENE, o BNB, Banco do Nordeste do Brasil, o Banco da Amazônia, etc.), as estaduais (no ES BANDES, Banco de Desenvolvimento do ES, GERES, Grupo de Recuperação Econômica do ES, etc.) e até as municipais/urbanas. As privadas viriam de investimento direto de empresas, de bancos, de “anjos” (piratas, o mais das vezes), de uma série de fontes.

De todo modo é preciso uma apresentação condizente, o que demanda algum investimento, e um grupo de desenhistas informacionais competentes como sócios ou como funcionários. MAIS QUE TUDO depende da vontade irresistível de crescer e enriquecer. Isso, mais que em primeiríssimo lugar, está em “zeríssimo” lugar, antes de qualquer outra decisão – é preciso perguntar se estamos a fim de arrostar ou enfrentar qualquer dificuldade, por mais doloroso que isso seja efetivamente, porque antes de quatro anos não aparece resultado algum e antes de dez anos não se tem mudança significativa, o que pode significar quatorze horas de trabalho por dia TODOS OS DIAS, sábados, domingos e feriados, nas férias, o ano inteiro longe da família e dos amigos, etc.

                            Ninguém fica rico ou riquíssimo àtoa, à custa de nada. SE fosse assim veríamos não 0,6 % (concentrou mais, a partir do 1 % de antes, em uma década) com 13 % da riqueza brasileira, mas várias dezenas de por cento. O diferencial é terrível enquanto exigência.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003.

Família nas Escolas


 

                            Como no Tributo nas Escolas já implantado e nos sugeridos em 13.01 Patentes nas Escolas e em 14.01 Governo nas Escolas (que entreguei a Dona Telma, na antessala do vice-governador, Lelo Coimbra, ontem), artigos constantes no Livro 20, devemos colocar as PESSOAS NAS ESCOLAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e os AMBIENTES NAS ESCOLAS (municípios/cidades, estados, nações e mundo – o que não está contemplado no Governo nas Escolas, porque os ambientes não são constituídos apenas de governos, há muitos outros conjuntos).


                            Trata-se de ensinar a todos os demais conjuntos pessoais e ambientais, governos e empresas, e cada forçapoder socioeconômico a lidar com a Família geral. Veja que em seis bilhões de pessoas são 1,5 bilhão espalhado em cerca de 220 nações de todos os octantes (normalmente diz-se quadrantes, porque a Terra ainda é plana, na cabeça de tantos) do planeta. Como a Família lida com o Conhecimento geral (e nele com as pontescadas), a Bandeira elementar, a Bandeira da Proteção, a Chave do Ter, a Chave do Ser, a Chave da Riqueza, a Chave do Sexo, a Chave Psicológica, a Sub-chave Econômica, a Chave das Pseudo-raças e tudo que está no modelo?

                            Como comprimir esses saberes de modo que eles caibam didaticamente num livro mínimo e possam ser levados à restante mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal e Internet)? Como compactá-los de modo a habilitar os professores? Como inseri-los na grade curricular? A experiência do Tributo nas Escolas devir adiantar algo.

                            Como potencializar o fazer familiar, ligando-a mais eficientemente com todos esses nós ou nodos?  Como realizar enquetes para saber os sofrimentos atuais das famílias, de modo a prover soluções para eles? Como orientar melhor as famílias às compras, à proteção do patrimônio, ao crescimento com competência, ao gozo das férias, a tantos aproveitamentos do mundo contemporâneo?
                            Vitória, quinta-feira, 16 de janeiro de 2003.