sábado, 14 de janeiro de 2017


Poesia, aqui me Tens de Regresso...

 

A MÚSICA É ESTA

A Volta do Boêmio (Boemia)
 
Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante lhe peço a minha nova inscrição
Voltei, pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria
Me acompanha o meu violão

Boemia, sabendo que andei distante
Sei que esta gente falante vai agora ironizar
Ele voltou, o boêmio voltou novamente
Partiu daqui tão contente
Por que razão quer voltar ?

Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho
Sendo a vida do meu coração
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir
Meu amor você pode partir
Não esqueça do teu violão
Vá rever os teus rios, teus montes, cascatas
Vá cantar em novas serenatas
E abraçar teus amigos leais

Vá embora, pois me resta o consolo e alegria

Em saber que depois da boemia
É de mim que você gosta mais...

Durante muito tempo a poesia (uma das 26 tecnartes) “andou sumida”, quer dizer, poucos se ocuparam em fazer poesia fora das músicas e poucos se animaram a comprar, inclusive eu, fora discos.

A poesia entrou em refluxo.

Por quê?

Tem a ver com a superafirmação tecnocientífica da razão, em substituição à interpretação emocional da vida, as sensações.

OS GRANDES POETAS

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Ferreira Gullar, maranhense, 1930-2016.

A hora de reabilitar é a hora de nossa maior necessidade, que não é somente no espaço das aflições, é no tempo próprio do pânico, pois precisamos de um portador que entregue a mensagem a Deus.

Vitória, sábado, 14 de janeiro de 2017.

GAVA.

Expressão Feminina

 

                            Desde quando entendi a questão em maior profundidade, no começo da década dos 1970, sempre fui defensor das mulheres, por gosto e por razão. Agora é preciso avançar ainda mais, porque como poderíamos entender um corpo que só tivesse o lado direito ou o lado esquerdo, homens ou mulheres exclusivamente, ou vice-versa?

                            Evidentemente a Natureza é simétrica não sem razão profunda, que vem mesmo do Desenho do Mundo ou Plano da Criação.

                            Isso quer dizer, como mínimo, que o Dicionárioenciclopédico deve ser profundamente pesquisado & desenvolvido teórica & praticamente, em cada palavra, ao modo feminino do lado do Dicionário, e a Enciclopédia deveria conter, idealmente, metade de mulheres, embora não de modo forçado, só para fazer constar, de jeito algum. Mas as mulheres devem avançar para ocupar suas posições em plena igualdade. Tal coisa exige participação integral nas (até agora identificadas) 22 tecnartes, nas 6,5 mil profissões, no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática pelo centro) geral, na Bandeira da Proteção (lar, armazenamento, saúde e segunda, e transportes), na Chave do Labor (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas), na Chave da Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) e no resto todo.

                            Como poderíamos pretender ter equilíbrio se um dos lados estiver aleijado de suas potencialidades, de suas perspectivas, de sua criatividade, de suas exigências, de suas decências, de suas visões ou percepções de mundo? Que tipos de povelites/nações seríamos se nutríssemos somente metade de um corpo, impedindo que os alimentos passassem ao outro lado, oposto/complementar? Como poderíamos esperar que tal corpo fizesse o melhor desenho do universo se ele é, por definição e exigência de uma das partes, mutilado, incompleto, truncado, inacabado? Nada de realmente bom resultaria disso, não é? Qualquer um deveria ver. Não obstante nossos interesses malucos de dominação fizeram com que nos mantivéssemos deformados nessa porção mulher do corpo humano.

                            Vitória, domingo, 15 de dezembro de 2002.

Escola de Grupo Empresarial

 

                            Enquanto ainda for Capitalismo (há o de terceira onda, o mais avançado; o de segunda onda, relativo ao segundo mundo; o de primeira onda, do terceiro mundo; e o Feudalismo de quarta onda, onde ainda se arrasta o quarto mundo) devemos pensar em ajudá-lo no que for possível, para ele fazer a migração à quarta onda capitalista, primeira do Socialismo, e assim por diante, arrastando os mundos mais atrasados.

                            Assim sendo, contemos com pegar as frações capitalistas e criar para elas escolas, com pedagogias associadas mais avançadas que essas que vemos agoraqui. Tomando a Economia, criemos cinco supergrupos de EGE, a saber: 0) Escola Bancária, 1) Escola de Agropecuária/Extrativismo, 2) Escola Industrial, 3) Escola de Comércio e 4) Escola de Serviços. Em duas vertentes, para empregados e empregadores, tentando inclusive fazer destes empresários.

                            O supergrupo Agropecuário/Extrativista se subdividiria em dois grupos, EGE Agropecuária e EGE Extrativista. A EGEA em dois sub-grupos, EGEA Agrícola e EGEA Pecuária, tudo isso cercado por Mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) conduzida pelos governempresas nos novos moldes politicadministrativos.

                            E dentro destas por frações, por exemplo Fração do Mamão, Fração do Café e assim por diante.

                            Nestes termos:

j Supergrupo agropecuário/extrativista

j Grupo agropecuário

j Subgrupo agrícola

              j Fração da banana

De tal modo que haveria uma Árvore das EGE.

Nacionalmente os empresários seriam chamados ao aprimoramento, tanto indo fisicamente até as EGE’s como pelo computador, TV, rádio, com revistas e jornais aprendendo continuamente, dia após dia, por décadas a fio. A nação inteira iria ensinar e aprender. As maiores empresas constituiriam universidades e institutos de pesquisa & desenvolvimento empresarial. Muitos recursos monetários e pessoais.

Vitória, quinta-feira, 12 de dezembro de 2002.

Escola de Desempregados

 

                            Associada a ela uma PEDAGOGIA DE DESEMPREGADOS, uma UNIVERSIDADE DE DESEMPREGADOS e uma MÍDIA DE DESEMPREGADOS. As pessoas sempre tratam o desemprego como uma chaga incurável, quando toda crise deve ser tomada como uma oportunidade também, de rever conceitos e formas, de dar saltos para o futuro, no sentido de desacomodar das tradições degenerativas (tanto o são quanto conduziram ao chamado “desemprego estrutural”, ou permanente).

                            A questão toda é a de falta de visão, justamente esta de, mudando a mesa para o contrário, com o avesso colocar os pés para baixo e a mesa toda na posição correta. Como quase todo mundo eu também fujo emocionalmente dos problemas, com o quê eles vão ficando maiores (não fossem os motivos educativos). Racionalmente podemos aprender a enfrentá-los.

                            Juntando MÍDIA x ESCOLA x PEDAGOGIA x PSICOLOGIA, podemos fazer muito, dando dominância ao primeiro, ao segundo, ao terceiro, ao quarto, com muitos arranjos. Rever a questão do desemprego, tomá-lo como uma mola propulsora da produçãorganização socioeconômica. Os governempresas podem usar o desemprego como uma forma de ensinamento, colocando os casos em escaninhos por triagem das semelhanças e então divulgando nacionalmente como se pode processar a renovação tanto de um lado quanto de outro, quer dizer, dos empregadores e dos empregados. Mostrando aos empresários o que podem fazer para não apenas aumentar mas reduzir o número de empregados, reduzindo o desperdício, juntando esse dinheiro e reinvestindo noutras formas de produção, melhorando a socioeconomia. Quanto aos desempregados, a renovação viria sob a forma de reaprendizado das tendências recentes da civilização, tanto aprendizado em escolas próprias (privadas ou públicas) quanto no lar, através de um Programa dos Desempregados, como se faz na Globo com o Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN), com uma revista associada.

                            Empresários, trabalhadores, professores seriam chamados a dar aulas, falando de suas experiências. Em vez de fugir do problema, encará-lo de frente. Em vez de fazer do desemprego um inimigo, revertê-lo a companhia que ensina, se não vamos louvá-lo. Chamar os desempregados às mudanças, ao re-aprendizado contínuo (o que valeria para os empregados também, porque os desempregados desatualizados seriam agora atualizados).

                            Vitória, quinta-feira, 12 de dezembro de 2002.

Escola das Reavaliações

 

                            Em seu livro, A Empresa na Velocidade do Pensamento (com um sistema nervoso digital), São Paulo, Cia. das Letras, 1999, p. 23, Bill Gates diz: “A idéia importante aqui é de que a empresa não tome como certa sua posição no mercado. Ela deve fazer reavaliações constantes”, colorido meu.

                            Não só as empresas, idealmente todos os conjuntos psicológicos. Reavaliações das pessoas (dos indivíduos, das famílias, dos grupos e das empresas) e reavaliações dos ambientes (dos municípios/cidades, dos estados, das nações e do mundo). Como é que ninguém nos ensinou isso? Como é que não há uma Universidade das Reavaliações? Por quê os governos e as empresas, as políticas e as administrações, as polícias militares e civis, o Congresso, as Assembléias Legislativas, as Câmaras de Vereadores, os Tribunais de Justiça não passam por reavaliações duplas, internas (de dentro para fora) e externas (de fora para dentro)? Como é que o Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia e Ciência/Técnica, e Matemática) geral não faz seminários de re-avali/ação, ato permanente de re-avaliar? Onde é que nós já vimos anunciado que alguma das 6,5 mil profissões realizou um congresso de reavaliação? O que há são essas reuniões em que os profissionais vão passear e aprender uma ou outra coisa.

                            De repente me dei conta de que não nos reavaliamos. Não reavaliamos nossas formas e nossos conteúdos, nossas condutas e gestões. Por quê é tão difícil fazê-lo? Ninguém nos treinou. O que existia na URSS era um processo doloroso, público, de castigo dos indivíduos, com retratações pavorosas naquela, como diz o povo, “defamada” União Soviética de triste memória. Ninguém quer aquela coisa traumática e absurda, mas seria positiva uma forma branda de reolhar nossos atos, no sentido de melhorarmos nossa performance.

                            Vitória, sábado, 14 de dezembro de 2002.

Entradas e Saídas de Filmes

 

                            Como sou um cinéfilo, presto muito atenção a tudo nos filmes. Diretor ou diretora, atores e atrizes, continuísmo, edição, roteiro, custo do filme, mensagem, todas as coisas mesmo. Não sou profissional, não fiz da minha observação condição de trabalho e ganho, não lucro nada, porisso não presto atenção total, pois não haveria objetivo.

                            Quanta atenção o conjunto do colegiado de confecção do filme, o conjunto do labor (operários, intelectuais, financistas e militares, e burocratas) empregou de esforço para dar consistência? Isso de marcas de vacina contra varíola na pré-história é de arrasar. Ou marca de aparelho ortodôntico no século XIX. Ou marca de biquíni quando nem se usava sutiã. Ou um microfone acima da cena. Todos esses desastres são de vexar qualquer espectador.

                            Contudo, não estou falando desse nível, que seria crítica primária, e sim das sutilezas. Das entradas e saídas dos filmes, como eles começam e terminam, quais as cenas de abertura e de fechamento. Quando é que o ator ou atriz principal entra em cena? É no primeiro momento, é com dez ou vinte minutos de trama? Tudo isso deveria contar numa planilha de quesitos. Não apenas prêmio por fotografia e desempenho, ou ao diretor, ou ao roteiro, como o Oscar faz, mas detalhes, a percepção de planos mais distantes. O modelo diz que há quatro planos de observação, fora o unitivo, central. O Oscar e os demais prêmios laureiam um segundo plano, que a indústria, melhor ainda, a socioeconomia cinematográfica percebe.

                            Falta isso dos letreiros, da apresentação dos créditos, dos detalhes. Faltam as análises da abertura e do fechamento. Do PERFIL DO FILME, se ele se conduz numa onda consistente, e de que tipo: clímax no começo, no meio ou no fim? Ninguém colheu material para uma observação ou um estudo comparado, tipo tese de mestrado ou doutorado. Não há estudo em livro, não há debates (ao que eu saiba), não há mostras que se fixem, digamos, nas entradas.

                            Enfim, o cinema também é ainda coisa de iniciante.

                            Talvez isso seja bom, porque teremos, mesmo passados cento e tantos anos, chance de começar de novo.

                            O que é uma boa entrada.

                           Vitória, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002.

Enigma = Problema = Engano

 

                            O físico americano Richard Feymann (1918 a 1988, 70 anos entre datas) era e gostava de ser reconhecido como um resolvedor ou solucionador de enigmas. Acontece que na Rede Cognata enigma = PROBLEMA = ENGANO = ENGENHARIA = ANTENAS = SATANÁS = SATÃ = SOBERANO = PLUTÃO = SATURNO = PIRÂMIDES = ANJOS = SOLDADOS = AMERICANOS = PEQUENOS, q.v. o artigo Grade e Rede Signalíticas, Livro 2.

                            O lado negro é assustador (= O CRIADOR NEGRO É MORTAL), mas fica o apontamento de que ENGENHARIA = PROBLEMA = ENIGMA = ENGANO.

                            Vemos que um enigma é devido a um engano, que a pessoa se diverte em resolver, ou seja, mostrar a solução aos demais. E engenhar é resolver problemas, que são necessariamente pequenos, nunca são os grandes do Conhecimento alto (magia, Teologia, Filosofia e Ciência), são os pequenos do Conhecimento baixo (Arte, Religião, Ideologia e Técnica) sempre. Não são também da matemática alta. Há gente que gosta de se distrair assim, por exemplo, com patentes, que Norbert Wiener detestava, acreditava ser contemplação menor.

                            O que pensar?

                            É certo que essas soluções nos proporcionam os objetos que usamos no dia-a-dia, precisamos deles. Talvez permanecer sempre solucionando enigmas é que seja ruim.

                            Vitória, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002.