terça-feira, 27 de dezembro de 2016


Como Era Gostoso o Meu Progresso

 

                            No livro já citado de Dyson, na página 15 ele diz: “Mas Deus não criou apenas as montanhas, fez também as florestas. E hoje começamos a entender que as selvas constituem a parte mais rica e vibrante da criação. O moderno explorador da África ou da América do Sul não está buscando os grandes picos, mas se embrenhando nas profundezas da selva para observar e compreender as criaturas que ali vivem, em sua intrincada variedade”, negrito meu.

                            A cada vez que compreendemos algo vamos elegendo novas predileções. Antes eram as montanhas, agora são as selvas, depois serão as montanhas novamente, etc., até a convergência do ciclo da compreensão. A parte mais vibrante da Criação é a própria Criação.

                            Veja a micropirâmide (campartícula fundamental, subcampartículas, átomos, moléculas, replicadores, células, órgãos e corpomentes), depois a mesopirâmide (indivíduo, família, grupo, empresa, município/cidade, estado, nação, mundo), a seguir a macropirâmide (planeta, sistema estelar, constelação, galáxia, aglomerado, superaglomerado, universo, pluriverso), como uma contínua pontescada do crescimento do Conhecimento. Tomando a pontescada científica, teremos: Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6). Vimos a Física/Química como mais importante, agora vemos a Biologia/p.2. Por que não compreendemos logo que mais adiante será a Psicologia/p.3 e mais à frente ainda a Informática/p.4?

                            Agora que pensamos no patamar-espelho biológico/p.2 como mais importante, tendemos a desconsiderar o seguinte, psicológico/p.3, que é o da racionalidade. A cada vez que deparamos com um tiquinho a mais de conhecimento queremos desconsiderar todo o restante. Ou seja, estamos sempre autocentrados. O que é importante é o EGO, o EU, e suas escolhas, seus desejos, no caso do de Dyson e outros.

                            Isso é enjoado à beça.

                            E a cada vez a boiada, a manada sai correndo para o ponto focal das novas descobertas, sejam os fractais, as supercordas, o caos, a teoria das catástrofes, fusão a frio (que se mostrou uma furada). Que coisa chata!

                           Ao passo que poderíamos ser mais moderados, se não valorizássemos tanto a autoevidenciação nesta sociedade derivada do egoísmo e da superexposição egótica. Há algo de errado no âmago da prateoria de pesquisa & desenvolvimento dessa coletividade nossa. Lá vamos todos nós sendo empurrados para as florestas. Depois serão os desertos, conforme vençam estes ou aqueles sujeitos por suas teses.

                            Que aborrecido!

                           Vitória, segunda-feira, 09 de setembro de 2002.

Chantagem de Empresas pela Assembléia

 

                            Não fui eu a pensar, o Mateddi me alertou para o fato.

                            Decerto no ES a Assembléia Legislativa passou uma lei proibindo o plantio de eucaliptos pela Aracruz Celulose, que depende formalmente disso para sobreviver (se os eucaliptos destroem o solo é outra coisa). E votaram uma outra lei proibindo a PETROBRAS de construir um gasoduto, tudo visando arrancar dinheiro das empresas. Outro dado de que dispomos é que a imprensa divulgou notícia de um revoltado corruptor dizendo que todos os 30 menos 3 deputados recebem por mês, não sei, 20 mil reais cada das empresas consorciadas. Além disso, questionado sobre sua permanência na presidência da AL por três períodos de dois anos cada, o atual deputado José Carlos Gratz, que é bicheiro (contraventor do Jogo do Bicho) suspeito de ter mandado assassinar o também bicheiro Burlamarque (não sei ao certo o nome), disse com extrema arrogância: “enquanto eu me candidatar esses otários aqui vão ter de votar em mim”, significando que os que o elegem têm rabo preso, como diz o povo, ou seja, pendências ilegais incriminantes. Tudo isso junto nos faz pensar que eles realmente estejam tomando essa senda, esse caminho, em linha criminosa.

                            SE for verdade quero que o mundo inteiro saiba, e que esses trânsfugas sejam punidos naquilo que lhes dói, ou seja, a retomada do dinheiro ilegalmente amealhado. Devem devolver cada centavo que tomaram às empresas e à população, até ficarem na miséria mesmo.

                            Já é doloroso demais ver pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) voltadas para a corrupção. Instituições de modo algum podem ser currais das vontades daninhas demoníacas dessa gente inescrupulosa. Quer fazer, o que já é errado faça como pessoa, e não como ambiente, muito menos concertadamente.
                            Vitória, quarta-feira, 11 de setembro de 2002.

Centro Linharense de Altíssima Tecnociência

 

                            Vejo que alguns têm dificuldade de assumir-se como existindo no mundo e tendo direito nele a uma porção significativa de futuro, o que vem naturalmente de complexos de inferioridade socioeconômica e, mais largamente, psicológica. Tudo tem um ciclo, um círculo de existência, de modo que podemos esperar, pela dialética ocidental, pelo TAO oriental e pelo modelo, que as coisas acabem por ser diferentes e opostas/complementares.

                            Assim sendo, haverá um momento em que se tornará o contrário. Se estudássemos a fundo os ciclos poderíamos até, talvez, com uma margem de segurança, prever quando, potencialmente, se daria esse contrário, a menos da falta de inclusão de certos dados relevantes que tivéssemos deixado passar ou de considerar, por desconhecimento ou por negação deles em nosso quadro prateórico de aceitação.

                            Bom, interessa que agoraqui a coisa não se deu ainda.

                            Neste particular, a questão de poder vir a existir um (presumível) centro linharense de alta tecnociência, a saber, alta técnica e alta ciência, compreendendo a matemática apurada conexa.

                            Linhares, a 130 km de Vitória, tem tudo para comportar um lugar assim. É uma planície, a terra é firme, não palustre; sopram ventos moderados e refrescantes, e fora do alto verão não é extremamente quente. Há energia abundante (hidrelétrica, de gás, de petróleo, de cana de açúcar, de biomassa em geral), boas redes de comunicações (falta uma estrada de ferro, que pode ser estendida desde João Neiva, a apenas 50 km de distância), excelentes redes de telecomunicações, um cabo de fibra ótica passa rente à rodovia, BR 101, uma das principais do Brasil. Há uma capitalização de base, ainda que modesta. Os capixabas dominam com certo atraso a tecnociência da computação, etc.

                            Então, por quê não?

                            Acontece que os governempresas e os governantes e empresários são frouxos, pusilânimes, inermes, parados, incompetentes, sem visão de futuro.

                            Como é que o Vale do Silício, na Califórnia, tornou-se um lugar tão proeminente nos EUA e no mundo? Para além da maior competência americana há a decisão de fazer, de começar algo, de acreditar em si, a vontade de prosperar, o apoio ou amparo governempresarial, e assim por diante.

                            O mesmo não poderia se dar no ES? É tão difícil assim? Claro que poderia se dar, mas em primeiríssimo lugar as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e os ambientes (município/cidade de Linhares, estado do ES, nação brasileira e mundo exterior) precisariam acreditar que é necessário, antes de pensar se é factível, se dá para fazer.

                            E é justamente essa VONTADE DE FAZER que está faltando.

Por trás dela a visão políticadministrativa governempresarial pessoambiental de que devemos caminhar para isso. Essa vontade pode ser instilada, mas não a contragosto, se as criaturas do lugar, Linhares antes de tudo e depois o ES, não quiserem.

                            Vitória, quarta-feira, 11 de setembro de 2002.

Armagedon

 

                          Na Rede Cognata, Armagedon (AMGDN = STNS) = SATANÁS (= PLUTÃO = SATURNO = SULTÃO = AMERICANO = SADDAN = SABÃO, e tantas outras). Aliás, lembre-se, São João estava na Ilha de Patmos = OLHO DE SATANÁS.

                            O que quer dizer isto?

                            Wagner José Fafá Borges, despachante de patentes e pessoa muito considerada, me perguntou a respeito da RC, se ela não seria como o tradutor universal Do filme Marte Ataca (= MODELO CRIADOR = METEORITO CAÍDO) que, ao apresentar a tradução errada da saudação de paz, provocou a guerra. Não sei, definitivamente não sei.             

                            Com tanta falta de informação, o que podemos saber?

                            Devemos precaver-nos, até porque a RC traduz modelo como MORTAL, MÁSCARA, MÚSICA e outras traduções boas e ruins. Portanto, pode haver um CONHECIMENTO MÁSCARA, conforme o denominei. A própria língua do modelo poderia ser traduzida como PIRÂMIDE DA MORTE. Língua modelo seria PIRÂMIDE MORTAL, SANTO ESPÍRITO, e outras coisas. Como saber?

                            Se não sabemos o que estamos pesquisando há séculos e milênios, como saber sobre algo tão novo assim? Enfim, não posso dar resposta nenhuma. Confiemos em nossa intuição, respeitemo-nos uns aos outros, amemos e esperemos pelo melhor, que algo ou alguém nos proteja. E, sobretudo desconfiemos de tudo que possa levar-nos ao desastre por excesso de confiança.

                            Vitória, terça-feira, 17 de setembro de 2002.

Agência 21

 

                            Devemos fazer uma avaliação do que queremos, e é colocar uma empresa para cada patente e idéia. Cada patente implica uma fábrica, ao passo que cada idéia, quando for de colocação de um bar ou um comércio, por exemplo, significará uma proliferação a partir da firma, inclusive com franqueamento. Como as patentes até agora chegaram a 2,4 mil e as idéias a 3,6 mil, somam 6,0 mil empresas, com outros tantos gerentes, por mais ambicioso que possa parecer - é o que desejo criar.

                            Para amealhar essa quantidade de gente (= GRANDE = GERENTE = CENTRO = GOVERNADOR, na Rede Cognata) temos que colocar uma Agência, sendo o 21 relativo ao século XXI, isto é, não apenas estando em seu quadro temporal como principalmente sendo avançado, mais que qualquer um antes, quer dizer, incorporando a tecnociência e o Conhecimento mais avançados deste século e milênio, dois mil anos de avanço ocidental-cristão.

                            Isso significa observar as psicologias: figuras dos gerentes, objetivos dos gerentes, produções ou economias dos gerentes, organizações ou sociologias dos gerentes, espaço tempo ou geo-história dos gerentes. E conforme os casos: se necessitarmos mais de memória, mais de inteligência ou mais de equilíbrio entre ambas, os construtores de pontes.

                            Quanto às classes sexuais: fêmeas, machos, pseudo-homens ou pseudomulheres. Quanto às classes do TER: ricos (a), médios-altos (B), pobres (C) e miseráveis (D). Se você perguntar para quê ricos e médios-altos quereriam ser gerentes, responderei que será para aprender conosco e se associar a nós. E com isso nos ensinarão. Quanto às classes do labor: operários, intelectuais, financistas, militares ou burocratas, conforme as atividades sejam nessas áreas. Quanto às classes econômicas: para agropecuária/extrativismo, para indústrias, para comércio, para serviços e para bancos.

                            Portanto, não se poupe, não se detenha, há inacreditável quantidade de trabalho, até aprontarmos nossa própria escola de formação, até uma Universidade G própria.

                            Talvez nada dê certo, mas se der queremos que seja grande no horizonte da humanidade. Cabe então nos empenharmos ao máximo.

                            Vitória, quarta-feira, 04 de setembro de 2002.

Æfixar

 

                            Na Rede Cognata e na Língua apareceram coisas estranhas.

                            Por exemplo, garrar a/garrar. São contrários. “Garrar” seria colocar as garras, ao passo que agarrar significa justamente isso, apanhar, empunhar, segurar. Entrementes “garrar” não existe, pois é substituída em seu sentido por agarrar = TER, na RC. Já “garrar” seria o contrário, não-ter, não-pegar.

                            Agora veja que fixar e afixar tem o mesmo sentido. Fixar é colar ou afixar, enquanto afixar é colar ou fixar. Entretanto, na Língua seriam contrários. Afixar = SIM, enquanto fixar = NÃO. Passei a acreditar que o elemento neutro antigo vinha de um conhecimento anterior e superior, pois a necessidade dele se faz presente, já que deveríamos escrever Æfixar = fixar, sendo ambas as palavras uma e a mesma. E como esse par muitos outros, devendo ser revisto todo o Dicionário, é claro.

                            De onde teria vindo tal presumido conhecimento anterior/superior? Se é que é, a gente lembra logo de Atlântida. Teriam eles um similar do modelo e a Língua Universal? Há vários registros lendários sobre a Língua Comum, a Língua Alta e coisas desse estilo. Penso que há agora base para investigações tecnocientíficas mais apuradas, indo fundo na rede de lendas e mitos. Rastros devem existir na literatura antiga.

                            Vitória, quarta-feira, 04 de setembro de 2002.

A Produtividade Alemã

 

                            Segundo o Almanaque Abril 2002, p. 139 e ss., a Alemanha tem área de 356.733 km2 e tinha população em 2001 de 82 milhões. O PIB em 1999 foi medido como sendo de US$ 2,1 trilhões. Áreas da mesma faixa terão no Brasil Goiás, 340.118 km2, Mato Grosso do Sul, 357.140 km2, São Paulo, 248.176 km2, Tocantins, 248.298 km2. Tomando São Paulo, que tinha em 2000 população de 40 milhões (estimativa para 2001 de 41 milhões, crescimento de 2 %), renda estimada de US$ 195, digamos US$ 200 bilhões, e igualando sua área à da Alemanha, a renda do melhor dos nossos estados iria a 280 bilhões. Se usarmos a população, a 400 bilhões, o que quer dizer que pela mesma área eles produzem 7,5 “tanto quanto” São Paulo e pela população 5,3 vezes. Eles produzem mesmo.

                            Podemos dizer que São Paulo tem apenas 500 anos, ao passo que a Alemanha tem milhares, desde antes dos romanos. Mas poderíamos dizer igualmente que os brasileiros de São Paulo herdaram a coisa toda pronta, enquanto os germânicos a fizeram do quase nada, no fim das contas algo deles e parte da herança romana. No Brasil, é claro, tivemos de plantar as construções desde a base, do zero, pois nada havia do que agora está construído, ao passo que nos últimos 500 anos os germânicos construíram sobre uma base larga, prévia. E eles estavam bem perto das outras fontes civilizatórias (ingleses, italianos, franceses, belgas, espanhóis, portugueses, etc, o resto da Europa).

                            Agora, veja que a Alemanha foi destruída duas vezes no século passado, o XX, na Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, e na Segunda Guerra mundial, de 1939 a 1945. Nesta só faltaram as bombas atômicas, que eles não receberam porque se renderam antes.

                            De 1945 a 1991 ficaram divididos em Alemanha Ocidental, que fertilizou o Ocidente, e Alemanha Oriental, que fertilizou a URSS e satélites. Desde 1991 estão em processo de reconstrução da união, tendo gastado muitas dezenas de bilhões de dólares.

                            Enfim, eles produzem, e produzem cada vez mais com cada vez menos, aumentando a produtividade constantemente. Quando a gente pensa na Alemanha, vem-nos uma imagem de seriedade, de constância, de trabalho persistente, de competência, de confiabilidade, de razão profunda, de luta. Eles não conseguiram ser assim à custa de nada, de ficarem vagabundeando pelos campos. Batalharam ano após ano, sem esmorecer, sem descuidar, sem amortecimento do ímpeto.

                            A Mercedes Benz e a BMW fazem carros que duram 50, 60 anos. O Michael Schumacher é agora pentacampeão na Fórmula 1, e pode ultrapassar o Fangio (que venceu numa época de menos competidores, etc.), argentino, logo mais.

                            Em resumo, eles trabalham mesmo, sem parar. De modo que agora cada metro quadrado daqueles quase 366 bilhões que eles têm por lá está numa das melhores condições que a humanidade pode oferecer, tudo asseadíssimo, limpíssimo. Evidente que existem ladrões e coisas erradas, ninguém pode negar.

                            Entretanto, eles são, os alemães, uma justificativa para a confiança na humanidade não esmorecer de todo.

                            Vitória, quinta-feira, 5 de setembro de 2002.