terça-feira, 27 de dezembro de 2016


Universalização dos Escritórios de Patentes

 

                            Já que estamos nos virando para as patentes, convém fazê-lo do modo mais produtivo, indo fundo mesmo, o máximo que possamos.

                            Vou falar das extrações da Bandeira Elementar (extração de ar, extração de água, extração de terra/solo e extração de fogo/energia, e extração de Vida no centro, e extração de Vida-racional no centro do centro) como modo de projetarmos nossa consciência. Ao respirar estamos extraindo ar. Ao tirar água de um rio estamos extraindo também, e assim por diante. Convém ter essa visão total das coisas, a mais detalhada possível.

                            O patenteamento é também uma extração, só que realizada pelos governos e as empresas, pelos governempresas políticadministrativos pessoambientais, dando-se algo em troca aos indivíduos, uma remuneração ou pelo menos proteção durante certo período.

                            Uns G/E são mais eficientes que outros, uns se empenham mais que outros, uns se dedicam mais que outros. No todo não colocam tantos escritórios quanto deveriam ou poderiam, para minerar e extrair essas patentes, de forma que a coisa é relativamente lenta, mormente nos países mais atrasados, de terceiro e quarto mundos. Sugeri no modelo que fossem mais eficientes, disseminando uma rede nacional no Brasil. Deveria haver uma universalização mundial, com escritório em cada esquina, por assim dizer.

                            Tais escritórios podem ser de dois tipos: os governamentais, de registro ou atestamento de posse, e os empresariais, que cuidariam da preparação para o assentamento. Evidentemente os primeiros estão a cargo dos burocratas governamentais e só é possível melhorá-los por pressão da coletividade. Os segundos, esses sim, nós podemos melhorar diretamente, criando uma nova modalidade de eficiência de preparação das patentes, dos modelos de utilidade, das marcas, dos programas de computador, dos direitos de autor, dos desenhos industriais.

                            Penso que deve haver um bauhaus dos escritórios de desenho e preparação para registro, uma arquiengenharia nova envolvendo contabilidade, direito, economia, administração, sociologia de patentes.

                            O que nós queremos é atrair esses milhares de mentes produtivas para associação conosco. Isso corresponde a plena honestidade, interesse real pela pessoa, compartilhamento de experiência, sinceridade absoluta, amor ao próximo. Ganhar dinheiro é ótimo, porém ver aparecerem as coisas é incomparavelmente melhor. E ver surgir em grandes quantidades delas deve ser simplesmente esfuziante.

                            O prazer maior que buscamos é esse de compartilhar o surgimento dessas novidades. Ser-nos dada a chance de estarmos perto quando acontecer. E, lógico, ganhar com isso dinheiro para outros projetos.

                            Vitória, domingo, 25 de agosto de 2002.

Um Cérebro em Computador

 

                            Diz Michio Kaku em seu livro Visões do Futuro (como a ciência revolucionará o século XXI), Rio de Janeiro, Rocco, 2001, p. 120: “Para Herbert Simon, que ganhou um prêmio Nobel de economia, mas também é especialista em inteligência artificial, pensar é pouco mais que as regras que os programadores inserem em seus robôs. ‘Será que o pensamento humano é apenas heurístico? ’, pergunta Simon. ‘Eu diria que sim, é’”, grifo meu.

                            Olhemos um liquidificador. Ele tem regras incorporadas: 1) as de construção do copo e da carcaça, da base; 2) ao entrar eletricidade o rotor faz girar as hélices na base do copo e ela tritura os materiais no interior dele. São regras, foram inseridas; então o liquidificador pensa? Evidentemente Simon está errado.

                            Como já ficou dito tantas vezes no modelo, a chamada IA, Inteligência Artificial, não existe, só a MA, Memória Artificial, e esta desde quando alguém gravou pela primeira vez um sinal fora de si mesmo, lá com os macacos e antes ainda. Não existindo em conjunto memória e inteligência artificiais, não existe controle artificial, portanto não há corpomente artificial.

                            As regras não podem ser gravadas, ou não vai haver autonomia, que é o livre arbítrio, a livre decisão nas encruzilhadas. Não há o que chamei de gerador de autoprogramas, GAP, o ser não pode decidir sozinho.

                            A heurística, arte de inventar ou de fazer descobertas, segundo o Houaiss eletrônico, é só um nome para encobrir o desconhecimento. A consciência de si é algo muito mais profundo, largo, extenso, incomparavelmente além do que já fizemos até agora, que foi basicamente negar ou afirmar a possibilidade, e não mostrá-la prática ou teoricamente.

                            Mais abaixo Kaku diz: “(...) a consciência é algo efêmero, espalhado sobre muitas estruturas do cérebro”.

                            Se é “efêmero” (no HE, que dura um dia, que é passageiro), como é que eu e todos nos lembramos da infância e de muitas coisas decorridas faz tempo? Como nos lembramos de dias, de meses, de anos no passado? A consciência não dura um dia, o que dura pouco é a memória, que é só parte da consciência. Lembro-me do meu pai, que morreu em 13 de outubro de 1978, quase 24 anos atrás. Segue-se que Kaku também está errado.

                            E adiante ele diz, mesma página: “Outros acreditam que as várias partes do cérebro geram simultaneamente diferentes ‘pensamentos’ que competem entre si pela atenção do cérebro. Somente um pensamento então ‘vence’ esta competição. A consciência, neste sentido, não é contínua, mas apenas a sucessão dos pensamentos que vencem esta disputa”.

                            A ser assim eu não poderia estar escrevendo esta página, PORQUE vários pensamentos iriam emergindo na tela da minha consciência e eu me dirigiria ora a um ora a outro, e assim sucessivamente, numa balbúrdia danada, ao passo que posso, querendo apenas, desejando apenas, continuamente centrar-me numa linha de pensamento.

                            Do outro lado está o extremo polar oposto/complementar, os tais “novos misterianos”, que dizem não ser possível construir consciência artificial. Ora, o que somos nós, senão consciência artificial? E já era desde a primeira ameba.

                            Certo está Heinz Pagels, físico, que disse (citado na p. 121): “’(...) você tem de projetar e construir, não apenas falar sobre suas fantasias filosóficas’. Em outras palavras, o único meio de resolver a questão é construir uma máquina pensante”.

                            E ainda, na mesma página: “Muitos críticos da IA, como John Searle, admitem que os robôs um dia poderão simular pensamento com sucesso, mas continuarão inconscientes de que estão pensando”.

                            Veja, CONSCIÊNCIA é a mesmíssima coisa que pensar. Eles não irão “simular pensamento”, pensarão mesmo! E tendo pensado estarão plenamente conscientes do que pensaram. Con-sciência é estar ciente de si, ter conhecimento de si, identificar-se como um eu. E pensar é isso também, igualzinho, sem tirar nem por.

                            Não só os computadores irão pensar, como o farão muito em breve, porque basta juntar os pólos opostos/complementares, analógico ou pareado, e digital ou seqüenciado. Feito isto, eis o cérebro em computador, eis o pensamento artificial. E preparem-se, eles evoluirão muito mais rápido que nós, assim como os seres humanos evoluímos, pela coletivização (das pessoas: indivíduos, famílias, grupos e empresas; dos ambientes: municípios/cidades, estados, nações e mundo) crescente muito mais rápido que a vida-racional pregressa.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de agosto de 2002.

Teleporte

 

                            Agora aquilo de Jornada nas Estrelas não parede tão absurdo assim, as pessoas serem teleportadas ou teletransportadas de uma para outra nave. Agora, os detalhes é que complicam. O pensamento anterior é que as pessoas seriam desintegradas átomo por átomo (e deveriam sê-lo no nível dos subcampartículas e do campartícula fundamental, um problema de “n” corpos, insolúvel, pois são bilhões de células) e depois reconstruídas (com o quê ficava o perigo de as pessoas serem reconstruídas erradamente, com ou sem propósito, até para remodelar as personalidades).

                            Entrementes, se for válido isso do artigo do Livro 7, Dewar Eletromagnético, se segue que o mesmo poderá ser feito para pessoas isoladas, encapsulando-as em garrafas magnéticas de dupla parede, sem necessidade de desintegração. Ficam várias questões ainda maiores, a saber: 1) como respirar? 2) como supercalibrar a emissão e a recepção dos objetos? Qualquer empurrãozinho a mais levaria a pessoa não alguns metros para o vazio, mas milhões de quilômetros. As guerras se tornariam incomparavelmente mais perigosas, PORQUE qualquer bomba poderia ser teleportada para qualquer lugar, como em Stargate (Portão Estelar, deveria ter sido o nome em português). Como na FC de revistas em quadrinhos, deveríamos ter nos prédios públicos “escudo anti-teleporte” – tudo vai ficando mais complicado. Sem falar que aparelhos de teleporte poderiam ser teleportados para dentro de instalações, trazendo-as consigo na volta. É como as pseudoviagens no tempo, estas falsas e cheias de paradoxos.

                            É bem sabido que as primeiras máquinas, ou os primeiros programáquinas são imensos e rústicos, diminuindo com o tempo, ficando mais belos, mais compactos, transportáveis, portáteis, cabendo em qualquer lugar; veja-se a geo-história exemplar dos computadores, desde o ENIAC até os supercomputadores de agora, aqueles ocupando salas inteiras, estes tomando uma sala pequena.

                            Em todo caso, o desenho do lugar não seria aquele de Jornada nas Estrelas, até porque deveria ter um redutor de temperatura (não há nenhum) até ZK (zero Kelvin), um engarrafador magnético (isso sequer pode ser imaginado), um tremendo sistema de super-regulação ou supercalibração e várias coisas que nem posso imaginar, por enquanto.

                            No entanto, agora podemos ver como possível e não mais impossível; daí a estar ao alcance da mão é “daqui para ali”, relativamente.

Enfim, passamos da FC para a perseguição da realidade.

                            Vitória, domingo, 25 de agosto de 2002.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


Quem quer Trocar um Cavalo por um Reino?

 

O livro com edição, seleção e projeto gráfico de Ivan Pinheiro Machado, Meu Reino por um Cavalo (Citações, aforismos e frases célebres), Porto Alegre, L&PM, 2016, tem 139 páginas com desenhos variados muito legais.

O LIVRO E O CONDUTOR

O CONDUTOR.
O LIVRO.
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A L&PM é editora respeitabilíssima.

O livro é bom, até lançaram um segundo volume, contudo devemos dizer que o conteúdo de frases poderia ter sido comprimido em 10 páginas, creio (teríamos perdido os desenhos), ou poderiam ter colocado 15 vezes tanto quanto de citações, nos ilustrando com pequenas biografias que enquadrassem os autores dos ditos célebres, dos venenos verbais, em seu contesto espaçotemporal, o que não foi feito em nenhum que eu conheça, por exemplo, os de Ruy Castro.

Parece que a forma vale mais que o conteúdo nas socioeconomias de pujança, de excessos, nas sociedades supereficientes em que, sobrando dinheiro, tudo se vende, ao contrário das S/E que se levantam no início, onde tudo é regrado.

Exagero da bonança antes da tempestade.

Vitória, segunda-feira, 26 de dezembro de 2016.

GAVA.

O Castelo de Cartas Marcadas

 

Já comentei em Os Costureiros o livro de Vladimir Netto, Lava Jato (O juiz Sergio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil), Rio de Janeiro, Primeira Pessoa, 2016 – muito bom, compre, é uma lição.

OS ENVOLVIDOS NA LIMPEZA

O JUIZ.
OS PROCURADORES.
OS POLICIAIS FEDERAIS.
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Paranaense, 44 anos.
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Ministério Público Federal.
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Os meninos agiram com firmeza e determinação.

O Brasil de nossos dias é grande potência, US$ 2,5 trilhões de produção visível, que é 40 % de tudo; tomando a Europa como uma só ficamos assim: Europa, EUA, China, Japão, Brasil.

Quantos são aqueles valentes?

Menos de 100 - na mais exagerada das hipóteses - enfrentando os tubarões encastelados na política do Legislativo, na governança do Executivo, nos julgadores do Judiciário, menos de 100 em 205 milhões de brasileiros, veja só. Um tiquinho, um nadica de nada, uma fraçãozinha minúscula de arrojada gente, determinada a restituir a dignidade ao povo brasileiro. Mais, muito mais vai ser feito.

Quanto pode o querer!

Quanto pode a vontade de ferro de fazer o que é certo.

Um grupinho de primeira instância, a mais baixa das câmaras julgadoras (claro que existiu gente por trás) está varrendo o país de cabo a rabo, da esquerda à direita, de cima até em baixo. Os invencíveis foram vencidos, assim como Eliot Ness e a turma dele apearam Al Capone, o grande chefe.

Parabéns a todos.

Vitória, segunda-feira, 26 de dezembro de 2016.

GAVA.

A Vitória da Derrota

 

Jogando por Pizza, Rio de Janeiro, Rocco, 2007 (sobre original do mesmo ano) é livro de John Grisham, tem bela capa e contracapa.

AUTOR.
LIVRO.
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Arkansas, 1951.
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Bons desenhos de capa são fundamentais.

Não sei dos outros livros, deste gostei. Diz na Web que Grisham é o sexto autor mais lido nos EUA.

O enredo deste volume fala do personagem Rick que, jogando nos EUA, perde partida já praticamente ganha de futebol americano e passa a ser hostilizado em todo o país, onde quer que passe. Sucessivamente ninguém quer contratá-lo, ele se sente arrasado, até que o empresário sugere a ele ir jogar no Parma Panthers (panteras de Parma) na Itália, onde também há times daquele esporte, embora com poucos torcedores, dada a predominância do futebol.

Derrotado pela vida, ele vai, sem qualquer intenção de ficar, mas se apaixona por Parma e a Itália e acaba se tornando vitorioso e ficando.

ITÁLIA E PARMA, E FUTEBOL AMERICANO POR LÁ

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Parma fica na Emília Romagna.
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El ducado de Parma (en verde claro, al norte) en el contexto de los últimos años del siglo XVIII en Italia.
Parma, em verde claro, a noroeste, já foi ducado.
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Há uma liga na Itália.

Não gosto de nenhum esporte americano, nem basquete (na minha infância, basquetebol, ficou só a primeira palavra, seria como se o futebol fosse chamado apenas de FUTE), nem vôlei (antigamente, voleibol), nem futebol americano, nem basebol, nada mesmo, mas depois do livro fiquei interessado em pelo menos conhecer.

O FUTEBOL AMERICANO (dizem que o nosso é soccer, como se o deles, posterior, fosse o verdadeiro futebol)

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Bola quadrada.
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Guerra pela guerra.
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Campo incompreensível.
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Regras incompreensíveis.

Texto tranquilo, sem sexualidade ostensiva, nem muito menos malsã; melífluo, fui como mel – os personagens são bem desenhados e consistentes; a luz da Itália brilha em comidas, bebidas, amizades e amores.

Há um clima geral positivo, otimista, reconfortante, efusivo.

Gostei.

Vitória, segunda-feira, 26 de dezembro de 2016.

GAVA.

Dando Carrinho

 

DANDO CARRINHO NO FUTEBOL (solução extrema para tomar a bola do adversário)

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Como já disse, em Linhares, ES, a área onde está assentada a cidade é grandemente plana, é um platô de pouca altura em relação ao nível do mar, altitude de menos de 30 metros; e já falei repetidamente das bicicletas, da necessidade de adoção maciça delas. Tal jeito saudável de ser poderia ter sido abraçado como caminho de vida, não foi, optaram pelo orgulho. E desenhei outrora (até enviei para os governantes) uma estrada de ferro litorânea de Vitória a Salvador e além, por todo o Nordeste até o Ceará, dois mil e tantos quilômetros (que agora ajudaria no MERCOSUL).

Está cada vez mais difícil estacionar, veja abaixo o salto de 24 para 50 milhões de veículos em 10 anos. E antes aconteceram outros saltos ou assaltos da qualidade de vida do povo, atravancado em toda parte.

IMOBILIDADE URBANA

O Dia, Observatório da Mobilidade
29/02/2016
Frota de carros no Brasil mais que dobra em dez anos
Especialistas defendem restrições aos veículos nas metrópoles e falam da necessidade de 'desmotorização'
Rio - Um dos efeitos e também uma das causas da crise na mobilidade, o número de automóveis nas metrópoles do país não para de crescer. Só de 2001 a 2012, a frota brasileira mais que dobrou, passando de 24 milhões para 50 milhões de veículos. E esse movimento não ocorre só no Brasil. De forma geral, é cenário comum nos países emergentes.

Em Linhares poderiam perfeitamente adotar os carrinhos, os carros pequenos, porque se a pessoa conseguir estacionar o carro grande, se o tirar, “já era”, não consegue outra vaga “nem a pau”, nem com grande esforço. A solução seria estacionar o grande e ir fazer tarefas em lugares próximos com o pequeno, que pode ser estacionado na perpendicular do meio-fio dois ou três na vaga de um grande. Ou os proprietários poderiam ir trabalhar neles, dado que a taxa de ocupação dos grandes é de 1,4.

CARROS PEQUENOS (companhias de aluguel de pouco valor).

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Se fossem espertas, as pessoas estariam tentando poupar energia e não desperdiçando, mesmo quando ela existisse de sobra, pois, como diz o povo, “nunca sabemos o dia de amanhã”.

Vitória, segunda-feira, 26 de dezembro de 2016.

GAVA.