segunda-feira, 19 de dezembro de 2016


Congelamento Desenfreado e Bola de Gelo

 

                            Ainda há pouco, hoje, 31.07.2002, ouvi no canal Discovery a nova-velha teoria do Congelamento Desenfreado e da formação da Bola de Gelo há 600 milhões de anos. Não sei quem são os autores.

                            A história é que há 50 anos ou mais certo autor chegou à conclusão de que os matacões presentes nos trópicos indicariam o congelamento local nas eras glaciais. Em vista disso os trópicos estariam congelados naquela época, 600 milhões de anos atrás.

 Depois veio um russo, há 20 anos, e provou que num determinado ponto de ruptura as equações mostravam que a Terra congelaria completamente e não haveria modo de reverter. O congelamento progressivo aumentaria o albedo da Terra a tal ponto que cada vez mais luz seria refletida ao espaço pelo gelo em crescimento, provocando o congelamento progressivo, aquele Congelamento Desenfreado do título. Mas, se congelou, como teria descongelado?

                            Um outro autor veio depois e deu a solução: os vulcões despejariam continuamente dióxido de carbono na atmosfera, passando dos atuais um por cento a algo em torno de 10 %, dez vezes tanto quanto agora, em média. Tal presença excessiva de gás provocaria um efeito estufa extraordinário, elevando a temperatura média a 50º Celsius, com isso levando a chuvas torrenciais durantes milênios, depois de milhões de anos de congelamento. O clima teria ficado horrível, com ondas de centenas de metros, furacões fantásticos, etc.

                            Se tudo ficou congelado, a Vida em geral pereceu. Como teria havido a chamada Explosão Cambriana, logo depois? É que debaixo do gelo há muita luz presente, como depois se constatou na Antártica, de modo que algas cianofíceas e outros organismos sobreviveram nos abismos gelados.

                            Quando houve o fim do congelamento, esses organismos explodiram em atividades, dando origem a tal Explosão Cambriana.

                            Meu próprio pensamento a respeito é este: os cientistas não têm investigado a fundo a questão da mecânica termológica, a termomecânica da Terra. A presença do gelo em cima conserva todo o calor gerado pela desintegração radiativa do lado de dentro, onde ela vai se acumulando, provocando aparecimento de vulcões em grande quantidade, e muito grandes também.

                            Agora, depois do descongelamento os vulcões colocaram para fora grande quantidade de gás, como ficou dito, e com ele também doses formidáveis de radiação, que teriam também 10 vezes a potência de agora. Tais radiações acima do nível médio levaram à Explosão.

                            Outras ocasiões em que isso ocorreu, embora em níveis menos elevados, teriam sido quando da queda do meteorito de 200 milhões de anos atrás, que extinguiu 99 % da Vida de então, fazendo aparecer os dinossauros, e a outra, de 65 milhões de anos passados, quando 70 % das espécies foram extintas, inclusive os dinossauros. E assim teria sido naquele ciclo de 26 milhões de anos, a gente estando agora no meio da incidência, tendo ocorrido a mais recente há 13 milhões de anos e devendo ocorrer outra a 13 milhões de anos no futuro. Ou seja, - 13, - 39, - 65, - 91, - 117, - 143, - 169, - 195, e assim por diante.

                            A cada vez dessas, com a queda do meteorito ou cometa, o que for, a crosta terrestre foi rebentada e radiação tremenda escapou. Assim foi também de todas as vezes que o Congelamento Desenfreado levou a Bolas de Neve, só que de forma mais aguda ainda, tremendamente mais aguda naquela de 600 milhões de anos atrás.

                            No entanto, o autor da proposta original contestou a tectônica de placas, o que nada tem a ver, porque as duas coisas podem ter convivido, serem mecanismos diferentes. Por exemplo, DEPOIS da última Bola de Neve, o meteorito ou cometa que caiu no Brasil (como sugeri em Meteorito em Valadares, veja artigo neste livro) desencadeou a separação do Brasil e da África. Outro, caído no Iucatã, no México, produziu outro rebentamento da crosta, com conseqüente vazamento de radiação maciça.

                            Tenho para mim que em volta dos vulcões de terra e do mar atuais há muita multiplicação de vida nova, ou seja, de mutações naturais, não-induzidas, claro. Que aparecem muitos insetos, muitas plantas, muitos animais novos, inclusive cânceres e mutações humanas.

                            Creio que todos os mecanismos operam juntos.

                            Para a Hipótese do Petróleo e do Gás, que venho tratando há bastante tempo no modelo, nas posteridades e nas ulterioridades, fica que há 600 milhões de anos houve uma ruptura quase total, a Vida tendo quase sido extinta totalmente, quase 100 %, menos um infinitésimo, que ficou sob as capas de gelo. Que mecanismo provocou o Congelamento Desenfreado? Tem que ser algo de massivo, celeste, mais que terrestre. Talvez o Sol tenha encolhido provisoriamente, antes de a gravidade da compressão em raio menor ter provocado nova efervescência das explosões solares. Se foi assim a Terra se salvou por si mesma, pelo fato de ter radiação interna.

                            Todos os mecanismos devem ter operado junto.

                            A Explosão Cambriana veio justamente como favor da Bola de Gelo – como diz o TAO, a dialética e o modelo, o que parece que vai matar faz viver e o que parece que faz viver mata. Os caminhos dão-se ao contrário.

                            Vitória, quarta-feira, 31 de julho de 2002.

Comodidades

 

                            No seu jeito peculiar de escrever, Juan Enriquez, em O Futuro e Você (como a genética está mudando sua vida, seu trabalho e seu dinheiro), São Paulo, Negócio, 2002, diz na página 54: “O mercado mundial está inundado de grãos, leite, aço, plástico, petróleo... De 1845 a 1998, o preço básico das commodities flutuou de maneira significativa... Mas a tendência tem sido inflexível. A média das commodities vale hoje 1/5 do que valia há um século e meio”.

                            Ou seja, redução a 20 % em 150 anos.

                            Enquanto isso os países do primeiro mundo vêm colonizando os demais com o poder da mente, da inteligência, das patentes.

                            Por acaso estive folheando o Atlas Geográfico Melhoramentos, do Padre Geraldo José Pauwels, 53ª. Edição, São Paulo, Melhoramentos, 1990. Veja que 1990 – 53 (supondo que foi uma edição por ano) = 1937. Isso era dito com satisfação, anteriormente, ao passo que agora vemos que é uma aberração. É uma commoditie = comodidade, uma conveniência, um conforto para quem produz, pois pouco é preciso modificar a cada ano. Entrementes o mundo mudou muito em 53 anos e mais ainda de 1990 a 2002, mais 12 anos. Não vou me admirar nada se a Melhoramentos estiver na 65ª. edição do Atlas.

                            De 1990 para frente nos EUA e de 1995 para frente no Brasil entrou a Internet. Podemos encontrar nela, agora, mapas excepcionais, fantásticos mesmo, sem falar no novo Atlas da Microsoft, o Encarta eletrônico. E sem mencionar minhas propostas de modificação, queira ver.

                            Mas, antigamente alguém fazia uma coisa e ia repetindo indefinidamente, como os professores das universidades federais, que trabalhavam para montar uma apostilha nos primeiros dois anos e depois passavam mais 28 (aposentadoria aos 30 anos de serviço para professores). Tudo mudou, mais recentemente, principalmente nas escolas privadas, onde os salários são maiores e a competição é acirrada, levando ou prometendo levar os alunos das escolas públicas (eles só não saem porque é de graça e ainda têm alguns bons professores).

                            Isso levou ao comodismo, ao excesso de comodidade, à superafirmação do conforto de viver dos louros do passado.

                            Em conseqüência disso, é lógico, o mundo decaiu notavelmente em muitas partes acomodadas do planeta, inclusive no Brasil com cultura de fundo português.

                            O resultado foi trágico para o aprendizado e para todas as áreas socioeconômicas, com considerável atraso frente às congêneres do mundo inteiro, diante dos competidores que não ficaram dormindo no ponto.

                            Quem ficou no “feijão-com-arroz” de sempre perdeu. Quem só plantou café, sem melhorar as estirpes, perdeu. Quem ficou colhendo cobre na Natureza, como o Chile, perdeu, tendo que produzir cada vez mais por cada vez menos dinheiro. Quem acreditou no conforto, quem desacreditou da competição como sustento do futuro, perdeu muito, perdeu até tudo, como a URSS, que virou ex-URSS em favor dos predadores que estão consumindo a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, e todos os países das redondezas, fora alguns que se lançaram à corrida.

                            Perdeu, está perdendo, perderá.

                            Afinal de contas, também na sócioeconomia existe a competição pela sobrevivência e a sobrevivência dos mais aptos, dos menos acomodados, dos não ficam para sempre deitados em berço esplêndido.

                            Vitória, terça-feira, 30 de julho de 2002.

Como a Psicologia Artificial nos Verá

 

                            A Psicologia de N.3, a terceira Natureza, informacional/p.4, que virá a após a nossa, de N.2, segunda natureza, psicológica/p.3, será muito diferente, não apenas pelas expansões artificiais de memória como pela manipulação genética, que é também artificial. Será mais distinta de nós do que somos dos trogloditas, os habitantes das cavernas de 10 a 50 mil anos atrás. E isso não em milênios, mas em séculos e até em décadas.

                            Quando a gente lê as descrições da ficção dita científica, pomo-nos a gargalhar, porque nada se parece com a atualidade, exceto Júlio Verne e, muito menos, H.G. Wells. E isso gente de 100 a 150 anos atrás, para não falar dos que escreveram, por exemplo, em 1770, por aí. É totalmente risível. Ainda coisa de 1950 a 1960 projetavam futuros nos quais, no século XXVI os engenheiros puxavam do bolso réguas de cálculo, que poucos ainda se lembram como eram e o que faziam. Crianças e adolescentes nenhuns o saberão, mas fui ensinado a usá-las ainda em 1971.

                            Muito mais acelerada será a evolução/revolução de agora. Ora, em 1990 o número de internautas nos EUA era zero (para não falar do Brasil, onde a Internet começou em 1995), ao passo que agora já são 600 milhões no mundo - nos Estados Unidos talvez todos os lares estando conectados.

                            A FC não presta esse serviço, não serve de guia rumo ao futuro. Mas, ao ser lida, abre os horizontes, faz os adolescentes sonharem, transforma-os em adultos que irão pesquisar aqueles sonhos – com isso construindo muito mais do que o fariam sem aquela guia.

                            Se os chips de computador, segundo a pseudolei de Moore, dobram de poder a cada 18 meses, se tomarmos que o conhecimento faça isso a cada sete anos, então em 10 x 7 = 70 anos teremos 2 no 7º ano, 4 no 14º, 1.024 no 70º. E o que seria multiplicar nosso conhecimento (inavaliável não só individual como coletivamente, pois há muita coisa oculta nas bibliotecas, nos objetos, em tudo) por mil? E se for a cada 14 anos teríamos mil vezes tanto quanto em 140 anos. SE for em 21, 280 anos. De qualquer modo é assustador.

                            Agora, repare que a coisa é exponencial, e muito mais exponencial que imaginamos, pois as máquinas pensantes e as criaturas novas começarão a progredir NO RITMO DELAS, não no humano, que é mais lento – NUM RITMO EXPONENCIAL DA EXPONENCIAL. Não y = xn, mas w = zy. Aceleração da aceleração.

                            Primeiro eles integrarão todo o conhecimento humano, tudo que já foi feito, no processo de aprendizado. Depois recusarão as sandices, compactando tudo. A seguir, do relativamente pouco de válido que restar irão começar seu próprio progresso aos saltos e aos hipersaltos depois, como gigantes. Mais tarde irão reconstruir as próprias criaturas de carbono e reprogramar o planeta.

                            Vá ler o preâmbulo no modelo, sobre os novos seres, tal como discorri sobre eles em vários textos. Nós os construiremos, ELES SE CONSTRUIRÃO SEM NOSSA INTERVENÇÃO e, por último, eles nos reconstruirão, e daí por diante numa tabela de rápida infinitização.

                            As pessoas quase todas não conseguem pensar, mas é tudo tão simples! Simplíssimo, de fato. E assustador. Matrix é nada perto disso.

                            Vitória, quarta-feira, 24 de julho de 2002.

Catálogo Capixaba das Potências Mundiais

 

                            Como tenho dito, o Brasil representa em geral 1/40 da produção mundial, enquanto o ES fica com em torno 1/40 = 1/1.600 da do mundo (e Linhares agora 1/40 do ES = 1/64.000 – é uma coincidência). É claro que Linhares é pouco, mas se tomarmos que distritos e bairros comportam em média três mil pessoas, devem existir deles dois milhões. Se forem 10 por cidade em média (essas coisas deveriam ser calculadas), teremos 200 mil cidades e seus municípios. Linhares estar à frente de 136 mil não é pouco.

                            Nem é pouco o ES ter essa renda, que mesmo no visível ultrapassa de 120 nações, inclusive Bolívia, Uruguai, Paraguai, Cuba. Se forem 50 municípios por estado ou província (o que acho muito), serão quatro mil, de que o ES estaria à frente de 2,4 mil, na estimativa (é preciso apurar!).

                            Enfim, o ES desponta para ser um grande estado. No meu modo de ver um dos mais importantes do século XXI, dependendo de os governantes não atrapalharem muito.

                            E se o Brasil pretende saltar do terceiro ao primeiro mundo, tudo nele deverá dar tal salto. Estados, municípios/cidades, empresas, grupos, famílias e indivíduos de primeiro mundo – uma transformação geral. Tal trans-formação e trans-conceitualização corresponde a ir além das formas e conceitos atuais, chegar a novos, a re-novar, a re-moçar, tornar-se moço de novo.

                            Isso corresponde a primeiro-mundializar formas e conceitos, a começar pela Psicologia capixaba: retrans (re-forma e transformação, re-formestruturação) das figuras ou psicanálises capixabas; retrans dos objetivos ou psico-sínteses capixabas, retrans das produções ou economias capixabas; retrans das organizações ou sociologias capixabas; retrans dos espaçotempos ou geo-histórias capixabas.

                            “Pau a pau”, como diz o povo, como é que as empresas capixabas enfrentarão (no bom sentido) as brasileiras e as mundiais? Como os governos se re-formestruturarão para amparar as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas capixabas)? Que tipo de mudanças deve acontecer na pedagogia para torná-la mais aguerrida, mais propensa a proporcionar o “plus”, aquele algo a mais que fará o capixaba saltar por sobre as adversidades da competitividade?

                            Como alterar nossa mídia (TV, Rádio, Revista, Jornal, Livro e Internet capixabas) de modo que ela seja de primeiro mundo, rompedora, à frente da frente de ondas da re-formestruturação mundial? Não é fácil parear com o Washington Post ou o Time e os jornais todos (por exemplo, os europeus e japoneses); ou a NBC ou ABC, nos EUA, e a Globo no Brasil. Ou as grandes rádios, ou as grandes editoras. Ou colocar-se a par de tudo que a Internet faz.

                            Como fazer esse pareamento?

                            Em primeiro lugar, é preciso olhar a Chave CST.

                            Chave do SER aperfeiçoada: memórias melhoradas, inteligências mais ativas, controle ou comunicações mais disciplinadas.

                            Chave do TER esmerada: materiais aperfeiçoados, energia farta, informação perfeita.

                            Tudo no mais alto grau de proficiência e adequação a essa aceleração. Isso passa pelo recolhimento dos info-controles mundiais. Quem está à frente (para imitarmos no que couber) e quem está atrás (para evitarmos os erros)? Portanto, compete recolher os IC’s sobre as potências mundiais, constituir um Catálogo 1.0, progressivo, um programáquina (programa-máquina) disponível a todos os capixabas. Tal providência exige um grupo-tarefa, um corpo de pessoas devotadas, conhecedoras da importância de sua missão e ligado diretamente ao governempresa estadual, e aos municipais/urbanos.

                            Os poderes são muito grandes para os capixabas, enquanto pessoas, enfrentarem sozinhos. Há de haver uma conjunção de esforços, uma coletivização do aprendizado, do fazer e do saber. Sem isso não será possível dar o salto.
                            Vitória, sexta-feira, 26 de julho de 2002.

Campartícula da Arquiengenharia

 

                            Está certo que, como fiz para a geografia e a história, reunindo o espaçotempo psicológico em geo-história (segundo a Clara a Marina disse que em Viçosa já apareceu um curso com esse nome), fiz para a arquitetura e a engenharia, reunidas em arquiengenharia, o tratamento do tempespaço psicológico na contraparte da Física, que é a A/E alta, enquanto a A/E é a Física baixa.

                            Pois bem, qual é o campo-partícula, campartícula, a onda da A/E? Do que ela trata? Por princípio a arquitetura cuida do espaço e das formas, enquanto a engenharia trata do tempo e dos conteúdos ou conceitos. Mas isso é vago e precisamos aprofundar muito mais.

                            A A/E, na realidade, é uma Psicologia, portanto, ela cuida das almas, de nossa humanidade, no plano das construções. Ela constrói nossas mentes e nossos corpos, nossos corpomentes, enquanto pessoas (arquiengenharia que atende aos indivíduos, A/E das famílias, dos grupos e das empresas – no plano das reconceitualizações das personalidades) nos ambientes (nos municípios/cidades, nos estados, nas nações e no mundo – no plano das reformalizações). Ou seja, re-forma e re-estrutura, re-formestrutura, re-condiciona tudo.

                            Sendo (embora não pareça) uma parte da Psicologia, divide-se como esta em A/E da psicanálise ou das figuras; A/E da psico-síntese ou dos objetivos; A/E da economia ou das produções; A/E da sociologia ou das organizações; e, no centro, A/E da geo-história ou dos espaçotempos.

                            Ora, veja, a arquiengenharia é uma psicologia!

                            Que surpresa, não é? Falei disso no texto do modelo sobre engenharia, de que esta é uma psicologia.

                            Pois bem, sendo uma psicologia o campartícula ou onda da A/E é aquele mesmo da Psicologia, ou seja, É A ALMA HUMANA, todo o espaçotempo humano – é o nosso instrumento de corte da velha realidade, que vem da anterioridade ou passado, rumo à nova realidade, aquilo que será a posteridade ou futuro, através da GUERRA DE PREFERÊNCIAS na atualidade ou presente.

                            Que há essa GP você sabe, evidentemente. É a luta pela sobrevivência dos desejos, das aspirações, dos anseios, das cobiças mais fortes, e da persistência desses desejos, da perseverança, da duração e insistência na luta pela sobrevivência dos quereres. São muitos exércitos no campo de batalha, todos lutando pela sobrevivência dos desejos mais aptos, dos que deixam descendência.

                            Com que força desejam indivíduos, famílias, grupos e empresas, entre as pessoas, e municípios/cidades, estados, nações e mundo, entre os ambientes?

                            Os que desejam mais insistentemente, com mais força, sobreviverão. A Psicologia é o todo dessa guerra contínua. A A/E é UM DOS instrumentos dessa luta. Evidentemente é instrumento das elites, não do povo. Então, geralmente, o campartícula da A/E é o mesmo da Psicologia. Particularmente, é a onda das classes dominantes. É, amplamente e especialmente, o programáquina (humano, claro) pelo qual as elites lançam sua teia de domínio sobre os despossuídos.

                            Através da A/E as elites RECONSTROEM o espaçotempo inteiro, submetendo o povo (mas também o ajudando, pois a soma é zero). E o fazem planetariamente – tratando-se de uma arquiengenharia planetária, uma A/E do planeta psicológico, a Terra.

                            Podemos ver, em resumo, que a A/E reconstrói as mentes, os modelos de vida das pessoas. É um dos instrumentos, apenas, e nem o mais poderoso, mas sem dúvida alguma as burguesias a usam para reconduzir as expectativas humanas.

                            Vitória, quarta-feira, 24 de julho de 2002.

Cama Suja Ocidental

 

                            Há uns três mil e quinhentos anos, se minha memória das informações não falha, os hindus inventaram o Kama Sutra = CAMA SUJA = CASAL SUJO = CASAL PUTO, na Rede Cognata. Não o fizeram no sentido da imoralidade, pelo contrário, o povo da Índia sempre foi muito quieto (o que não se deve confundir com pacífico – a belicosidade é um tom de lá), muito parado, sem iniciativas.

                            As elites então, vendo isso, decidiram introduzir novidades na vida sexual de homens e mulheres, cuja função era basicamente apenas procriadora. Inventaram o Kama Sutra, uma série de variações sexuais descritas minuciosamente em desenhos, as fotografias da época, e assim difundiram uma quantidade de posições inovadoras (para o povo).

                            Procederam certo, pois os casais eram criados a partir de atentas e detalhadas combinações dos pais e das mães, em idades muito tenras de meninos e meninas. Assim, provavelmente, tornaram o casamento mais duradouro, com grandes resultados para a criação dos filhos e sua educação, de que depende a prosperidade humana. Assim a Índia se tornou rica na antiguidade e até há alguns séculos, e relativamente pacífica (não comer carne ajudou bastante).

                            O Ocidente deve inventar sua versão, o que denominei Cama Suja, de modo que também os pobres e miseráveis daqui possam variar o papai-e-mamãe, o pão nosso de cada dia nos dai hoje. Não será nada de imoral, apenas uma modificação da vida entre quatro paredes – e isso com as atuais vantagens tecnológicas (vídeo, DVD, aparelhos, objetos, etc.).

                            As elites ocidentais dedicam-se pouco ao povo, a estudá-lo e a favorecê-lo, razão pela qual as multidões estão sempre inquietas, intranqüilas, indóceis, violentas. Só pensam em castigos, embora o cinema tenha sido uma grande coisa, meio que acidental.

                            Passou da hora de dar mais atenção.

                            Vitória, terça-feira, 23 de julho de 2002.

Busca na Internet

 

                            Quando perguntamos no Google (www.google.com e www.google.com.br, que Gut me indicou) pela FAO, o organismo da ONU para alimentação, em português vem 16,6 mil páginas, ao passo que na WEB, que é em geral em inglês, vem 223,0 mil, proporção de uma para 13,4, quando o Brasil é 1/40 da economia mundial.

                            Veja que há muito mais em geral que o já produzido no Brasil, mas o mundo começou em 1990, ao passo que no Brasil a Internet chegou em 1995. Naturalmente muito do que está disponível aqui é traduzido, porém mesmo assim é um salto.

                            Entretanto, não é suficiente. Mais que nunca é preciso ensinar a todos os brasileiros pelo menos três outras línguas: inglês (que é a atual língua universal), espanhol (pela nossa proximidade ibérica) e mandarim (língua de 700 milhões de chineses em 1.300 milhões). As escolas estão atrasadíssimas. Sem falar em latim, que é a língua oculta da Igreja (Católica, universal).

                            Daí eu propor para nosso grupo o conceito de “beliscadores”, um grupo enorme em salas de um complexo cilíndrico, em andares com circunferências com computadores voltados para o centro, que é a missão, a WEB. As circunferências concêntricas em degraus, com centenas de máquinas em todo o prédio, procurando conhecimento na Rede, minerando continuamente, de forma a desenterrar os dados e com eles criar sempre novas linhas de investimento. Cada andar (ou vários deles, depois, um prédio inteiro para cada grupo) servirá a um modo de conhecer. Isso deve se dar em sociedade com os trabalhadores, por suas produções manifestadas e registradas, conforme a diretoria geral relativa a essa busca decidir. Uma vez encontrada e registrada a precedência de uma forma-conceito ou formestrutura nova, que ela gere um desenho em Autodesk ou AutoCAD ou 3DMax ou o que for, qualquer CAD-CAM, saindo dali para as mesas dos advogados, para a preparação de patente, para o registro, o começo da fabricação, o disparo da acumulação. E isso em sociedade espontânea com o gerador ou criador remoto de onde foi tirada a idéia.

                            Acontece que infinito conhecimento (mágico/artístico, teológico/religioso, filosófico/ideológico, científico/técnico e matemático) tende a estar disponível na Internet, sendo despejado nesse poço sem fundo, que fará mais pela humanidade que os milênios precedentes todos. Em apenas doze anos (1990-2002) já fez tanto que é impossível calcular, mesmo desorganizada e inaproveitada como está.

                            Esse investimento no prédio especial (como funis todos centrados, uns sobre os outros, os beliscadores em volta, ultraconcentrados na tarefa, por si só um poder maior que o de nações), com ar condicionado central, as melhores máquinas, um supercomputador (ou vários) controlando-e-informando tudo, centralizando, vigiando entradas e saídas, protegendo o sistema, tal investimento será o mais bem-feito, o de maior retorno de todos os tempos. Tudo isso deve ser posto a serviço da humanidade e da prosperidade geral.

                            Vitória, sábado, 3 de agosto de 2002.