sábado, 19 de maio de 2018


Um na Multidão

 

Considerando todo o Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática), as 22 tecnartes, as chaves ou bandeiras do modelo, as 6,5 mil profissões, o conhecimento disponível nas 6,0 mil universidades, todo os recursos dos 8,0 mil bancos, as milhares de expressões da mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Rádio e Internet) é assustador sermos apenas uma PESSOA (uma em 6,5 bilhões de indivíduos, uma em 1,6 bilhão de famílias, um em centenas de milhões de grupos, uma em mais de 100 milhões de empresas) num AMBIENTE qualquer (em dois ou três milhões de bairros ou distritos em 200 ou 300 mil cidades, em quatro mil estados ou províncias, em 200 nações num mundo em expansão).

Chegar a ser depressivo, porque parece que tudo foi feito, que tudo foi inventado, que nada de diferente pode ser posto ou pensado, que cada um é apenas “mais um na multidão indiferenciada”. Os tais “15 minutos de fama” de Andy Warhol, atrás dos quais minimamente todos e cada um parecem estar atrás.

Da Idade Média à Idade Moderna à Idade contemporânea foi aumentando o número de ofertas de dados e informações de forma exponencial e agora na Idade pós-Contemporânea (cujo início coloquei em 1991) mesmo os mais pobres são colocados diante de eventos demais, que ninguém consegue digerir.

Fica verdadeiramente “impossível” aparecer, exceto por existir projeção natural, digamos assim, a “economia do aparecimento”, a mídia que precisa projetar de qualquer modo – tenha ou não tenha valor ou significado – um tanto de gente “por temporada”, a cada seis meses, pois é isso que vende; então, inventa os “10 mil rostos”, alguns ficando um pouco mais nas memórias, conforme os méritos relativos. Por toda a província vemos PESSOAS e representantes dos AMBIENTES querendo “se aparecer” (= SE MOSTRAR na Rede Coganta), conforme diz o povo. É verdadeiramente ridículo.

Vitória, sexta-feira, 13 de outubro de 2006.

 

QUEM ESTÁ LÁ SE SENTE O CENTRO (pois é auto-referencial, mas de fora ninguém sabe de nada)

Nenhum comentário:

Postar um comentário